Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?


Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?

Postado por Autismo em Dia em 04/abr/2020 - 386 Comentários

Olá! Hoje vamos abordar um tema repleto de dúvidas e que ainda é cercado de mitos: os sintomas do autismo em adultos. Não é raro escutarmos histórias de pais que descobriram a condição após o diagnóstico do filho. Mas porque isso acontece com tanta frequência? Qual será o tamanho da invisibilidade dos autistas adultos no Brasil e no mundo?

Vamos responder essas e outras perguntas a seguir:

Índice

O autismo no Brasil e no mundo

Se você está familiarizado com o tema, já deve ter ouvido falar na estatística mais recente sobre incidência, não é mesmo? De qualquer forma vale relembrar: estima-se que existam em torno de 70 milhões autistas no mundo (o equivalente a 1% da população mundial). Isso significa que se estivermos dentro da média, somos mais ou menos 2 milhões brasileiros dentro do espectro do transtorno do autismo (TEA). 1,2

Estas estatísticas sobre o número de casos de autismo no Brasil, no entanto, são apenas uma projeção. Não há como responder com certeza quantos autistas existem no país, pois ainda não temos estudos que forneçam números oficiais. ³

A boa notícia é que desde 2016 tramitava no congresso um projeto de lei para incluir os dados sobre o autismo no censo demográfico do IBGE, ele recentemente foi transformado na lei 13.861/19. Então, agora é oficial: o censo 2020 incluirá perguntas sobre o TEA. 4

Autismo no censo: como as estatísticas podem contribuir

A expectativa é que os dados recolhidos pelo IBGE nos ajudem a conhecer o contexto social, econômico, familiar e emocional das pessoas com TEA. Além disso, espera-se que a iniciativa dê maior visibilidade ao autismo e favoreça a criação de políticas públicas que garantam oportunidades de diagnóstico e tratamento aos autistas.

Mesmo assim, é possível que o mapeamento do IBGE não corresponda exatamente com a realidade, mas que traga uma estimativa aproximada dela. Entre outros motivos, porque muitas pessoas nunca receberam o diagnóstico quando crianças. 5

 

Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?

Fonte: Envato – rozum

A invisibilidade do autismo adulto

Nos últimos anos o número de diagnósticos de autismo em crianças vem crescendo. Mas será que o transtorno é mais comum agora do que era a anos atrás? Grande parte dos especialistas acham que não. É provável que os números tenham aumentado justamente porque agora conhecemos melhor o espectro do que conhecíamos há 30 ou 40 anos, por exemplo. 6

Isso nos faz pensar em todas as pessoas adultas que nunca foram diagnosticadas, e que, portanto, nunca tiveram qualquer tipo de tratamento. Além disso, como nem todo mundo sabe reconhecer os sintomas do autismo em adultos, o diagnóstico tardio se torna ainda mais difícil.  Não raras as vezes, isso compromete a qualidade de vida das pessoas que convivem com o TEA, mas sequer conhecem sua condição.

Não existem respostas prontas para enfrentar a questão, mas certamente o caminho passa por criarmos mais oportunidades de discutir o tema. Precisamos fortalecer a conscientização do autismo e expandir o debate para além do diagnóstico infantil. Isso vai dar mais visibilidade aos autistas adultos e seus desafios.

Pensando nisso, vamos falar a seguir sobre alguns dos sinais que podem indicar o transtorno depois dos 18 anos. Confira:

Sintomas de autismo em adultos: quando o diagnóstico é tardio

Sabemos que as principais dificuldades das pessoas com TEA são no desenvolvimento padrão da linguagem, interação social, processos de comunicação e no comportamento social.

No caso dos autistas adultos que não foram diagnosticados na infância, mas que vivem muito próximo do que se considera “normal”, ou seja: trabalham, estudam, sempre conviveram em sala de aula regular e constituíram família, os sintomas mais prováveis são aqueles que marcam o autismo leve, ou seja o nível menos grave do espectro. 7

Os sintomas do autismo leve em adultos geralmente ficam mais evidentes nas áreas da interação e comunicação social do que no desenvolvimento cognitivo propriamente dito, já que eles não possuem nenhum tipo de prejuízo intelectual ou deficiência mental.

Pode ser muito difícil identificar os sintomas de autismo em adultos, mas alguns sinais podem ajudar a reconhecer o transtorno:

Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?

Fonte: Envato – varyapigu

Interação 7,8

O autista tem dificuldade para compreender regras sociais subliminares, como por exemplo:

  • Expressões faciais não óbvias são difíceis de serem percebidas, então parece que a pessoa “não se liga” quando outra faz um sinal não verbal (por exemplo: gesto, olhar, careta) com o objetivo de transmitir uma mensagem, chamar atenção ou adverti-la de algo;
  • É comum que haja problemas para entender metáforas, ironias e piadas que tem duplo sentido ou uma mensagem “escondida”.
  • Os autistas apresentam dificuldade para ter empatia com o outro, por isso geralmente não percebem sinais de tristeza, raiva, tédio e até de alegria, a menos que sejam bastante óbvias;
  • A pessoa pode parecer ingênua, não ver maldade, “malandragem” ou malícia em situações que outras pessoas normalmente perceberiam com facilidade.

Socialização 7,8

Conectar-se com outras pessoas pode ser muito complicado. Do ponto de vista da socialização, os sintomas de autismo leve em adultos incluem:

  • Pouca demonstração de afeto;
  • Também há desconforto ou estranheza na hora de receber afeto, a pessoa pode se sentir incomodada com a proximidade, toque ou abraços de pessoas que não sejam muito íntimas.
  • Geralmente os autistas não ficam à vontade com demonstrações de carinho, mesmo com aqueles de quem são próximas, podem evitar beijos, abraços ou toque;
  • Tem dificuldade em falar sobre seus sentimentos e compreender ou prever os sentimentos dos outros;
  • Não se envolve com interesses alheios e tem problemas para conseguir se colocar no lugar dos outros, seja em momentos de alegria ou de sofrimento;
  • Da mesma forma, tem dificuldade em compreender coisas abstratas como por exemplo: sensações, intuições, ideologias, etc.;
  • Parecem encarar a vida de forma muito prática e objetiva;
  • Podem preferir falar de assuntos muito específicos, por muito tempo, e como tem dificuldade para perceber sinais sutis, muitas vezes não conseguem perceber quando as outras pessoas não estão mais interessadas no seu discurso;
  • Utilizam linguagem direta e podem ser percebidas como “grossas” “estúpidas” ou inadequadas, simplesmente porque são extremamente honestas com seus pensamentos e não percebem que podem chatear o outro com a sua sinceridade;
  • Podem usar linguagem muito formal e fora de contexto.

    Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?

    Fonte: Envato – FlamingoImages

Funcionamento 7,8,9

  • Trabalham melhor sozinhos do que em equipe;
  • Geralmente não têm bom desempenho em entrevistas de emprego;
  • Não costumam ter bom desempenho escolar ou na universidade especialmente por ter foco bastante restrito;
  • Alguns autistas podem ter um desempenho acima do comum em determinadas atividades, e serem considerados extremamente talentosos em suas áreas de interesse. Mas ao contrário do que se possa imaginar, apenas uma parte pequena dos autistas (cerca de 10%) está deste lado do espectro;
  • Apresentam muita resistência a fazer as coisas fora do planejado e sair da rotina, ficando ansiosos e irritados com a situação;
  • Hiperfoco em ferramentas, instrumentos, mecanismos tecnológicos e coisas materiais.

Sensibilidade 7,8

  • Sofre mais com barulhos incômodos e ambientes agitados;
  • Pode ter dificuldade em usar roupas de tecido não tão confortável;
  • Restrições alimentares: por exemplo, não gostar de comida com textura, cheiro ou gosto diferente do que está acostumada;
  • Também são frequentes outras alterações sensoriais, como muita sensibilidade a luz e ao toque.

Sintomas de autismo em adultos – quando o diagnóstico é precoce 

Até aqui, vimos que nossa sociedade vem aprendendo bastante sobre o TEA, em especial nas últimas décadas, onde praticamente todos os aspectos do autismo têm sido comentados, seja em filmes, artigos, livros, depoimentos de autistas, pais e profissionais, o que enriquece ainda mais o nosso conhecimento sobre o tema.

No entanto, o aspecto menos discutido ainda continua sendo a fase posterior à infância e adolescência do autista: a vida adulta. Como já dissemos, parte dessa invisibilidade pode ter a ver com os casos onde não houve um diagnóstico precoce. Mas é muito importante lembrar daqueles autistas que, mesmo com seu diagnóstico “embaixo do braço”, ainda encontram dificuldades para se adaptar em nossa sociedade.

Enquanto os autistas mais leves têm problemas para concluir um curso superior, trabalhar, manter um relacionamento amoroso e uma vida social “padrão”, os autistas mais severos podem ter uma vida muito limitada, e até mesmo precisar de internamento no momento em que perdem seus cuidadores. 9

Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?

Fonte: Envato – gpointstudio

Sintomas de autismo em adultos podem variar de acordo com a gravidade do transtorno

Normalmente após o diagnóstico do TEA, os profissionais envolvidos no tratamento buscarão entender qual é gravidade do transtorno. Qual a necessidade de assistência essa pessoa precisará ao longo de sua vida? Ela será um adulto independente? Existem outras condições associadas ao autismo? Há algum tipo de deficiência intelectual, epilepsia, ou outros transtornos mentais?

Dependendo desses fatores, algumas pessoas com TEA viverão uma vida “quase normal” outras, por sua vez, precisarão de assistência integral, inclusive para necessidades mais básicas do dia-a-dia. Por isso, é importante lembrar que os sintomas de autismo em adultos não se limitam apenas aqueles que descrevemos anteriormente.

Quanto mais comprometido é o indivíduo, mais graves serão os seus sintomas. Compreender como os especialistas avaliam um indivíduo tanto para diagnosticar o autismo, quanto para atribuir-lhe um nível de função, pode nos ajudar a entender e minimizar os prejuízos do distúrbio, além de contribuir com o ajuste de expectativas em relação a perspectiva do futuro dos autistas. Você pode entender mais sobre os níveis de autismo e seus sintomas clicando aqui. 10

Veja a seguir outros sintomas de autismo em adultos, classificados de acordo com o nível de severidade do transtorno:

Sintomas de autismo em adultos: nível 3

Também chamado de autismo de baixo funcionamento. Este é o extremo mais grave do TEA. São os autistas severos, que precisam de apoio significativo nas tarefas do dia a dia, incluindo atividades como ir ao banheiro, vestir-se, alimentar-se, fazer sua higiene pessoal, etc. Eles frequentemente não são capazes de viver de forma independente. Veja alguns sintomas: 10

  • Graves problemas na comunicação verbal, boa parte deles nunca aprende a falar;
  • Raramente há uso da fala, mas quando existe ela não tem função de comunicar-se, são palavras ou repetições de músicas e frases fora de contexto, e que não parecem fazer sentido;
  • Funcionamento mental ou cognitivo prejudicado, parecem não entender o que acontece a sua volta, o que as outras pessoas dizem e não correspondem a interação do outro, parecem estar alheios ao mundo;
  • Pouco ou nenhum contato visual;
  • Importante comprometimento nas habilidades sociais ou comportamentos sociais inadequados, não discriminam bem suas ações e consequências, podem tratar seres vivos como objetos, e por isso não podem estar sozinhas, pois são um risco (não intencional) para si próprios (não tem muita noção do perigo), crianças, idosos ou animais de estimação;
  • Postura estranha, coordenação motora problemática e estereotipias muito marcadas, como agitar os braços e mãos, girar em torno de si e de outras pessoas, morder objetos, salivar mais que o comum;
  • Podem demonstrar dificuldade na alimentação, não mastigar corretamente e engasgar-se com uma frequência acima do comum.

    Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?

    Fonte: Envato – Click_and_Photo

Sintomas de autismo em adultos: nível 2

Pessoas com autismo de nível 2 têm funcionamento moderado, precisam de alguma assistência, mas podem ter algum grau de independência. Os sintomas mais comuns incluem: 10

  • Dificuldade na comunicação verbal: conversas “estranhas” e simplificadas, uso de linguagem repetitiva;
  • Funcionamento mental normal ou abaixo do normal;
  • Pouco contato visual;
  • Alguns problemas comportamentais como andar na ponta dos pés ou girar em torno de si ou de outros;
  • Interesse muito específico por um único assunto;
  • Disfunções sociais: dificuldade para socializar e interagir;

Sintomas de autismo de nível 1

É o grau mais leve do autismo e também conhecido como autismo de alto funcionamento. A maioria dos autistas de alto funcionamento vivem e trabalham independentemente. Nós detalhamos estes sintomas no início deste artigo, mas poderíamos resumi-los da seguinte forma: 10

  • Habilidades verbais normais, mas comunicação difícil;
  • Pouco contato visual;
  • Não aceitar a imposição de regras;
  • Inflexibilidade para modificar alguma coisa que faça parte da rotina;
  • Ausência de contato visual constante (nesse caso, a pessoa costuma olhar mais para a mão de seu interlocutor);
  • Inteligência normal ou acima do normal;
  • Interesse restrito/específico por um único tópico;
  • Interações sociais atípicas: uso de linguagem extremamente formal;
  • Dificuldades para se conectar com outras pessoas, manter relacionamentos amorosos e fazer amizades.

Lidando com os desafios do TEA na vida adulta 9

Seja qual for o nível de função da pessoa com TEA, fica claro que precisamos repensar nosso modo de funcionar enquanto sociedade. Os autistas adultos devem ter direitos a benefícios como aqueles que – muito vagarosamente – vêm sido cedidos às crianças, afinal de contas, o autismo não termina na infância.

As crianças autistas tornam-se adolescentes, estes tornam-se adultos e, mais tarde, serão idosos autistas. Portanto, devemos nos perguntar: onde eles estão? O que fazem? Quem os vê? Como podemos apoiá-los?

Para os autistas leves, iniciativas ligadas a mediação durante o curso superior e terapias, como por exemplo:

  • Cognitiva comportamental, ou mesmo ABA com foco direcionado para treino de habilidade social;
  • Ocupacional;
  • Fonoaudiologia e impostação de voz.

Podem e devem estar em nosso radar, acompanhadas de um suporte eficiente para o ingresso dessas pessoas no mercado de trabalho e o desenvolvimento de suas habilidades de comunicação e interação social.

Para o autismo moderado e severo precisamos dar atenção aos tratamentos que envolvam:

  • Terapia ocupacional
  • Fonoaudiologia
  • Terapia da Comunicação Facilitada (CF);
  • Métodos ABA, Teacch, Pecs que são as terapias que estimulam a interação, o ajuste comportamental e também a comunicação através de símbolos gráficos, desenhos e sinais;
  • Terapia individual no lar ou num centro específico para adultos autistas (C.E.A.A.);
  • Acompanhamento em tarefas simples (em casa ou no C.E.A.A.);
  • Moradia assistida – parcial ou integral.

A clínica médica indica que a maior parte dos autistas faz progressos a medida em que vão ficando mais velhas. Seja por aprender com as experiências ou pela estimulação contínua, eles podem superar algumas ou muitas de suas limitações. Por isso devemos reconhecer, valorizar estes progressos e seguir empenhando esforços para inclusão da pessoa autista. Essas iniciativas poderão melhorar a qualidade de vida dos autistas e também de seus cuidadores.


Colaborou neste artigo:

Dra. Fabrícia Signorelli Galeti
Psiquiatra especialista em TEA – CRM 113405-SP


Referências bibliográficas e datas de acesso

1 – Nações Unidas – Brasil 09/01/2020

2 – Revista Espaço Aberto – USP 09/01/2020

3 – Revista Autismo 09/01/2020

4 – Projeto de Lei – Câmara legislativa 09/01/2020

5 – Lunetas 09/01/2020

6 – Revista Crescer 10/01/2020

7 – Gazeta do Povo 10/01/2020

8 – Entendendo o autismo 10/01/2020

9 – Autimates 11/01/2020

10 – Love to Know 10/01/2020

 

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386 respostas para “Sintomas de autismo em adultos: Quais os desafios e como lidar?”

  1. Lenaldo de Moraes coelho disse:

    Olá!! Tenho 38 anos de idade e tenho muita dificuldade em me socializar com outras pessoas, curso técnico em enfermagem e toda a sala não fica muito perto de mim..já falaram que dou autista,fico preocupado e me esforço muito para tirar isso de minha cabeça..

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Lenaldo, tudo bem? Sabemos como pode ser assustador se identificar com os sintomas, mas, se eventualmente você estiver dentro do espectro do autismo, saiba que também pode ser libertador entender as razões pelas quais você se sente diferente do resto do mundo. Conhecer a si mesmo, entender suas limitações e descobrir ferramentas para se sentir mais feliz é algo muito importante. Sugerimos que você procure um profissional de saúde para falar sobre suas angústias e que se sinta acolhido por todos nós do Autismo em Dia. Deixamos um abraço cheio de força e coragem!

  2. Sandra disse:

    Boa tarde… Me identifico com vários sintomas descritos acima, e a sensação horrível de que sou a única que nasci sem “o manual” sobre como conviver em sociedade…
    Que tipo de ajuda devo procurar para descobrir se tenho algum nível de autismo?
    Um psicólogo pode me ajudar?
    Obrigada.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Sandra! Puxa, não deve ser nada fácil, mas ficamos contentes que tenha chegado até nosso blog. A resposta para sua resposta é sim! os profissionais de saúde mental são os mais indicados para investigar os seus sintomas e chegar num eventual diagnóstico. Um psicólogo comportamental, um psiquiatra ou um neurologista são os profissionais mais indicados. Desejamos que você encontre as respostas que procura. Um abraço cheio de força e coragem!

  3. Luciana disse:

    Olá, suspeito estar no espectro autista
    Já marquei avaliação com a Neuropsicologa
    Tenho dúvida se já conto pra ela minha suspeita e tudo que li no primeiro encontro
    Não sei se isso influenciaria no diagnóstico ou tbm se deixar de falar me daria um diagnóstico errado uma vez que sou uma mulher adulta
    Como proceder?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Luciana, como vai? Essa é uma pergunta muito interessante. A profissional com quem você tem avaliação agendada é especialista em TEA? Perguntamos pois, sendo uma profissional que já tem experiência com o transtorno, provavelmente estará mais preparada para lidar com a desconfiança, sem pré julgamentos e sem ignorar o que você pensa sobre sua própria forma de funcionar. Essa é uma decisão muito individual, mas nós sempre indicamos que, na presença da desconfiança, procure um profissional especialista e divida com ele(a) todas as razões que te motivaram a procurar pela confirmação (ou não) do diagnóstico. Aproveitamos para deixar um abraço cheio de força e coragem nessa jornada.

  4. Junior disse:

    Sou adulto e me identifico muito com a lista dessa matéria. Como sempre me virei na escola, no trabalho, vivi uma vida aparentemente normal. Mas por dentro eu sinto uma dificuldade enorme pois sempre tenho que fazer um grande esforço para me encaixar na sociedade e mesmo assim tenho todas as dificuldades descritas. Gostaria da indicação de um profissional especializado para eu me consultar e tirar minha duvida, pois já passei por uma psicóloga uma vez e disse dessa minha desconfiança e fui ignorado, ela nem ao menos tentou investigar. Por favor me ajudem.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Júnior como vai? Puxa vida, lamentamos que tenha tido uma experiência tão ruim ao buscar as suas respostas. Infelizmente nem todos os profissionais de saúde estão preparados para acolher e identificar o transtorno. Nós temos uma área do nosso site que você pode procurar por entidades de apoio aos autistas que estejam perto de você. De repente em alguma delas você terá a indicação de profissionais que possam te ajudar: https://www.autismoemdia.com.br/pais-maes-e-cuidadores/#mapa
      Desejamos muita força na sua jornada. Um abraço!

  5. Luciana disse:

    Querides! Muito obrigada pela resposta com todo esse afeto
    A profissional que procurei é especialista em TEA sim
    Realizei os testes e estou aguardando o resultado
    Vou dividindo com vcs os meus passos
    Mais uma vez obrigada

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Luciana, que bom te ver de volta! Estamos torcendo para que seja um caminho leve e que te apoie no seu autoconhecimento. Volte mesmo, vamos aguardar notícias suas 🙂

  6. Ana Cláudia de Oliveira Santos disse:

    Olá, meu filho tem 19 anos, ele se relaciona bem com alguns amigos, mas são poucos que ele tem e ele é muito sincero até demais quando vai dizer algumas coisas as pessoas quando ele não gosta, eu vivo reclamando com ele pra ele ter cuidado em não ofender as pessoas, as vezes dá o parecer que ele “não tem sentimentos”. Ele não come feijão e arroz de forma alguma por causa da textura, se eu deixar cair um carocinho de arroz na comida dele “o mundo acaba”, ele tem as comidas específicas, ele não gosta que eu troque os lençóis da cama dele, se eu tirar pra lavar, tenho que colocar no mesmo dia, ele tem idéia fixa por ônibus desde 1 ano de idade, quando ele chega do trabalho ele entra no quarto e quer ficar sozinho e reclama se eu entrar no quarto e deixar a porta aberta, no quarto ele tem um pincel que ele guarda desde criança e quando ele está no quarto, ele fica segurando e fazendo barulhos na boca como se estivesse brincando de ônibus, isso desde pequeno, ele não quer que ninguém saiba, e por isso ele fica no quarto, e ele tem que fazer isso todo dia, só basta ele sair que quando ele chega que ele vai pro quarto fazer isso, e aí de mim se eu perder o pincel dele. Ele não gosta que toque nele, mas ele no dia a dia é normal, inteligente, vai começar a faculdade de administração e nunca precisou estudar pra provas, trabalha numa Cal Center atendendo pelo chat, começou academia.
    Eu acho que ele pode ter autismo, o que escrevi aqui descreve alguns sintomas né?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Ana Cláudia, como vai? Ficamos contentes em tê-la por aqui e esperamos que se sinta bem-vinda 🙂 Que curiosa a história do seu filho, de fato, são muitos sinais que se encaixam nas características do autismo. Recomendamos que procurem um psicólogo comportamental especialista em TEA para confirmar o diagnóstico e trabalhar as áreas que possam causar algum tipo de desconforto para ele. O autismo é muito amplo e é natural que aqueles de grau mais leve descubram apenas tardiamente. Um abraço cheio de coragem para vocês!

  7. Nicoly disse:

    Eu tenho dificuldade em manter contato visual, e em socializar, não consigo ficar parada muito tempo na mesma posição, me sinto estranha quando abraço alguém, estou assistindo pela 3 vez a mesma série, fico muito distraída na minha imaginação, não consigo prestar atenção nas aulas da faculdade, prefiro pegar o conteúdo e estudar sozinha, sensível a luz e a barulho e tenho problemas com estresse, por outro lado sou extremamente esperta, nada passa despercebido por mim, qualquer sinal facial que a pessoa fizer em uma conversa eu já sei oque realmente está pensando. Pelas coisas que falei, acha que eu tenho um pouco de autismo?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Nicoly, como vai? Ficamos contentes que tenha chegado até aqui e esperamos que se sinta acolhida! Vamos lá, apenas um médico ou psicólogo poderá, de fato, te dar um diagnóstico, por isso, se você sente que essas questões que relatou atrapalham a sua qualidade de vida, te deixam desconfortável, angustiada ou ansiosa, vale a pena investigar com um profissional especialista em TEA. O espectro do autismo é amplo e nenhum autista é igual ao outro, por isso, é comum que um mesmo indivíduo perceba alguns sinais em uma área e nada diferente em outras. Também não existe assim uma “quantidade” de autismo, ou seja,”um pouco de autismo” certamente você não tem. Ou você é autista ou não é. Esperamos ter ajudado um pouquinho e deixamos um abraço cheio de coragem nessa jornada de autoconhecimento. Conte conosco!

  8. Tallyson Luiz disse:

    Olá, me chamo Luis, tenho 22. Eu nao consigo demostra afeto pelas pessoas, tambem fico desconfortavel ao receber afeto, me sinto incomodado, tenho vergonha com a proximidade das pessoas, quando estou andando na rua e estou preste a passar por pessoas paradas, fico extremamente nervoso. sempre tivi dificuldade em fazer amigos, me inturmar, sempre foi o garato extranho da turma, tao claro q ate hj nao tenho amigos, alem da minha namorada (ela que me falou que eu parecia ser autista, devido a isso q venho pesquisando sobre o assunto, e vendo q tudo ta se encaixando). tenho dificuldade de entender girias, piadas de duplo sentido, e sempre tive muita dificuldade nos estudos, embora, as pessoas q me conhece me jugam como um genio, uma pessoa muito inteligente, oq obviamente nao sou.

    Em meio a isso, tenho em minha familia paterna, 2 pessoas com autismo nivel 2, um tio e um primo, e na familia materna, tenho uma tia com autismo nivel 3. talvez nao tenha conexão, mas é possivel q eu tenho autismo leve? e é devido ao historico familiar?
    queria muito poder ter uma explicação medica para isso, pq a cada dia q passa, me sinto mas excluido do mundo, sem saber quem sou, e oq sou e oq fazer.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Luis, como vai? Obrigada por contar um pouquinho da sua história aqui no blog. Seu relato é muito forte e emociona bastante. Ficamos felizes que esteja investigando se está no espectro. A descrição que fez da sua forma de perceber o mundo lembra muito as características do autismo, por isso, é importante que procure um psiquiatra ou um psicólogo especialista para ter certeza. Sobre a sua segunda pergunta, a ciência já demonstra uma forte ligação do autismo com a genética, então esse é mais um motivo para procurar apoio especializado. É um processo desafiante, mas será super importante para você se conhecer melhor e caso realmente esteja no espectro, iniciar algumas intervenções terapêuticas que podem melhorar a sua qualidade de vida.
      Deixamos aqui nosso abraço carinhoso cheio de coragem para você encarar essa jornada!

  9. Gabriel Vasconcelos disse:

    Bom dia!
    Tenho 36 anos e tenho tda-h, fasso tratamento, estou desconfiado de altimos também, e a desconfiança agora alimentou com esse artigo triste foi quando falei para minha esposa da desconfiança e que iria procurar um exame,” exame pra que, vai mudar sua vida em que, vc está é procurando problema!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Gabriel, que bom tê-lo por aqui. Puxa vida, lamentamos que não tenha conseguido acolhimento que merece em relação à sua suspeita. Algo que ouvimos muito por aqui é que essa fase de investigação em busca de um diagnóstico costuma ser bem conturbada mesmo, tanto para a pessoa que desconfia, quanto para sua rede de apoio. Muitas pessoas não dão conta de se imaginar (ou imaginar alguém que elas amam) “oficialmente” no espectro. Muitas mães e pais também tem essa dificuldade de aceitar que algo está fora do “padrão”. Esperamos que você encontre uma forma de continuar lutando pelo seu autoconhecimento, conte conosco nessa jornada. Um abraço cheio de coragem e força.

  10. Clóvis Costa disse:

    Excelente matéria. Está nos ajudando muito a avaliar um caso provável de autismo adulto em nossa família.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Clóvis, ficamos contentes que nosso conteúdo está apoiando vocês, desejamos uma caminhada leve e corajosa nesse momento de investigação. Volte mais vezes 🙂

  11. Ana disse:

    Olá. Minha filha,foi diagnosticada aos 25 anos com TEA nível 1(segundo a matéria) e após muito sofrimento na faculdade, no dia a dia e nas relações interpessoais. No início , foi dignosticada com depressão. Hoje aos 28 estamos conhecendo cada dia mais sobre suas características e a psicóloga que a acompanha conseguiu que ela desenvolvesse técnicas para lidar com algumas situações: falar o que está sentindo, informar quando está incomodada. O grande desafio para ela é encontrar o seu lugar no mundo. Ela faz acompanhamento com uma psicóloga e com um psiquiatra. Creio que precisamos falar mais, gritar sobre esse assunto , pois muitos adultos estão sofrendo, se matando por não entenderem que esse funcionamento “diferente” é normal e com o tratamento certo pode dar certo.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Ana, muito obrigada por contar um pouquinho da sua história e da sua filha aqui no blog. Comentários como o seu fortalecem a luta e inspiram outras famílias a falarem sobre suas angústias e medos e também a se entenderem melhor. Esperamos vê-la outra vezes por aqui 🙂 Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia!

  12. Rachel disse:

    Olá, nos primeiros anos de vida de minha filha, desconfiávamos que fosse hiperatividade. Mas com o tempo, essa desconfiança foi substituída pelo estatus de tolice e mal criação. Hoje, aos 13 anos, ela apresenta alguns dos sintomas, descritos na matéria, como não aceitar mudar sua rotina, ou seguir regras, não aceita ou parece não entender opniões ou fatos divergentes de seus pensamentos, por mais que óbvias, não demonstrar muita empatia ou afeto. Mas o principal, e este desde a primeira infância e hoje mais marcante, é a dificuldade em se relacionar com outras pessoas. Atualmente, ela se recusa a sair de casa, diz que não gosta de pessoas. Quando saímos, fica de cara feia e trata as pessoas mal. Desde pequena, sempre foi muito crítica, e fala as coisas sem filtrar se vai magoar ou não. Tudo isso me deixa muito chateada e me levou a procurar ajuda especializada, até então, sob a suspeita de princípio de depressão, e pra minha surpresa, a psicóloga levantou a suspeita do espectro de autismo. Encontrei essa página, porque fico muito preocupada em como ela vai conseguir seguir sua vida adulta de forma independente, tanto financeira quanto emocional de mim.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Rachel, puxa, deve ser bem angustiante estar nessa situação =C Esses sentimentos em relação à investigação e diagnóstico são muito compreensíveis e também muito comuns. Esse é um tipo de relato que já ouvimos muitas e muitas vezes por aqui. Medo, dúvidas, ansiedade e tudo mais. Não é fácil, mas também pode ser libertador entender as causas desses comportamentos, pois assim também é possível trabalhar para melhorar as relações, a independência e a qualidade de vida dela, e de toda a família. Esperamos que vocês consigam trilhar esse caminho da forma mais leve possível. Conte conosco nessa jornada, um abraço de encorajamento e forças!

  13. Nathalia disse:

    Olá, muito interessante a matéria, muito obrigada por compartilhar todo o conhecimento. Sempre achei meu namorado bem atípico quanto ao relacionamento social. Ao ler a matéria vi várias semelhanças dele com o autismo, como: sensibilidade extrema a luz, durante o trabalho sempre usa um fone de ouvido sem música somente para não escutar barulho (moramos sozinhos, não já barulho dentro de casa), dificuldade de comunicação e expressão, dificuldade de entender as expressões do próximo, extremamente inteligente quanto aos assuntos relacionados ao trabalho dele ou tópicos que ele tem um grande interesse e quase sempre fala deles, não gosta de ambientes tumultuados, quando criança não comia quase nada (hoje ainda é uma luta pra comer algo diferente, mas com muita insistência minha ele experimenta e acaba gostando rsrs). Gostaria que ele pudesse trabalhar melhor a questão social e comunicação para que ele se desenvolva melhor em sociedade mesmo, seja com amigos ou trabalho. Tenho 32 anos e estamos começando a pensar em ter filhos, sendo assim, gostaria de saber o diagnóstico dele para nos prepararmos. Caso ele tenha, acredito que haja uma chance maior de ter filho com autismo, correto? A fertilização in vitro poderia ajudar a tentar previnir? Enfim, tem alguma dica ou orientação em como abordar esse assunto e orientá-lo a buscar uma ajuda profissional sem magoá-lo?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Nathalia, como vai? Ficamos felizes que o texto ajudou 🙂 Realmente os comportamentos que você descreveu são características bem comuns no TEA, por isso uma investigação com um psicólogo(a) comportamental especialista em autismo pode ajudar muito a confirmar ou descartar essa possibilidade. Sabemos que é um assunto difícil de abordar, mas pelo que nos contou, parece que ele confia muito em você e que vocês construíram uma relação muito amorosa e empática, uma conversa honesta e cuidadosa parece um caminho bem legal para começar. Se sentir dificuldade, um psicólogo(a) também pode te apoiar nessa abordagem. Em relação à questão da genética, você tem razão, quando um dos pais está no espectro, as chances aumentam mesmo. O mapeamento genético do casal pode ajudar a esclarecer o risco genético, mas é importante lembrar que muitos autistas tem filhos típicos e que muitas pessoas neurotípicas também têm filhos autistas, uma vez que as causas são uma combinação complexa de fatores. É uma decisão bem difícil, e essa também pode ser uma questão importante para trabalhar em terapia.

      Esperamos ter contribuído. Deixamos aqui nossa admiração por sua atenciosidade e carinho com seu namorado e também um abraço de encorajamento nessa jornada!

  14. Kelly disse:

    Olá
    Meu marido tem um filho autista, e eu tenho muita dúvida se ele também é. Praticamente tudo que foi descrito no autismo leve desse texto ele apresenta, além, inclusive, de alguns movimentos estereotipados e expressões verbais que repete com frequência em determinadas situações. Porém, apesar de conversar com ele sobre isso, ele não aceita.
    Precisaria que houvesse uma avaliação para que ele aceitasse e procurasse ajuda, pois há algumas dessas características que estão atrapalhando seu dia a dia, sem que ele perceba.
    Como posso encontrar um profissional apto a fazer esse diagnóstico na cidade de S.P.?
    Obrigada

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Kelly, obrigado pela visita. Puxa vida, deve ser uma situação muito difícil para você! Essa é uma questão bem delicada e que envolve muitos sentimentos complexos. Por exemplo, talvez ele não queira descobrir que é autista, pois isso pode fazer ele pensar que a culpa do filho dele estar no transtorno é dele =/ Todos nós sabemos que isso não faz sentido, já que a genética é algo que não temos controle, mas para quem está na situação pode ser bem mais difícil de lidar. Nós indicamos que antes de tentar levá-lo a um especialista, busque você mesma a ajuda terapêutica de um psicólogo comportamental que possa te apoiar a entender qual seria a melhor forma de apoiá-lo a buscar um diagnóstico, desse modo, ficará mais fácil iniciar essa caminhada com mais leveza e harmonia. Esperamos que se sinta fortalecida por aqui. Um abraço!

  15. Cátia disse:

    Boa tarde, tenho um filho de 20 anos, onde desde pequeno suspeitei que fosse autista, mas por alguns motivos nunca tive certeza, levamos ele a vários psicologos durante muito tempo, sempre achando que o comportamento dele era devido a minha separação, ele com dois anos enfileirava brinquedos, nos aniversários não brincava com ninguém, antigamente achava que era pq o pai dele era timido e que ele tbém era timido. nunca gostou de afeto e tive problemas imensos na escola, entre tantas outras coisas, bom, passou os anos me tornei Pedagoga e entender melhor o assunto, comecei a ver as coisas de maneira diferente . Atualmente ele mora em outra cidade com o pai dele e me sinto culpada por não ter notado tudo isso quando era pequeno, hoje em dia não sei como fazer para o diagnóstico correto.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Cátia, como vai? Obrigada por compartilhar sua história conosco. Esperamos que se sinta acolhida por aqui, é muito difícil passar por uma situação assim, muitas mães relatam sentimentos de culpa por um diagnóstico que nunca veio u que veio apenas tardiamente, mas é importante você saber que somente recentemente a própria ciência conseguiu compreender e refinar os critérios de diagnóstico para facilitar esse processo. Esperamos que você tenha isso em mente para aliviar seu desconforto em relação a esse tema. É bem bonito que você sinta o desejo de incentivá-lo a buscar um diagnóstico, nunca é tarde! Seria legal procurar um psicólogo comportamental que pode te ajudar a começar a pensar nas melhores estratégias para falar com ele sobre isso, levando em conta a relação que vocês tem (ou não) estabelecida. Desejamos que você consiga encontrar um caminho para curar essas dores e ajudar seu garoto. Sinta-se bem-vinda aqui 🙂 Um abraço corajoso de toda nossa equipe.

  16. Natascha disse:

    Olá boa noite! Sou professora de yoga e a mãe de dois alunos me procuraram para que eu pudesse ajudá-los. Eles são adultos (18 e 19 anos) com autismo. Existe algum material (livro) que pudesse me auxiliar em como conduzir as aulas deles? Quero muito pode ajudá-los. Seu blog é muito especial. Gratidão por ser essa luz na vida de muitos. ??

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Natascha, ficamos contentes que tenha gostado do blog, seu comentário nos deixa motivados e alegres! É lindo também ver sua dedicação para oferecer uma terapia adequad para eles, por isso, queremos registrar nossa admiração pela sua iniciativa. Infelizmente nós não conhecemos um livro ou material que fale especificamente da Yoga para pessoas com TEA =/ O que provavelmente te ajudaria é ter com eles uma conversa honesta sobre as expectativas deles com as aulas e também em relação à possíveis desconfortos sensoriais (aromas, sons, toque, texturas e etc). De repente isso pode te ajudar a criar um ambiente onde eles se sintam mais confortáveis e consigam aproveitar melhor os exercícios! Esperamos ter ajudado pelo menos um pouquinho ?

  17. Celso disse:

    Tenho um filho com 30 anos, desde cedo apresentou problemas de comunicação, sociabilização, dificuldades no estudo, etc. fez terapia até uns 17 anos com suspeita de TDA e tomou medicação. Desistiu da terapia e nunca mais quis fazer. Hoje apresenta comportamento irritadiço e de confronto com a família, isolamento e impede qualquer aproximação ou diálogo. Temos suspeita de autismo. Tudo que já li sobre autismo em adultos, relata possibilidades de melhoria de qualidade de vida com terapias, o GRANDE problema é quando o paciente não tem a mínima percepção do seu problema e da necessidade de trata-lo. Como convencer o paciente a ter a consciência de seu problema e leva-lo a um tratamento?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Celso, como vai? Obrigada por compartilhar um pouquinho da sua história com a gente. Lamentamos que passe por isso =/ Bem, é muito difícil estar nessa situação né? Chega um momento da vida dos pais em que é impossível controlar as decisões e comportamentos dos filhos, ainda mais quando eles têm alguma dificuldade de comunicação e interação social. Já pensou em procurar a ajuda terapêutica de um psicológo(a) comportamental para apoiá-lo no sentido de trabalhar a relação e o tema, e assim quem sabe conseguir persuadi-lo a enfrentar essa situação de modo diferente? Às vezes é difícil convencer o outro a procurar ajuda, mas aderir a terapia para você é algo que está ao seu alcance e pode te fortalecer e oferecer uma perspectiva de como ajudá-lo a mudar de ideia. Deixamos aqui nosso apoio e um abraço corajoso para você e toda sua família!

  18. Geniana dos Santos disse:

    Parabéns pelo artigo, muito esclarecedor.
    Tenho 38 anos, falei somente aos três anos de forma bem rudimentar e perto dos sete ainda errava as palavras, as esquecia ou na sabia pronunciar. Tive muitas dificuldades no primeiro ano da escola, mas aprendi a dar o que esperavam de mim.
    Na escola vivia no mundo da lua, com pensamento acelerado, mas sem possibilidade para expressar tudo o que pensava. As coisas foram piorando muito. Muito quieta, sem muitos amigos acabei ficando muito nas atividades da igreja, tudo o que faço é muito intenso, envolve muito da minha energia, exige muito do meu raciocínio e preciso fazer só.
    Minha mãe me apelidou de flor da meio dia, pois não conseguia falar antes desse horário e sempre exigiu que eu falasse. Os apelidos foram só piorando com o tempo, pois eu realmente só falo o que me perguntam. Totalmente desajustada em casa e no mundo, encontrei na literatura uma fuga, pois quando estamos lendo as pessoas entendem que precisamos de silêncio. Contei com a ajuda de vários professores de exatas, uns até diziam sobre ser muito inteligente, mas com enorme dificuldades no cálculo, na abstração das fórmulas.
    Fiz faculdade, duas. Tornei-me professora para melhorar a minha habilidade em falar, interagir. Consegui, mas desempenho um personagem no momento da sala de aula, que me deixa exausta nós pós aula. Não consigo olhar diretamente para as pessoas,pois sinto que vou chorar. Já conseguir eliminar todas as manias de repetição, como roçar os dedos dos pés um no outro, contar com os dedos das mãos sem parar. Mantenho somente a rotina muito fixa para dar conta de fazer minhas atividades e ficar fora do radar. Fiz mestrado, doutorado em uma renomada universidade, só sendo estranha, passei em dois concursos.
    Preciso de silencio, não tolero toque, pois ao contrário do que as pessoas pensam, sinto dores e desconforto muito intensos. Quando alguém muda algo fico totalmente desconstruida, desorientada. Amo alisar meu cachorrinho fofinho para me acalmar e assim vou vivendo, me forçando para dar carinho aos mais próximos e parecer normal. As pessoas sempre querem mais da gente. Tenho sorte em ter uma filha e um esposo que respeitam o meu jeito de ser.
    Quando um amigo sai do meu campo de visão é como se nunca tivesse existido, por isso mantenho poucos e bons amigos sempre a vista.
    Estou conformada com a minha condição, mas sinto-me pouco respeitada em meu direito de diferir.
    Não fiz nenhum acompanhamento médico quando criança para saber se todo esse comportamento tinha uma causa, tenho pensado a respeito.

    Resolvi escrever, pois os comentários que li são muito acolhedores. Parabéns.

    • Autismo em Dia disse:

      Uau Geniana! Em primeiro lugar queremos agradecer pelo depoimento tão forte e verdadeiro. Nós sentimos muito mesmo que as atividades tão corriqueiras como o exercício da sua profissão sejam tão exaustivas =/ Também nos alegramos ao ler que a leitura te alivia e te dá uma bom espaço de estar só e tranquila. Deve ser realmente muito frustrante viver o tempo todo em razão de atender expectativas sociais, e que bom ter construído uma família que te entende e onde pode ser você mesma, isso é lindo demais. Seria interessante procurar apoio psicológico de um analista comportamental, principalmente para desenvolver estratégias para uma vida mais leve e onde se sinta mais livre 🙂

  19. Carla disse:

    Olá tenho uma namorada de 44 anos estamos juntas a 2’4 meses e algum tempo venho observando alguns sintomas nela que no início da relação parecia uma depressão mas lendo os artigos tem muitas concidencia com os dela só que fui falar do assunto mas ela não aceita . gostaria muito de ajudá-la .

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Carla, tudo bem? Obrigada por compartilhar conosco um pouquinho da sua história. É bastante curioso perceber que comentários parecidos com o seu estão aparecendo cada vez mais por aqui. Isso nos leva a acreditar que muitas vezes os parceiros, amigos, familiares e colegas estão tendo muitas dificuldades em serem ouvidos quando o assunto é autismo. É uma pena, mas também é compreensível, uma vez que isso mexe fundo em questões de identidade e do ser no mundo.

      Deve ser bem assustador para eles, descobrirem-se “diferentes” né? Bem, sabemos que é impossível começar uma investigação e buscar o diagnóstico sem o engajamento do outro, por isso, precisamos exercitar empatia, paciência e muita coragem! Você já pensou em buscar ajuda terapêutica de um psicológo(a) comportamental para você mesma? Talvez dessa forma fique mais fácil descobrir como ajudar sua namorada e quem sabe até mesmo persuadi-la a encarar o assunto de modo diferente. Além disso, aderir a terapia para você é algo que está mais sob seu controle e pode te fortalecer em muitos sentidos ❤️

      Esperamos que vocês duas encontrem um caminho leve e harmonioso dentro desse processo. Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia.

  20. Marcelo disse:

    Tenho um familiar autista com 60 anos.
    Ele não sabe que é portador desta doença.
    Temos um caso também de Alzheimer.
    Percebi que desde o aparecimento do Alzheimer o autismo deste familiar piorou. Talvez porque a pessoa que adoeceu era aquela que fazia tudo por ele.
    O autismo dificultou muito, num primeiro momento, o processo de apoio a pessoa com Alzheimer. Quase enlouqueci tendo que lidar com estas duas patologias juntas, pois ocorreram, simultâneamente, um caso de câncer, a confirmação de autismo e o Alzheimer. E eu posso afirmar que foi o autismo o mais difícil de lidar. Tive que fazer terapia para aprender a lidar não com o câncer , nem com o Alzheimer, mas com o autismo.
    Por conta desta enfermidade, tive muita dificuldade para manter cuidadoras e até médicos, pois o autismo impedia um relaciona relacionamento harmonioso, produtivo e solidário.
    A falta de empatia, a frieza em momentos duros, a insensibilidade em horas difíceis, somada a um hiper foco no trabalho e em acumular dinheiro custe o que custar, transformaram a vida de todos num inferno.
    As perguntas são:
    1 terapêuticamente vale a pena dizer que uma pessoa possui TEA com uma idade já avançada? Vai ajudar em alguma coisa passar por terapia sendo já idoso? Será que a descoberta não pode agravar mais o quadro?

    2 há estudos sobre as reações e interações de pessoas que descobriram tardiamente o autismo?

    3 o autismo piora com a velhice?

    Abraços e valeu pelo texto, há pouca informação sobre este tema.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Marcelo! Ficamos muito emocionados com a sua história, deve ser uma grande sobrecarga ser cuidador de tantas pessoas convivendo com essas diferentes condições de saúde =/ Mas também ficamos muito felizes que você já esteja em processo terapêutico para você mesmo, pois isso certamente vai te apoiar e fortalecer para poder lidar melhor com a situação. Respondendo às suas perguntas:

      1 – Essa é uma questão muito muito delicada e individual, quando se trata de autismo não existe regra. O que sabemos é que geralmente o diagnóstico ajuda a pessoa a entender melhor porque se sente tão diferente dos demais. Mas, tendo em vista a questão da idade, seria preciso conhecer mais da história do idoso em questão, saber se há comorbidades e muitos outros aspectos ambientais e comportamentais. As terapias são sempre muito valiosas, mas não podemos negar que é necessário engajamento do paciente para viabilizar as intervenções. Talvez seja o caso de você discutir com seu próprio terapeuta, pois ele já conhece a história e dinâmica da família.

      2 – Indicamos o Google Acadêmico https://scholar.google.com.br/ para te apoiar nessa pesquisa. Um artigo que achamos interessante é http://hdl.handle.net/10400.10/936 que discute algumas comorbidades psiquiátricas associadas ao autismo.

      3 – Geralmente os sintomas autísticos em si costumam amenizar com o tempo, como mencionamos ali no último parágrafo: “A clínica médica indica que a maior parte dos autistas faz progressos a medida em que vão ficando mais velhas. Seja por aprender com as experiências ou pela estimulação contínua, eles podem superar algumas ou muitas de suas limitações.”

      Esperamos ter contribuído e que você consiga encontrar a forma mais leve e tranquila para lidar com todas essas questões. Um abraço de toda equipe.

  21. Adriana disse:

    Boa tarde! Muito interessante sua página, conteúdo excelente. Meu nome é Adriana e tenho 38 anos, somente agora eu estou notando que realmente sou diferente, sou introspectiva, não gosto de demonstrar afeto, me sinto constrangida quando ouço elogios e não gosto muito quando recebo abraços inesperados; Não gosto de sair da rotina, quando algo sai fora do planejamento fico estressada. Ultimamente tenho notado que som muito alto me incomoda e me sufoca; Não consigo ver maldade nas pessoas e geralmente não percebo indiretas; Tenho muita dificuldade em me expressar verbalmente (sinto mais confortável na escrita e sozinha); Nunca tive muitos amigos, me considero anti social. É possível grau leve de autismo? Penso em procurar ajuda profissional porque realmente me desconheço. Obrigada!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Adriana, como vai? Ficamos contentes que gostou do nosso blog 🙂 Tudo que você nos contou pode ser um indicativo de autismo sim, por isso seria bem importante você procurar um psicólogo comportamental ou um outro profissional de saúde mental especialista em TEA para investigar seus sintomas e confirmar ou descartar que você está no espectro. Sabemos que é um período que gera muita angústia e medo, mas que também pode ser libertador entender o porque desses desconfortos. Sinta-se acolhida por aqui! Desejamos força, coragem e que seja um momento precioso de autoconhecimento.

  22. Erica disse:

    Ola tenho uma suspeita em mim com relaçao ao altismo pq tenho uns sintomas os quais estao prejudicando muito minha vida…. Sou muito sensivel a barulho e a claridade, pois quando fui construir minha casa fiz toda em acustico e no meu quarto tem duas janelas as quais tem dois vidros 8mm cada em cada janela e ainda assim escuto barulho principalmente os sons graves…. Sao aqueles que mais me encomodam pois sinto vontade de gritar e assim faço as vezes quando perco o controle…. Abafo os meus gritos com travesseiro…..quanto a claridade sou obrigada a usar lentes confort o oftalmo disse que isso e um sintoma meu mesmo…. Enfim tenho muita dificuldade de me comunicar so saio de casa para trabalhar e comprar comida sou casada a 18 anos meu marido e muito paciente comigo tenho dificuldade de conversar ate com ele as vezes ate escrevo ao inves de falar, no trabalho tenho dificuldade em comunicar mais entendo qualquer procedimento e executo com eficiencia porem meu jeito de ser incomoda os meu superiores e tenho medo de perder o emprego por conta disso tenho dificuldade com a escrita pq escrevo embaralhando as palavras entao tenho que apagar e me policiar e escrever bem devagar para sair certo….. Fora outras coisas que para nao ficar muito extenso…. Nao vou colocar . marquei neuro para o dia 25/11 estou com medo do que dizer e como dizer.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Erica, obrigado pela visita e por dividir um pouquinho das suas angústias conosco. Sabemos o quanto é difícil se abrir, e também como é assustador conviver com essa suspeita. Ficamos contentes que você tenha neuro marcado, esperamos que seja uma boa experiência, que você consiga explicar seus incômodos e seja acolhida nas suas necessidades. Também indicamos que você procure um psicólogo comportamental, de preferência especialista em TEA, pois esses profissionais costumam estar mais familiarizados com sintomas mais difíceis de mapear.

      Deixamos aqui nosso abraço cheio de coragem para iniciar essa jornada!

  23. Edna S. disse:

    Bom dia
    Quando casei achava que meu marido como filho do meio e surdo de um ouvido tinha sido uma criança discriminada, por isso muitas coisas deixava passar. Com o passar dos anos ouve alcoolismo e depressão. Hoje sobre o e com 55 anos percebo nele algumas coisas que para mim são sintomas de autismo. Difícil interação social, praticante não tem repetição em palavras e em práticas. As coisas são feitas de modo extremamente exagerados. Foco em uma única coisa ou assunto. No caso do assunto, sempre o mesmo. Não consegue aceitar conselhos, não tem empatia, não vê problemas onde outras pessoas vêem, consegue apagar uma pessoa de sua vida de modo fácil, ficar meses e anos sem se interessar por ela. Sinto que não tem apego por ninguém. Hoje em dia mais velho sinto algum sinal de empatia, mas não muito, antes era zero. No dia a dia são tantos detalhes que percebo e que não acho normal que é difícil descrever. Ele é inteligente, trabalha, temos um filho. Pra quem vê de fora é normal ou apenas uma pessoa estranha.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Edna como vai? Obrigada por confiar na gente e contar um pouquinho da sua história. É bem comum que os cônjuges percebam os sinais de autismo, antes da própria pessoa que está no espectro. O ideal seria fazer uma investigação em busca do diagnóstico, pois mesmo depois de adulto, o laudo é importante para o próprio autoconhecimento, reconhecer-se no espectro pode ajudar muito a questão da identidade, de entender porque sempre se sentiu “diferente” da maioria das pessoas. E inclusive para iniciar uma terapia e trabalhar questões que possa ser desconfortáveis e/ou atrapalhar a qualidade de vida. Nem sempre é fácil convencê-los, uma vez que pode ser bastante assustador saber que tem um transtorno, ainda mais na fase adulta. Por isso, aconselhamos você a avaliar se dividir com ele essa preocupação em busca de uma resposta é um caminho viável, ou seja, se você considera que ele entenderia e aceitaria esse processo. Se achar que esse é um caminho pouco provável, você mesma aderir a uma terapia comportamental pode ser muito valioso para junto com sua terapeuta, buscar um caminho mais leve e fácil, seja para apoiá-lo em busca do diagnóstico, seja para lidar com ele de uma maneira mais confortável.

      Esperamos ter ajudado. Um abraço corajoso de toda nossa equipe.

  24. Kelly disse:

    Oi! Eu tenho dúvida se procuro ajuda. Tenho 39 anos, muito conhecida por ser muito inteligente embora eu não ache. Fico muito perdida quando tento me comunicar, porque falar me incomoda. Queria ser transparente, pra não precisar falar com ninguém, e nem cumprimentar. Gosto de ficar sozinha, não totalmente sozinha, gosto de ficar quieta sem falar, só pensando, não me importo com pessoas da família em volta, mas não gosto de conversar. Também não gosto de encontrar pessoas na rua, não quero falar com ninguém. Sou muito de rotina, de fazer as coisas do mesmo jeito, assistir sempre o mesmo filme, há anos. Me dá prazer assistir o mesmo filme sempre. Fico com raiva quando tiram algo meu do lugar, porque me sinto invadida, é muito desgastante mudar de rotina sem planejar. Sinto que estou no mundo errado. Tenho o hábito de dobrar minha orelha desde 1 ano de idade, ninguém nunca soube explicar. Minha família diz que é TOC. Não gosto de conversar, não tenho assunto, a menos que seja um assunto que eu gostei daí falo até demais. Uso uma linguagem difícil, quase técnica, e tiram sarro porque “falo dificil” . Desconheço outra forma de falar. E também não entendo o que as pessoas dizem, peço sempre pra serem rápidas e diretas mas não são. Não consigo entender textos, gibis ou estórias, não entendo tudo o que
    querem dizer, me cansa. Mas textos técnicos eu gosto. Não gosto de luz, gosto de luz baixa, e silêncio. Não gosto de visitas e nem de visitar ninguém. Sou muito inocente pra muita coisa, isso é o mais marcante em mim. As pessoas falam, “impossível que você não tenha percebido” ou “como você acreditou?”. Quando vão me apresentar a alguém eu me escondo atrás da pessoa que está me apresentando, como se eu tivesse 5 anos. Eu tenho consciencia de algumas coisas e me sinto um ET por isso. Já perdi a vontade de viver algumas vezes porque simplesmente não em encaixo. Já perdi muitos empregos mesmo recebendo muito elogio, percebo que as pessoas me adoram mas parece que preferem as pessoas normais pra trabalhar. Só porque não consigo interagir da mesma forma. Desculpe o desabafo, eu tô tão cansada. Só citei uma pequena parte do que sinto. Será que posso ter autismo? Já falaram TOC, TDAH, já disseram que sou mentirosa, cínica e tantas outras coisas só porque não entendem quem sou, e eu não sei quem sou. Apesar de tudo isso, sou pós graduada e tenho dois filhos. Não sou tão esquisita eu acho, apenas pareço sei lá, chata demais, só porque não curto as mesmas coisas que a maioria das pessoas.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Kelly, que bom que você encontrou nosso texto. O seu depoimento é muito forte e honesto, muito obrigada por dividir um pouquinho da sua intimidade com a gente. Bem, naturalmente apenas um médico pode fazer o diagnóstico, mas todas as características que você descreveu são muito comuns nas pessoas que estão no espectro do autismo. Interesse por assuntos específicos, dificuldades de interação social e até o hábito de tocar as orelhas, pode ser uma forma de estereotipia. Por tudo isso, é muito muito importante que você busque o atendimento de um psicólogo comportamental especialista em autismo. Ele vai mapear seus desconfortos e talvez peça algum tipo de avaliação para fechar o diagnóstico. sabemos que pode ser uma notícia angustiante, mas grande parte das pessoas que se descobrem no espectro depois de adultas relatam que isso foi um divisor de águas, uma vez que é libertador entender porque esse sentimento de inadequação.
      O diagnóstico também permite estar mais consciente de suas diferenças e de encontrar sua identidade. Além disso, a terapia com um psicólogo especialista pode ajudar a lidar com os desconfortos de uma forma mais leve e funcional.
      Esperamos que você consiga iniciar esse caminho de autoconhecimento e dessa forma viva com mais tranquilidade e alegria.
      Deixamos um abraço cheio de força e coragem! Volte aqui para nos contar como as coisas estão fluindo 🙂

  25. CINTIA W SALES disse:

    Olá, eu acredito que uma pessoa da minja família é autista. Ele (a mãe dele no caso) procurou ajuda quando criança mas nao conseguiram chegar a um diagnóstico. Ele foi crescendo e “se virando”….hj é um adulto de 25 anos.
    Queria saber se ele se beneficiaria de ter um diagnóstico?
    Como conseguiria falar com ele sobre minha desconfiança q ele é autista??

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Cintia, tudo bem?

      Que bom que chegou até nosso texto! Quem sabe assim, você consiga ajudá-lo.

      O laudo é muito muito importante! Pois só com ele será possível aliviar alguns desconfortos e dificuldades que ele pode ter tido durante toda a vida e que causa sofrimento. Além disso, o laudo é importante para garantir direitos, por exemplo, vagas de trabalho e concurso público exclusivas para PCD, O auxílio financeiro LOAS (caso ele se enquadre na faixa de baixa renda) entre muitos outros, como estacionamento para PCD, atendimento preferencial, e até mesmo preferência para tomar a vacina contra COVID-19!!!

      Como ele é adulto, pode ser até um alívio entender porque sempre se sentiu tão diferente do mundo, sabe? É claro que cada caso é um caso, alguns podem reagir mal, pois nunca é confortável se descobrir com um “transtorno”. Por isso, você deve ser cuidadosa ao abordar o assunto, especialmente porque não temos como controlar como ele ou o resto da família vai reagir à sua desconfiança. O nível de intimidade entre vocês também vai influenciar quão fácil ou difícil será esse momento.

      Ou seja, é uma grande decisão! Mas queremos encorajá-la a procurar ajuda de alguém próximo e de confiança, e que também conheça ele, para te ajudar a pensar em alguns caminhos. Se você tiver a chance de falar com uma psicóloga, seria também muito valioso para te ajudar.

      Esperamos ter ajudado, um abraço ?

  26. Rosilene santos disse:

    Meu filho tem 20 anos eu acho q ele piorou muito c o tempo,ele tem asperger,o mpvimento de balancar o coepo aumentou muito nao sei como ajuda lo ja q ele nao percebe q esta balancando.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Rosilene, como vai? Bem, o ato de se balançar é uma forma do autista se regular sensorialmente. Ele faz isso para se sentir mais confortável no ambiente. E não é algo que precise necessariamente, ser interrompido.
      Entretanto, vale a pena recomendar que ele inicie uma terapia comportamental, pois a estereotipia (“mania”de se balançar) não é ruim, mas, ela indica que ele pode estar sofrendo com a sensibilidade: à luz, sons, cheiros, texturas, sabores, etc.
      Nesse caso, é bom tratar a causa, o que naturalmente vai diminuir o comportamento de ficar se balaçando.
      Também é necessário avaliar se isso atrapalha em outras questões da vida. Por exemplo: ele não consegue se relacionar porque tem medo de se aproximar das pessoas e elas repararem que ele “faz algo estranho”.

      Enfim são muitos caminhos, a ajuda de um psicólogo é fundamental!

  27. Karina disse:

    Olá,
    Muito obrigada por esse texto e às demais pessoas por compartilhar seus relatos.
    Recentemente tive conhecimento sobre algumas das características do TEA por conta da possibilidade de termos um familiar no espectro. Passei a prestar atenção no meu próprio comprotamento, sobretudo nas minhas dificuldades de interação verbal com pessoas (confusão no ato da fala, perda ou esquecimento do que disse em momento imediatamente anterior, muita dificuldade em olhar nos olhos das pessoas por muitos segundos mesmo em situações românticas). Também tenho tido conflitos em casa por conta de uma aparência de desdém ou desleixo pelas pessoas – frequentemente ouço que estou de cara feia ou que pareço superior, quando internamente sinto uma autoestima cada vez mais frágil -, por dificuldade de demonstrar carinho ou empatia. No período escolar na primeira infância me marcaram muito episódios de bullyng porque tinha uma dificuldade de locomoção e segundo os colegas eu “corria engraçado”, algo que associei mais tarde a uma dificuldade de me adaptar no ensino médio por falta de autoestima, de não me sentir desejada pelos garotos como as outras colegas (por muito tempo usei uniformes e roupas “de menino” porque não sentia segura sobre o meu corpo). Ainda no ensino médio passei por inúmeras situações de preconceito até chegar ao cúmulo de ter sido carregada pelos braços e pernas e jogada na frente de um menino pelo qual tinha interesse – eram daí pra pior as piadinhas sobre ser esquisita, não namorar ninguém, etc.
    Por muito tempo associei minhas dificuldades de interação e de demonstrar carinho por conta desses acontecimentos e também por ter crescido em um abiente familiar de muitos filhos, pais trabalhando por muitas horas e dias, uma sensação de “não ter aprendido a ser carinhosa”, embora revendo tudo isso hoje percebo que carinho nunca faltou, mas não naqueles moldes que aprendemos nos contos de fadas.
    Sempre tive bom desempenho na escola mas era a menina que sentava no fundo e tinha uma única amiga próxima, não me sentia a vontade com ninguém muito por conta dos casos de piada e violência terem sido dirigidos por pessoas que tinha uma proximidade ainda que pequena. Na universidade fui uma das melhores da sala, desenvolvi pesquisas, passei em primeiro lugar no mestrado com bolsa de financiamento. Me dizem que escrevo muito bem, ouvi na monografia que tinha escrito uma dissertação e que na dissertação estou elaborando uma tese… mas para mim o processo até chegar a esses resultados acaba sendo doloroso, quando me pego pensando na recepção do trabalho pelos outros (principalmente pelas ocasiões em que preciso fazer apresentações ou até mesmo em momentos não formais em que me perguntam sobre minha pesquisa). Me disseram que quando apresento trabalhos ou falo em público o meu rosto fica completamente pálido e o pescoço e dorso ficam vermelhos, mas eu não percebo nenhuma mudança além da tensão e relativo pânico em situações em que estou com pessoas desconhecidas para falar sobre o meu trabalho, por mais elogios que tenha recebido sobre ele.
    Com a pandemia e o convívio mais próximo com meu parceiro tivemos inúmeros conflitos por conta de trabalho e interação, ele me diz que foco muito quando estou lendo ou escrevendo que não percebo ele falando comigo, ou as vezes respondo a interação muitos minutos depois – do tipo, convidar para almoçar e eu levar meia hora para responder e não perceber esse tempo passar.
    Enfim, aproveitei o espaço mais como um desabafo e um espaço de autoreflezão, pois muitas associações com o espectro leve me vieram a mente só agora. Por ser formada em ciências sociais as vezes atribuo muito do meu comportamento e dificuldades por um perfil que “problematiza” muitas coisas – a questão do carinho e afeto, por ex – mas lendo relatos e o texto percebi algumas outras compatibilidades.
    Por fim, gostaria de saber onde consigo indicações de porfissionais na região de São Carlos ou São Roque para buscar um possível diagnóstico e acompanhamento.
    Desde já, muito obrigada 🙂

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Karina, que depoimento intenso e precioso, agradecemos muito que tenha compartilhado conosco e nossos leitores experiências tão fortes e íntimas. Realmente, muitas das coisas que você nos conta podem estar relacionadas ao TEA, por isso ficamos contentes que tenha encontrado nosso artigo e esteja motivada a confirmar ou descartar o diagnóstico. Isso será fundamental para seu processo de autoconhecimento. Não temos uma indicação concreta de profissional, mas podemos te apoiar indicando um perfil específico de profissional para facilitar a sua busca! O ideal é que vc procure psicólogos que trabalhem com a abordagem cognitivo comportamental e que já tenham experiência com o diagnóstico de autismo.

      Para finalizar, sentimos muito que tenha passado por tantos episódios de violência. É triste demais =/ É justamente para evitar que outras pessoas passem por isso que nos engajamos na causa dos autistas e lutamos para que sejam compreendidos e principalmente respeitados!

      Um abraço forte, carinhoso e encorajador. Volte mais vezes!

  28. Rodrigo Barbosa de Sousa disse:

    Olá, boa tarde!!!

    Adorei e vídeo e gostaria de aproveitar para relatar uma situação e buscar orientação.

    Minha esposa tem um irmão que tem muitos sinais de autismo, porém a mãe deles nunca soube lidar com isso ou não aceitou que ele tivesse algum transtorno. Hoje ele já tem 30 anos e vive numa bolha, não consegue se socializar, não trabalha, não estuda e fica o dia inteiro assistindo televisão, não interage com oa familiares, não olha nos olhos e não aceita ajuda médica pois acha que psicólogo é coisa de louco. Isso acaba afetando muito a minha esposa que fica frustrada porque a mãe vive protegendo ele e não ajuda a procurar ajuda, a relação familiar entre as três partes envolvidas fica comprometida, minha esposa fica com raiva, minha sogra parece não aceitar ou parece ter medo dele fazer algo, ficar violento e ele não consegue ter motivação para mudar, qual o primeiro passo para achar uma possível saída? Estou convencido de que ele é autista, mas gostaria de um diagnóstico médico, como podemos convencê-lo? E será que vai ser possível ele se encaixar no mercado de trabalho sem nunca ter trabalhado e não aceitar ordens?

    Se puder me dar uma orientação referente a isso eu agradeço

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Rodrigo, obrigada por dividir um pouquinho da sua história com a gente! Apesar de ser uma história muito triste, é lindo ver sua dedicação para encontrar ajuda para sua companheira e a família dela. Que bom que ela pode contar com você ?
      Realmente é uma situação muito delicada, pois vocês não têm nenhum controle sobre o comportamento da sua sogra e muito menos do seu cunhado. Mas a frustração, dor, raiva, medo são sentimentos naturais e completamente compreensíveis. Além disso, é impossível que vocês simplesmente ignorem ou façam de conta que o problema não estão ali. O caminho mais adequado é que a sua esposa mesmo busque fazer terapia com um psicólogo analista do comportamento, pois desse modo, ela poderá encontrar maneiras de lidar melhor com as situações difíceis desse contexto. Na terapia ela também poderá descobrir estratégias para reconstruir a relação com a mãe e o irmão e ter suas opiniões levadas em consideração, e quem sabe, convencê-los a fazer algo a respeito disso.
      Esperamos de todo coração que a situação de vocês melhore dia após dia. Um abraço acolhedor e cheio de coragem nessa jornada!

  29. Marcelle disse:

    Olá! Eu tenho pesquisado sobre autismo pq tenho observado que meu filho de dois anos está com atraso de desenvolvimento na fala. Durante a pesquisa, li que costumam investigar na família se há algum adulto autista também. Aí me atentei para o fato de que meu marido também teve muita dificuldade para começar a falar, fez terapia com a fonoaudióloga e tudo mais. Depois prestei atenção nos relatos da infância dele e as coisas que a mãe dele me contou que ele passava na escola, com os colegas e dentro de casa. Na convivência com ele, aprendi que ele tem muita sensibilidade à luz, odeia barulhos repetitivos, entende tudo “literalmente”, reclama das texturas da comida, não gosta de usar alguns tecidos. Tem dificuldade em se relacionar pq as pessoas o acham mto sincero e às vezes grosseiro, já foi rejeitado em vários empregos pq, segundo os avaliadores, “ele não se relaciona bem”. Tem focos em ferramentas, marcenaria, elaboração de projetos, games e culinária. Também é muito atento às regras e aos horários. Atualmente, abriu um restaurante delivery e tem feito os móveis da nossa casa sozinho. É a pessoa mais inteligente que conheço! Enfim, muitas características mesmo. Nós nos relacionamos muito bem, nos conhecemos na adolescência e sempre fomos bons amigos. Ele é gentil e atencioso comigo e com nossos filhos. Mas a família dele me conta que ele sempre foi distante e desapegado deles, melhorou depois de começarmos a namorar… Quero investigar e saber mais sobre o autismo em adultos pq acho que meu marido está no espectro e meu filho pode estar tbm! Quero muito ajudá-lo, sei que vai fizer uma diferença enorme se ele tiver um diagnóstico! Que profissional devo procurar?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Marcelle, que história interessante! Saiba que esse diagnóstico “duplo” de pai e filho acaba sendo bem comum hoje em dia, uma vez que há alguns anos atrás, descobrir o autismo leve era algo muito raro, justamente porque essas pessoas geralmente são muito funcionais e têm uma vida “normal”, por isso, os problemas acabavam passando desapercebidos.
      Inclusive vamos deixar logo abaixo o link para um texto sobre irmãos autistas, sendo que o diagnóstico do filho mais velho (autista leve) só veio depois de descobrir o autismo mais severo do irmão mais novo.

      https://www.autismoemdia.com.br/blog/autismo-e-familia/

      Que bom que estão no caminho para a descoberta! Um psicólogo comportamental especialista em TEA, certamente poderá contribuir muito nessa jornada.
      Desejamos que encontrem as respostas que procuram ?

  30. Ana Paula Galvão Garbes disse:

    Existe remédio para tratar? Meu nome é Ana Paula, tenho 56 e estou desconfiada ser autista. Sempre tive problema em me relacionar com pessoas, não sei falar direito com as pessoas, parece que estou dando ordens, mas não estou, tenho muito em excesso empatia exagerada, tenho muita dificuldade de entender gestos, caras feias, demorei 20 anos para perceber que estava num casamento abusivo, eu era muito ofendida e as vezes agredida pelo meu marido e por ter muita empatia eu me culpava e não fazia nada, no campo profissional, sempre tive muita dificuldade em aprender, eu incomodo as pessoas por perguntar quase as mesmas coisas e não consigo ter atenção nas respostas. Tive 3 filhos homens e a pouco tempo comecei a ler sobre o autismo em crianças e percebi que cada filho tinha algumas características , acho que os 3 tem mas da forma leve, foi aí que pensei, se eles tem algumas características , eu devo ter e me identifiquei muito. Demoro muito para perceber as coisas, mas ao mesmo tempo sou detalhista nas coisas que vejo. Sempre me senti diferente das pessoas, sou gêmea univitelinea, mas me sinto diferente da minha irmã, me sinto muito burra por ter sempre dificuldade de entender. Por me sentir assim, sempre tive vontade de morrer, já tentei várias vezes o suicídio, mas infelizmente não deram sorte, pois ainda continuo viva. Trato minha depressão com psiquiatra e fazia terapia, mas parei na pandemia, não me senti segura à distância.
    Lendo sobre o autismo no adulto, vi uma luz no fim do túnel. Pelo menos, se eu for mesmo autista, começo a entender tudo e espero ter ajuda.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Ana Paula, ficamos contentes que tenha encontrado esse post e desejamos que se sinta compreendida e acolhida por aqui. Sentimos muito por todo o sofrimento que você tem passado e esperamos que nossa mensagem possa te fortalecer e te apoiar. Infelizmente os graus mais leves de autismo muitas vezes passam “desapercebidos” por muitos anos, e o tema só vem sendo discutido mais amplamente na última década, por isso, é bastante comum ouvir depoimentos parecidos com o seu. Você não está sozinha. Existem medicamentos sim que podem ajudar a aliviar algumas questões, especialmente relacionadas ao mal-estar emocional, dificuldade para dormir, para se concentrar e as crises de agressividade. Naturalmente, esses remédios só podem ser indicados por um médico psiquiatra, uma vez que este profissional irá fazer uma avaliação completa sobre a sua história e suas necessidades, mapeando qual a melhor alternativa para o seu caso.
      Recomendamos que busque o diagnóstico com um psicólogo comportamental especialista em autismo. Esses profissionais tem experiência com o transtorno e suas eventuais comorbidades como a depressão, a ansiedade, e até o TDAH (que poderia por exemplo explicar a sua dificuldade de aprendizagem).
      Se você se sente desconfortável com a terapia online, indicamos que retome as sessões presenciais com todos os cuidados recomendados pelos órgãos de saúde como o uso de máscara, distanciamento adequado (de pelo menos um metro) ventilação no ambiente e o uso de álcool em gel, pois sabemos que infelizmente a pandemia ainda pode demorar para acabar, e seu caso precisa de atenção imediata.
      Para finalizar queremos deixar um abraço cheio de coragem e forças para encarar essa jornada. Sua vida é valiosa e temos certeza que com o tratamento adequado você poderá desfrutar dela de uma forma leve e alegre.
      Fique bem e volte mais vezes aqui no blog ?

  31. João Vitor disse:

    É estranho pensar que eu possa ser autista, mas libertador também, por mais que eu não tenha feito exame nem nada para ter um diagnóstico sobre, eu acredito que eu seja, me identifiquei com muitos dos exemplos de autismo nível 1, hoje mesmo eu pedi a conta de onde eu trabalho por conta da correria, do barulho e do estresse que isso tudo me gera, me dava um cansaço mental muito grande que chegava ser uma tortura, muito desgastante, entender a possível causa disso me deixa um pouco mais leve, mas claro, vou buscar por ajuda profissional para ter um diagnóstico de certeza. Agradeço por esse artigo publicado, muito bom e muito informativo, aposto que já ajudou muita gente e vai ajudar muito mais.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi João! Que bom que você nos encontrou 🙂 Essa sensação de alívio e libertação costuma ser muito comum nos autistas que descobrem estar no espectro depois de muito tempo sem entender porque é tão diferente. Procure sim um especialista para confirmar, indicamos que busque por um psicólogo comportamental especialista em TEA.
      Desejamos que sua jornada de autoconhecimento seja leve e tranquila.
      Um abraço!

  32. NECILDA disse:

    MEU NETINHO NASCEU COM AGENISIA FALTANDO UMA MÃOZINHA. E COM UM PÉ CONGENITO. FEZ 2 ANINHOS. TENHO OBSERVADO NELE VÁRIOS SINAIS DE AUTISMO,. TENHO PESQUISADO SOBRE O TEMA. NÃO SEI O QUE FAZER ESTOU ME SENTINDO ANGUSTIADA ATE MESMO PELAS CONDIÇÕES FINANCEIRAS. NÃO SEI A QUEM RECORRER. O QUE DEVO FAZER.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Necilda, como vai? Sentimos muito que esteja passando por toda essa angústia. O primeiro passo é buscar o diagnóstico. O ideal é que seja com um neuropediatra especialista em autismo. Peça o exame genético e outros marcadores físicos do autismo. Embora muitas vezes o autismo não seja genético, como ele tem outras condições associadas, existe uma chance de vocês encontrarem alguma alteração genética que pode indicar mais ou menos chances de autismo.
      Você também pode buscar o apoio de entidades e ONGs que acolhem as famílias de autistas, eles geralmente conseguem orientar em relação a profissionais e terapeutas que podem ajudar. Vamos deixar o link do nosso site que pode te ajudar a achar uma entidade perto de você.
      https://www.autismoemdia.com.br/pais-maes-e-cuidadores/#mapa
      Você também pode procurar no Google, caso não encontre nenhuma por aqui.

      Deixamos aqui um abraço cheio de força e coragem para você e toda família!

  33. Mona Lisa disse:

    Isso será desconfortável, mas aqui está:

    Desde que conheci o Autismo (ou Síndrome de Asperger) há aproximadamente um ano, através de relatos na internet, me senti de certa forma representada, pela primeira vez. Sempre me senti fora de contexto, como se todos escondessem algo, uma informação invisível a mim.

    Não me sinto confortável com demonstrações de afeto, não possuo amizades e nunca cheguei a desenvolver um relacionamento amoroso duradouro.

    Tenho 19 anos e minha única tentativa de estar em um relacionamento amoroso apenas me gerou desconforto. Não sentia basicamente nada, não permitia que meu parceiro se aproximasse de mim; sendo assim terminamos depois de duas semanas sem avanço algum. Um detalhe é que esse parceiro romântico era um amigo meu de longa data, um dos únicos amigos que já tive.

    Nunca tive facilidade em me comunicar e tenho grande dificuldade em demonstrar sentimentos, nunca exponho minhas ideias e pensamentos, não sei porque eu o faria, de qualquer forma.

    Mesmo quando criança minha mãe relata que nunca fui extrovertida ou comunicativa, mesmo com as outras crianças. Minha mãe relata que tinha medo de barulhos altos, sempre cobria os ouvidos e me abaixava em posição fetal quando me assustava.

    Sou extremamente focada em meu trabalho que envolve estatísticas e análise de dados atrás de um computador, ao qual sou grata. Já trabalhei como atendente de loja, mas tinha grande dificuldade em me comunicar, o que me gerava grande transtorno e ansiedade.

    Nunca percebi comportamentos repetitivos em mim mesma, porém a quantia de coisas que me são despercebidas sobrepõem as de que conheço. Por exemplo, todos (até mesmo minha irmã de 12 anos) dizem a mim que sou inocente e infantil, que “não reconheço a maldade no mundo”.

    Possuo interesses específicos que não compartilho com ninguém, que se tornam uma certa obsessão minha, de forma intensa. Por exemplo, aprendi inglês de forma autônoma apenas para poder jogar um jogo de uma franquia que gosto. Não é um inglês perfeito, mas consigo entender.

    Por mais que sempre fui considerada inteligente, nunca me senti assim realmente. Na escola sempre fui enquadrada como uma pessoa excluída, mas possuía notas positivas, com muito esforço. Minhas notas eram a única coisa que importavam para mim, assim como o meu trabalho é hoje.

    Nunca tive uma vida social durante a escola; trabalhos em grupo acabavam comigo fazendo a maior parte sozinha, pois não confiava na habilidade de meus colegas, que tiravam notas baixas. Seminários me causavam grande ansiedade social.

    Nunca me senti à vontade para compartilhar minha desconfiança em possuir “autismo leve” (que é o que considero, pelo que li e pesquisei), sempre senti receio em marcar uma consulta e não ser diagnosticada, pois assim como citei acima me sinto representada, e de certa forma tenho conforto em sentir o mesmo que outras pessoas.

    Peço desculpas pelo texto enorme, mas gostaria de saber se minha história, de certa forma, se encaixa com o quadro de autismo. Estou tentando superar minhas dificuldades todos os dias com muito esforço, porém a diferença entre mim e as pessoas com as quais convivo sempre foram claras, mesmo eu não conseguindo explicar o porquê.

    Muito obrigada pela matéria, com certeza é muito esclarecedora.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Mona lisa, como você está? Puxa vida, seu depoimento é realmente muito forte, imaginamos como deve ter sido difícil para você se abrir e contar tudo que se passa na sua mente. Tudo o que você observou podem sim ser características do TEA, e pode ser muito libertador ir em busca de um diagnóstico para sentir que finalmente entende o porquê do seu jeito “diferente” e para reafirmar e fortalecer a sua identidade.
      Indicamos que busque apoio de um psicólogo comportamental especialista em TEA, pois o processo terapêutico pode te ajudar a lidar com os conflitos e desconfortos que você sente em relação ao mundo. Esperamos que volte aqui para nos contar como está sendo o processo de investigação e autoconhecimento.
      Um abraço do Autismo em Dia!

  34. Andre Monte disse:

    Olá boa noite,
    Tenho recém completos 41 anos, para mim o whatsapp foi a melhor ferramenta inventada, para não ter contato com pessoas, ao vivo ou telefone, considero ter muitos poucos amigos, sempre fui muito tímido, mas gosto de olhar nos olhos das pessoas quando falo e converso, já fui diagnosticado com depressão que convivo desde 2003, minha irmã, começou a trabalhar numa escola e passou a pesquisar sobre o assunto e me veio com a desconfiança de eu ser autista, não sou muito feliz quando invadem meu quarto pra limpar ou trocar o lençol, geralmente eu faço isso. Gostaria de saber se existe especialistas na rede pública para fazer esse tipo de exame. Sendo diagnósticado com TEA, como devo proceder? Qual o próximo passo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Andre, como vai? Realmente algumas características do seu relato chamam atenção. Para sermos bastante realistas, é difícil conseguir o laudo pelo SUS, especialmente no caso de adultos funcionais. O caminho mais fácil é iniciar tratamento terapêutico com um psicólogo comportamental especialista em TEA. Ele também irá conduzir a terapia numa escuta ativa e poderá propor intervenções com base nas suas queixas (no que gostaria de desenvolver).

      Esperamos ter ajudado! Um abraço.

  35. Alan disse:

    Vou completar meio século de vida e até hoje não encontrei-me totalmente, sinto que; sou desigual, tento dar o melhor de mim, e etc e tal… nada é o bastante, enfim eu vivo em uma constante auto-analise e sim, por vezes já pensei que posso ter um grau moderado de TEA más tenho receio de procurar ajuda pelos órgãos públicos, principalmente pela possibilidade de me retirarem uma de minhas autonomias ( CNH ) já que em muitos momentos de minha vida recorri ao exercício de atividade remunerada, e nestes exames o questionamento sobre a procura por ajuda nesta área é recorrente.
    Publicar este comentário é um desafio e no decurso dele me passou o questionamento, vale a pena ou não esta exposição?
    Sei que não elenquei elementos suficientes para uma analise sobre minha condição, porém é um drama, um dilema, uma incógnita… serei eu, apenas eu o conhecedor e único responsável pelas minhas abstrações?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Alan, que bom que chegou até aqui. Entendemos completamente seu receio em dividir suas angústias, não é fácil se abrir. Mas esperamos que esse tenha sido o primeiro passo para que você encontre acolhimento e força nesse caminho de autoconhecimento. Não se preocupe em relação à habilitação. Pela forma como você se expressa, e até mesmo pelo pouco que você nos contou, o mais provável é que você tenha autismo em grau leve. Os níveis moderado e severo estão associados a necessidade de um cuidador em período parcial e/ou integral.

      Vamos deixar um link onde esclarecemos melhor a questão dos graus de autismo: https://www.autismoemdia.com.br/blog/existem-tipos-de-autismo-como-identificar-os-diferentes-niveis/

      Os autistas leves não tem nenhum tipo de impedimento para tirar ou manter a CNH, uma vez que o transtorno não impede a autonomia nesse quesito, a menos que haja comorbidades como a epilepsia, por exemplo. E mesmo assim, os epilépticos que têm as crises controladas também podem dirigir.Os autistas que não dirigem são aqueles que têm dificuldades até mesmo com tarefas básicas, como se banhar, se alimentar, se vestir e etc.

      Não é impossível conseguir o laudo pelo SUS, mas o caminho pode ser muito longo, principalmente para os adultos em grau leve, infelizmente. Se você tiver a oportunidade, busque ajuda de um psicólogo comportamental especialista em autismo, o processo certamente será mais leve e mais rápido.

      Ter o diagnóstico pode te ajudar a entender essa sensação de ser tão diferente de todos ao seu redor e também a fortalecer a sua identidade e te ajudar a lidar com os conflitos com mais assertividade e qualidade de vida.
      Esperamos tê-lo apoiado. Um abraço!

  36. Willian Brito disse:

    Hoje é 02/02/2021 às 03:12 da manhã, tendo por fim uma conversa com minha namorada, onde mais uma vez fui questionado essa minha dificuldade em demonstrar qualquer tipo de sentimento, onde eu não sei explicar o por que não demonstro e não me socializo, não tenho amigos, não me preocupo em ter, não me sinto bem em meio às pessoas, eu me encaixo perfeitamente nas condições do nível 1, obrigado pela página, e pela atenção com todos….

  37. Lidia disse:

    Ei Fabrícia tudo bem?
    Gostaria de conversar um pouco mais sobre o tratamento do TEA em adultos.
    Será que teria um telefone e horário para nos falarmos?
    Desde já agradeço, abraços.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Lidia, esse blog não é da Dra Fabrícia, mas ela gentilmente colabora com nossos conteúdos. Vamos passar seu e-mail para ela 🙂

  38. Nany Lima disse:

    Desde criança gostava de brincar sozinha. Lembro no pátio da escola. Todos correndo brincando juntos e eu horas no balanço. Agora adulta tenho dificuldade de receber carinho ou abraços. Tenho dificuldades em entender mensagens ocultas e tenho problemas sociais. Nao consigo manter uma conversa. Sempre sou tida como imatura ou como meio tantan. Uma tia já me disse pra eu procurar ajuda pq eu nao era normal. Isso doeu muito. Tenho problemas sérios com mudança de rotina. Sempre tenho que vtar pra casa pelo mesmo caminho. Se há mudança nisso eu fico totalmente transtornada. Hoje aos 33 anos apesar de ser formada e concursada venho enfrentando muitas dificuldades no trabalho. Sendo monitorada de perto pq tenho problemas sérios em jogar num sistema o que está escrito no papel. Os colegas da sala conversam riem, mas quando entro na conversa sinto que eles param. Como se eu fosse um et. To com um neuro marcado para segunda feira. Com muito medo de nao conseguir um laudo ou algo concreto para nao perder minha gratificacao no trabalho. Já estou na mira dos superiores e isso me deixa apavorada. Tem algum dica do que falar na consulta com a neuro? Autistas podem perder gratificacoes no salário que já possuim antes? Ou devem ser readequados sem perda salárial? Muito obrigada por responderem!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Nany, como vai? Infelizmente tivemos um problema técnico que nos impossibilitou de responder antes.

      Você já fez a consulta, como foi?

      Respondendo a sua pergunta, nenhuma gratificação poderá ser retirada de você simplesmente por ser autista. Isso inclusive é contra lei!

      Esperamos que volte para nos contar com estão as coisas. Um abraço carinhoso de toda nossa equipe.

  39. Ramiro Miguel disse:

    Boa tarde, eu fui diagnosticado com Síndrome de Asperger e atualmente tenho 27 anos, eu tenho imensas dificuldades em socializar e de me integrar no mundo dos “outros”.
    Durante a minha adolescência eu sofri preconceito na escola por parte de outros colegas neurotípicos (normais) que nem sequer me compreendiam e ainda me trataram como um deficiente mental e ainda me excluiram do grupo, daí eu passei a isolar-me do resto do pessoal devido à minha falta de confiança e baixa autoestima.
    Hoje em dia eu sofro de ansiedade, cansaço constante, falta de prazer e depressão, pois eu sinto que não tenho interesse e utilidade para viver a minha vida em um mundo que “não me pertence”, também sinto frustração em não conseguir amigos e até namoradas, mas eu compreendo que os outros não se consigam identificar comigo porque na minha opinião eles devem pensar que eu sou uma ameaça para os demais.
    O que devo fazer para viver feliz com a minha vida?

  40. María disse:

    Oi bom dia, meu filho nasceu prematuro teve menigite com 3 dias de nascido , agora está com 13 anos , tem problemas na fala ,na memória ,e agitado , ansioso , não aprende na escola , não sabe interagir com outras pessoas ,ele pode ter alguma grau de autismo ?ou é somente sequelas da minigute ?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi María, é importante iniciar uma investigação com um neuropsicólogo ou um psicólogo comportamental especializado. A resposta depende de uma série de análises e exames físicos e cognitivos.

      Esperamos ter ajudado!

  41. Giovanna disse:

    Oi, quero tirar dúvidas. Eu conheço uma pessoa, ela já é adulta, tem 30 anos. Ela tem dificuldades de se virar em coisas sozinhas como por exemplo: Ir no banco resolver algo (ela não consegue resolver algo sozinha), ir ao médico sem ninguém. Ela não consegue se expressar muito, e tem dificuldade de aprender e achar que não consegue aprender aquilo que tem alguém ensinando, e por sinal parou de estudar porque tinha muita dificuldade. Tem medo de tantas coisas e se sente muito diferente das outras pessoas, porque todos consegue se virar sozinha menos ela. Ela não consegue pegar ônibus, pra ela pegar um ônibus é muito difícil, não consegue aprender a ir ao lugares, tem uma certa dificuldade de memória, em gravar o lugar, e as vezes pra ela entender algo tem que explica bastante vezes. Ela se sente diferente das pessoas desse mundo e acaba sofrendo porque não consegue se virar sozinha em algumas coisas e sente muita vergonha. O que você me diz? Ela possui algum grau de autismo? Desde ja te agradeço.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Giovanna, tudo bem?

      Bom, essas dificuldades que você relatou podem ou não ter a ver com um quadro de autismo. É importante entender que para fechar o diagnóstico de autismo, é preciso que haja um conjunto de sintomas em diferentes áreas do desenvolvimento.

      Vamos deixar um link aqui que pode te ajudar: https://www.autismoemdia.com.br/blog/existem-tipos-de-autismo-como-identificar-os-diferentes-niveis/

      De todo modo, vale a pena fazer uma investigação. Sugerimos que a pessoa busque o apoio de um(a) psicólogo(a) comportamental, o tratamento pode melhorar a independência e qualidade de vida da pessoa e também investigar o autismo.

      Esperamos ter ajudado. Um abraço.

  42. Lilia disse:

    Sou autista leve, sempre trabalhei e fui independente, apesar de sofrer com o diagnóstico tardio, descoberto aos 54 anos de idade. Hoje tenho 57 e parece que os sintomas pioraram muito. Não consigo mais trabalhar, estou com pânico de grupos, equipes e barulho. Tenho 23 anos de carteira assinada. Posso ter algum benefício, mas não sei qual. Peço ajuda,

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Lilia, você faz acompanhamento psicológico? Seria muito valioso para te apoiar nessas questões. Um abraço cheio de coragem e força.

  43. Maria Lúcia disse:

    Olá, tenho 50 anos e após descobrir que minha filha de 17 anos tem autismo descobri que tenho tbm. Minha vida sempre foi muito difícil e passei por coisas terríveis por não saber entender muito bem as pessoas ou o que elas estavam pensando. Esse mundo sempre foi muito estranho pra mim e por não entender bem o que eu tinha ou como eu era passei por muitos perigos e até abusos pensando que isso era o normal desse mundo, e eu tentava ser igual as pessoa e fazia o mesmo, pra tentar me encaixar, ser “normal”. Hoje só descobrir isso, estou meio perdida, sem saber o que fazer e aos mesmo tempo com muita raiva por ter passado tudo o que passei sem nenhuma compreensão de ninguém a cerca de como eu era. Passei desapercebida por meus familiares. Hoje não sei bem o que fazer com, não fiz os testes, nem sei se preciso fazer, se seria bom ou não. Mas preciso sempre de uma pessoa pra me fazer entender o comportamento e as ações e sentimentos, comportamentos das pessoas. Preciso de alguém que leia elas pra mim. Hoje meu marido me ajuda com isso, mas tudo ainda é muito difícil, não sei o que fazer.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Maria Lúcia, obrigada por dividir conosco um pouquinho da sua história. É um relato muito forte, e temos certeza que poderá ajudar muitas pessoas que se sentem como você.

      Você já fez terapia comportamental? Aconselhamos que procure um(a) terapeuta para lidar melhor com todas essas questões tão delicadas. Um abraço cheio de força e coragem.

  44. Thaise Hoff Cabral disse:

    Olá, boa noite.
    Minha dúvida é com relação ao meu namorado. Ele é muito querido e amável comigo, mas têm muita dificuldade em fazer amizades e se culpa por isso; na verdade ele tem a mim, ao pai, mãe e a irmã, ele não tem nenhum amigo! Ele também não consegue e não gosta de falar sobre seus sentimentos eu vejo que é bem difícil pra ele, quase uma tortura. Ele não expressa suas opiniões, pensa muito. Não se sente confortável em manter contato visual, mesmo comigo. Está e um trabalho que precisa de certa interação com clientes (ele instala internet de fibra ótica na casa das pessoas) e ele sofre muito com ela falta de habilidade em lidar com as pessoas, dizer não, colocar limites.
    Ah! Ele têm questões com tecidos (sensibilidade da pele) e com comida.

    Coloquei tudo isso pq realmente acho que ele possa ter um nível leve e me corta o coração ver ele se sentindo tão desconectado de tudo e todos. Não sei como abordar o tema com ele. Tenho medo de magoá-lo. Vcs teriam alguma dica?

    Amo muito ele e quero que ele seja feliz. Queria poder ajudá-lo.

    Obrigada e parabéns pelo trabalho de vcs

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Thaíse, como vai?

      Da pra sentir o carinho e a preocupação que você tem com ele!

      Bem, não existe uma resposta pronta para a sua questão, já que essa pode ser uma situação muito difícil para ele encarar, pois mexe com a autoimagem e a identidade dele. No entanto, por outro lado pode ser muito libertador! Entender o porquê de se sentir tão diferente das outras pessoas.

      Você já procurou apoio psicológico para você? Na sua terapia, dividindo seus medos, angústias e analisando mais profundamente os detalhes da relação de vocês, talvez você possa encontrar respostas mais produtivas sobre como e quando abordar esse assunto com ele.

      Queremos aproveitar para te indicar esse vídeo, onde autistas adultos compartilham um pouquinho sobre suas experiências com o diagnóstico tardio: https://www.youtube.com/watch?v=3spcsDqh_Kk

      Desejamos muita força pra vocês! Um abraço carinhoso.

  45. Érico Atílio disse:

    Olá, tenho 26 anos e acho que estou no espectro autista, gostaria de buscar um diagnostico, mas não sei por onde começar, principalmente por não ter tanto dinheiro para médicos e/ou terapia. Quando eu era criança sempre sofri bullying em casa, na escola e na rua por ser “estranho”, na adolescência acabei me isolando mais, embora sempre tenha tido alguns poucos amigos mais próximos. Hoje eu me sinto constantemente alheio às outras pessoas e acabo me deprimindo porque gostaria de conseguir interagir melhor e não ficar o tempo todo pensando que estou sendo julgado. Sempre tenho dificuldade de interagir com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, mesmo sendo próximas, também sempre me irritei muito com barulhos e contatos físicos inesperados ou indesejados, tenho dificuldade de mudar minha rotina. Uma outra coisa que me chamou atenção é que tenho a impressão que o isolamento social devido a pandemia me afetou muito mesmo do que parece ter afetado as outras pessoas. Enfim, desde que comecei a pesquisar sobre TEA em adultos percebi que muitas coisas na minha vida fazem mais sentido caso eu esteja no espectro, mas tenho medo de ser so um viés de confirmação da minha parte.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Érico, obrigada por compartilhar um pouquinho da sua história com a gente.

      Ir em busca do diagnóstico realmente envolve muitas questões delicadas, mas também pode ser muito libertador.

      Queremos te convidar para ver esse vídeo onde autistas adultos compartilham um pouquinho sobre suas experiências com o diagnóstico tardio: https://www.youtube.com/watch?v=3spcsDqh_Kk

      Esperamos que possa te fortalecer e incentivar.

      Um bom caminho para começar é procurar um neuropsicológo ou psicólogo comportamental especialista em autismo.

      Um abraço corajoso.

  46. Tito disse:

    Preciso de ajuda! Não sei que tipo de profissional procurar, mas preciso começar.
    Podem me ajudar?

  47. Renata disse:

    Fui em busca de informações para tentar compreender o comportamento do meu marido, e nessas buscas identifiquei todo o comportamento dele como Asperger. O altíssimo leve, mas que eu não estou sabendo lhe dá com essa situação. Ainda não houve um diagnóstico de um profissional, mas todas as descrições são impressionantes. A minha pergunta é: “como lhe dá com pessoas autistas adultos que não foram identificados na infância? Onde posso buscar essa ajuda? Já existe algum grupo de apoio para as pessoas que convivem o Asperger?”
    Faço essa pergunta e acredito que seja a de muitas pessoas que possuem um relacionamento e não consegue compreender o comportamento específico do companheiro que possue TEA sem ter sido identificado no tempo hábil para buscar tratamento.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Renata, como vai? Infelizmente é muito comum que autistas funcionais não tenham sido diagnosticados na infância 🙁 Esse inclusive foi o tema de uma live nossa nossa no finzinho do mês de abril. Vou deixar o link para você: https://www.youtube.com/watch?v=3spcsDqh_Kk

      A boa notícia é que o diagnóstico pode ser confirmado por um(a) neuropsicólogo(a). O diagnóstico (mesmo que tardio) é muito importante para melhorar a qualidade de vida do autista e das pessoas que se relacionam com ele. Esperamos que possam iniciar a investigação o quanto antes. Um abraço!

  48. Ethianye rubia de souza gibson bianchi disse:

    Olá….me chamo rubia….tenho 43 anos…..sempre me achei uma pessoa muito fechada, não gosto de lugares com muita gente…me gera um desconforto….não gosto de muitos contatos visuais…sempre tive poucos colegas na escola…..nao tive dificuldades na escola em relação a aprendizagem…ao contrário sempre me destacava….consegui me formar….passei em vários concursos públicos….casei e tive filhos….mas não gosto de mudar minha rotina seja ela qual for….ainda continuo sem querer me relacionar de maneira social ( já chegaram até se me chamar de anti social) será que posso ter autismo no grau leve?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Rubia, as questões que você descreveu podem sim ser sinais de autismo, vale a pena procurar um(a) neuropsicólogo(a) e iniciar uma investigação.

      Vamos deixar aqui o link de um vídeo onde autistas adultos que já entrevistamos batem um papo sobre o diagnóstico tardio, pode ser legal para você identificar algumas outras coisas e se motivar a buscar respostas. Depois volte aqui para nos contar o que achou: https://www.youtube.com/watch?v=3spcsDqh_Kk

      Um abraço!

  49. Aline disse:

    Oi tenho 22 anos não consigo me encontrar pois me sinto perdida sem ter oq fazer por mim pq eu não consigo realizar tarefas simples meu raciocínio pra coisas óbvias é lento ou não consigo realizar uma atividade óbvia também não gosto de encontrar pessoas tenho dificuldade em empregos as não consigo me relacionar muito com as pessoas não gosto de sair de casa tenho muito de fazer as coisas erradas ou de ser humilhada e de ser observada por pessoas mas tenho noção de algumas coisas tenho afeto mas sou seletiva e gostaria de se saber se essas ações fazem parte de algum problema mental

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Aline, como vai? Obrigada por dividir um pouquinho da sua história com a gente. Respondendo a sua pergunta, sim, as características que você pontua são sinais de autismo, mas também podem estar associados a outras condições de saúde. Naturalmente, o diagnóstico só pode ser feito por um profissional de saúde, que vai fazer uma avaliação médica completa.
      Procure um neuropsicólogo especialista em TEA para investigar sua condição.
      Vamos deixar um link aqui de uma live que fizemos no fim do mês de abril. Na ocasião, 4 autistas adultos contaram sobre sua experiência com a investigação e diagnóstico. Esperamos que possa ajudá-la: https://www.youtube.com/watch?v=3spcsDqh_Kk

      Um abraço corajoso!

  50. Jaqueline disse:

    Bom dia! Tenho um amigo (35 anos) que considero “estranho”, já cheguei a pensar que ele usasse drogas, mas não é o caso. Recentemente ele perdeu a mãe, creio que era a pessoa que o protegia. Ele tem dificuldade de relacionamento com o pai e a irmã. Agora é como se ele tivesse me escolhido para “mãe”. Em poucas conversas com ele, noto muitas características de autismo, já li sobre sociopatia e psicopatia. Ele me relata que ao sair na rua ele acha que as pessoas estão observando-o por conversar com o seu cachorro. Repete mil x as mesmas histórias…enfim, já sugeri que ele vá ao psiquiatra, mas ele não aceita. Não sei como ajudá-lo, não tenho contato com a família dele, e tenho medo por estar permitindo esse título de mãe que não é meu, e não saber o que fazer. Se tiverem como me auxiliar, serei muito grata.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Jaqueline, obrigada por contar um pouquinho da sua história e do seu amigo pra gente.
      É bem comum pessoas próximas percebam alguns sinais de TEA antes mesmo que o próprio autista em questão. É lindo o que está fazendo por ele ?
      Naturalmente, somente um profissional de saúde pode investigar e dar (ou descartar) o diagnóstico de autismo. E nesse caso, é necessário que ele se convença da importância de investigar. Você já compartilhou esse texto com ele? Quem sabe ele possa ficar mais aberto à ideia de procurar apoio.
      De todo modo, é importante também que você esteja atenta a sua saúde emocional, você faz terapia? Seria muito legal dividir essas questões com um psicólogo comportamental.

      Esperamos ter ajudado!

  51. MARILIA disse:

    Boa tarde,
    Resolvi procurar sobre o tema e cai aqui. Bem, eu tenho 31 anos e sou fonoaudióloga, sempre me achei introspectiva em alguns momentos, porém em outros consigo me soltar e ficar bem a vontade (geralmente em locais do meu convívio). Recentemente comecei a me relacionar com uma pessoa que observa algumas coisas em mim que nem eu mesmo havia notado tão claramente.
    Locais cheio de muito barulho ou informações me deixam bastante angustiada e agoniada. Inclusive fui diagnosticada com síndrome do panico, e meus gatilhos quase sempre eram em multidões.
    Observo também que sair da rotina me causa uma ansiedade descomunal.
    De uns tempos pra cá observo que o contato visual e físico me deixam incomodada.
    Mas o que acho mais diferente em mim é a agitação.

    Podem me dar um norte?
    HAHAH
    Abraço

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Marília, que bom que esse texto chegou até você ?

      Pode ser muito angustiante buscar um diagnóstico, mas por outro lado também muito libertador. Vamos deixar aqui um vídeo de autistas que foram diagnosticados tardiamente, esperamos que a experiência deles possa te motivar e fortalecer a buscar respostas: https://www.youtube.com/watch?v=3spcsDqh_Kk

      Esperamos vê-la outras vezes por aqui! Um abraço.

  52. Clara disse:

    Olá. Eu acabo de descobrir que não apenas eu sou autista, mas meu pai é também. Por isso eu estou buscando mídias sobre como eu posso identificar e aliviar as minhas dificuldades e as dele (logo facilitando a convivência em família), mas não tenho tido muito sucesso. A maioria do conteúdo disponível não é feito para nós, pessoas mais velhas, mas sim para os pais de crianças autistas. Com isso em mente, seria possível receber algumas recomendações, por favor? Obrigada desde já.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Clara, como vai? Tudo bem? Realmente a internet ainda está carente de conteúdos sobre autismo feito para adultos. Por aqui, sempre tentamos trazer histórias e conteúdos relevantes também para os autistas mais velhos.

      Aproveitamos para recomendar o podcast Introvertendo, feito por autistas adultos que compartilham um pouco do seu dia a dia e falam sobre vários temas interessantes: https://www.introvertendo.com.br/

  53. Autismo em Dia disse:

    Oi Marilei, como vai?

    Puxa, sua situação é realmente bem delicada. Veja, uma vez que ele já é adulto e independente, é impossível forçá-lo a procurar ajuda. Também é importante entender que essa pode ser uma questão muito difícil para ele encarar, pois mexe com a autoimagem e a identidade da pessoa, que algumas vezes “prefere nem saber”.

    Você já procurou apoio psicológico para você? Na sua terapia, dividindo seus medos, angústias e analisando mais profundamente os detalhes da relação de vocês, talvez você possa encontrar respostas mais produtivas para ajudá-lo e que também te deixem mais em paz.

    Desejamos muita força pra vocês! Um abraço carinhoso.

  54. Alexnder Moraes disse:

    Olá, me emocionei ao ler a matéria e perceber que a minha mãe, de 56 anos, se encaixa em quase todas as características descritas. Vou procurar um profissional pra ajudá-la, mas seria apropriado abordar o assunto com ela antes disso?
    Nem sei como agradecer pela matéria.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Alexder, como vai?

      Ficamos contentes que o texto te ajudou!

      Em relação a sua pergunta, tudo depende de como é a relação de vocês, e de como você acha que ela provavelmente reagiria. Você faz terapia? Se sim, seria bem legal discutir isso com a sua terapeuta, o que falar, como falar, em que momento e etc. É algo que mexe muito com a identidade da pessoa, é importante que ela saiba, mas deve ser de uma forma bem cuidadosa e empática 🙂

      Desejamos muita sorte pra vocês. Volte aqui pra nos contar o que aconteceu! Um abraço.

  55. Alice Menezes disse:

    Boa noite! Me identifiquei muito com a matéria e com os comentários acima. Há algum tempo já desconfio que estou dentro do espectro, mas ainda não tenho diagnóstico, hoje particularmente, estou muito, muito triste, uma frase que ouvi durante toda a minha vida foi vc é tão inteligente, mas tem horas que vc parece que não entende as coisas ou não sei como uma pessoa tão inteligente como vc não consegue fazer isso. É muito triste e difícil passar por esses questionamentos, nunca me considerei inteligente, mas sempre achei que tinha facilidade em aprender, basta eu ver uma vez e já consigo reproduzir, eu estudo muito, mas somente coisas que me interessam e tenho uma memória excelente para decorar coisas passo a passo.
    Mas tenho muita dificuldade para entender comandos, se esses não forem detalhados, muitas pessoas pedem as coisas pela metade, todos entendem, menos eu, mas tem vezes que é tão detalhado que ninguém entende, ai nesses momentos eu entendo.
    O rótulo de “inteligente” sempre foi um fardo pesado pra carregar ou me ver nesse rótulo, pq a qq erro, já vem o questionamento sobre minha inteligência.
    Tenho dificuldade de trocar os lençóis tb, comprar roupas novas, uso sempre as mesmas roupas, sou muito seletiva com os alimentos.
    Eu tinha dificuldades com a faculdade presencial, mas amei a faculdade a distância, especialmente as que não tem muitos vídeos.
    Eu copio o comportamento das pessoas, qd vejo que um comportamento dá certo para alguém, lá vai eu fazer igual, eu sinto que não posso ser eu mesma, qd chego em algum lugar fico observando e tentando enxergar que pessoa tenho que ser nesse lugar, mas isso é extremamente cansativo, fico exausta, as vezes qd tem muita interação, eu tenho que me trancar no banheiro e ficar lá um bom tempo até o mal estar passar, sinto um mal estar horrível na minha cabeça não sei explicar, acontece qd tem muita gente no meu trabalho, qd vou no super mercado, alguns lugares com muitas pessoas, igrejas, cultos, as vezes é das luzes, coisas muitas coisas coloridas, cheiros fortes, pessoas falando alto ou muitas pessoas falando, tantas coisas, odeio que me toquem, não me sinto a vontade com abraços e beijos, a não ser que eu queira, mesmo assim, tem que ser rápido.
    Tem tantas outras coisas e eu não conseguia entender pq eu era diferente, eu sempre vi que as pessoas faziam coisas sem fazer esforço algum e eu não conseguia, arrumar a casa é muito difícil, não é preguiça, não é má vontade, eu simplesmente não consigo, passo 2 ou 3 dias para arrumar a casa toda, não consigo dobrar roupas, lavar muitas louças, passar roupas, tudo me dá esse mal estar na cabeça, não é uma dor, nem sei direito explicar o que é, mas é difícil concluir, sou desenhista e as vezes, fico anos sem desenhar, pq não consigo e eu amo desenhar.
    Ainda bem que eu amo Excel, estudo muito sobre, acredito que é um hiper foco, e acabei conseguindo um emprego onde trabalho a maior parte do tempo com isso.
    Mas hoje eu tô muito triste, com vontade de sumir sabe! Eu só queria que as pessoas entendessem que eu não entendo igual a elas e que não precisa gritar comigo, basta explicar direitinho.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Alice, como você está? Lamentamos que esteja passando por tudo isso 🙁

      Seria importante você buscar o apoio de um psicólogo comportamental especialista em TEA. Como você pode ver por muitos comentários acima, a certeza do diagnóstico pode ser muito libertadora. Além disso, em terapia, você pode encontrar muitas ferramentas para lidar com esses desconfortos e se sentir mais livre para ser você mesma. Esperamos que possa seguir nosso conselho e que fique bem. Um abraço corajoso.

  56. J. Gabriel disse:

    Primeiramente, muito obrigado por esse texto. Ele faz parte das minhas pesquisas recentes sobre eu ter autismo leve e chego a conclusão que realmente tenho, isso com 22 anos de idade.
    Desde criança sempre fui considerado “viajado demais”, “meio abobado” , “louco”. Me sinto aliviado que tudo isso tem explicação, e não sou um “doido”. Machucava as vezes passar por situações assim. Minha família nunca procurou saber se eu tinha algo, mesmo eu querendo saber, eles só me botavam muito pra baixo, até chegar num ponto que fiquei uma pessoa sem confiança. Mas isso nunca me abalou de verdade, pois a vida pra mim, sempre é pra ser vivida com felicidade. Bom… agora adulto, me sinto mais aliviado de verdade, sabendo de tudo isso, e um pouco mais feliz, já que “tratei” sem querer os “problemas” principais como ser pouco sociável, e não me expressar bem, por exemplo.
    Atualmente sou universitário, tenho um emprego, uma namorada e bons amigos. Obrigado pelo texto novamente, fiquem bem.

  57. Natalia Aurea de Araujo disse:

    Lendo aqui o blog, encontrei algumas coisas como a luz, barulhos que ele não suporta, assuntos repetidos, o nivel alto de inteligencia e tantas outras coisas que me perco na hora de descrever. A questão é que, já abordei, falei com delicadeza que ele tinha traços de autismo, mas de jeito nenhum ele admite. Fala que o problema é que ele é altamente inteligente? e que eu sou uma chata que estou sempre cobrando dele atenção e que ele não suporta cobranças, que talvez ele só não goste mesmo de mim.
    Aí no mes passado ele me pediu em casamento… eu aceitei, porque o amo, mesmo, mas disse a ele que eu tinha algumas condiçoes pra seguir e que ele tinha que se tratar. Aí vem tudo de novo: Me tratar do que? Vc sabe o que eu tenho por acaso? Qual é o comportamento que eu tenho que é estranho? … Aí eu desmorono… meu pouco cerebro se esvai … eu me sinto a mais imbecil preconceituosa limitante da face da terra… e páro de falar sobre isso. Tento contornar, mas a verdade é que entro em pânico, de estar com alguem que sequer quer saber se tem algo, que não demonstra afeto como a maioria das pessoas e verdade seja dita, ele é incrível, honestissimo, trabalhador… não estou julgando suas qualidades… só não sei como conviver com alguem que não vai me tratar da forma que eu sempre sonhei…. não sei o quanto isso vai impactar na minha vida… Fico imaginando que ficaremos velhinhos em silencio, que não conversaremos, que não vou poder falar das coisas que gosto porque ele sempre faz aquela cara de profunda dor, quando não vou direto ao ponto… alem de não conseguir me olhar nos olhos, depois que temos qualquer intimidade.
    O amor é a unica coisa que importa? Quão tenue é a linha entre o preconceito e o cuidado? Eu deveria fazer vista grossa e só seguir e me casar, convicta de que ele é um ser humano incrivel e que se ele tiver algum grau de autismo isso não é importante?
    Acho que eu preciso de tratamento… urgente rs.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Natalia, como você está? Agradecemos por compartilhar um pouquinho das suas dores e angústias. Deve ser muito difícil estar nesse dilema.

      Veja, uma das primeiras coisas que aconselhamos às pessoas que desconfiam que alguém próximo é autista é recuar quando há resistência. No sentido de que não há muito o que fazer, não se pode obrigar alguém a buscar o diagnóstico. Essa parte da negação é realmente muito comum, mexe com as questões de identidade e tantas outras que é difícil descrever.

      Por outro lado, faz todo sentido se questionar sobre a relação ser diferente do que você gostaria e sempre idealizou. Mas vemos que você já tem a resposta: procurar ajuda!
      Você não pode obrigá-lo a fazer terapia, mas você pode fazer isso por você! Um psicólogo comportamental (de preferência que entenda bastante de TEA) poderá te oferecer uma escuta de qualidade e acolhedora e te orientar para que se sinta segura de tomar uma decisão sobre o que fazer.

      Indicamos também a leitura sobre nosso texto de autismo e relacionamento amoroso, ele foca mais no autista, mas talvez possa te ajudar em algumas questões. Tem bastante comentários de pessoas que se relacionam com autistas também, pode ser importante pra você não se sentir tão sozinha nessa experiência. https://www.autismoemdia.com.br/blog/autismo-relacionamento-amoroso/

      Desejamos muita força e coragem

  58. Cristina Gomes disse:

    Olá!
    Desde muito tempo me observo e:
    ● Tenho dificuldades em fazer amizades.
    ●Me adapto muito bem a rotinas e me estreado caso contrário; chego até a criticar o sistema que rege tais procedimentos rotineiros .
    ●O barulho do ronco do meu marido me incomoda e tenho audição muito apurada, escuto a longas distâncias. O barulho da cidade me incomoda muito que fecho os ouvidos enquanto uma moto passa.
    ●Sim, há em muitos casos que ouço, que não tenho empatia por pessoas.
    ●Faço faculdade À distância, me sinto muito bem assim é consigo boas notas. Em equipe há certas coisas que me incomoda, onde entra a situação da falta de empatia.
    ●Tenho dificuldades em me expor e creio que o fato de muitas brigas com meu esposo tenha algo a ver com esse comportamento autista, mas não é sempre assim. Não sei qual o gatilho pra esse comportamento.
    ●Uma certa vez um neurologista suspeitou que eu tenha QI acima da média. No psicoteste pra minha CNH o técnico achou estranho eu fazer movimenta iguais e paralelos, usando as duas mãos.
    ●Possuo uma certa capacidade pra me refazer sozinha após uma discussão ou reverter alguma situação que tenha dado errado.
    Sinto-me o peixe fora da agua e preciso saber se essas características me colocam dentro do TEA em algum nível.

    Muito obrigada por responder. Sua postagem sobre TEA é esclarecedora.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Cristina, como vai, tudo jóia? Como você se identifica com muitas características, seria bem importante iniciar uma investigação com um psicólogo comportamental especialista em TEA.

      Esperamos que nosso blog seja um bom espaço para seu aprendizado e também que se sinta fortalecida nessa jornada de autoconhecimento.

      Deixamos aqui nosso abraço corajoso.

  59. Larissa Santos disse:

    Primeiramente artigo excelente. Bom, me identifiquei com alguns sintomas do autismo leve é difícil, tenho alguns familiares com autismo. Na escola sempre suspeitei de que eu não era igual as outras meninas. Desenvolve uma linguagem normal mas não consigo iniciar conversas ou interagir com os outros em situações sociais. Apesar disso, tenho uma ótima oratória, prendo a atenção das pessoas por horas falando de um assunto especifico, principalmente assuntos de cunho histórico. Enfim, não consigo interagir ou fazer amigos. Até ir ao Banco é complicado, é muito difícil ver que não sou igual as oitras pessoas. Mas não sei se me enquadro no aspectro autista. Não sei o que fazer pra saber de fato.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Larissa! É importante consultar um profissional especialista em TEA. Pode ser um neurologista, psiquiatra ou psicólogo comportamental. Desejamos forças e coragem.

  60. M.Morais disse:

    Poxa, eu sempre me dei mal por nunca entender o que as pessoas falam tentando dizer outras coisas, como por exemplo nao sei mentir, e nunca entendem o que quero falar, e quando percebo tenho 30 anos e nunca consegui ter namorada porqe por mais que eu queira nao consigo iniciar um flerte, depois de oassar a vida sem aprender e conseguir relacionar ne, expressar sentimento me agrido pois e triste, ser tachado de retardado mesmo sendo muito inteligente no que me interessa mas nunca consigo ter amigo

  61. Nilvande Nogueira disse:

    A matéria é esclarecedora. Sempre sofri por querer ser igual a todos, mas não consegui me enquadrar na normalidade. Tenho dificuldade de interação social e também em me relacionar. Vivo no meu mundo, apesar de trabalhar. Você me indica algum profissional especializado que atenda no estado da Bahia?

  62. Marcia Pereira disse:

    Boa tarde!! Tenho um filho de 27 anos, que fica o dia inteiro trancado no quarto no computador, só sai do quarto pra comer. Ele não gosta que a gente toca nele, não conversa, só o necessário quando precisa, já fiquei sem escutar a voz dele por mais de 1 ano, as coisas dele eh tudo organizado demais, até as roupas suja ele dobra pra colocar no cesto de roupa suja, não tem amizade, não tem namorada, o mundo dele eh o computador no quarto trancado. Quando era crianças levei no psicólogo mas nunca vi resultado, agora que tá adulto não quer ir no médico. Recusa tratamento. Quando ele tinha 22 anos levei no neuro, mas não quis fazer os exames , falava que não era doido pra fazer exames bestas, e não fez. Hoje já tá com 27 anos e não quer tratamento. Não quer trabalhar, têm dificuldade, tem medo de trabalhar, quando ele acha uma coisa engraçada e sorri pra dentro, um sorriso tímido sempre foi assim, só quer cortar o cabelo sempre com o mesmo profissional, agora que o Cabelereiro dele mudou de cidade ele não corta mais o cabelo, o cabelo dele já tá batendo no ombro, faço de tudo pra ele ir cortar o cabelo e ele não vai.
    Preciso de ajuda o que posso fazer para ajudar?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Márcia, como você está?
      Realmente você descreve muitos comportamentos que podem sinalizar autismo.
      Veja, pode ser muito difícil conseguir convencê-lo de que precisa de ajuda. Mas você pode fazer isso por você! E isso realmente pode fazer muita diferença! Indicamos que busque terapia com um psicólogo comportamental, de preferência que entenda de autismo. A escuta ativa e de qualidade desse profissional vai te acolher e te ajudar a pensar em estratégias para conseguir se relacionar melhor com ele, e quem sabe sensibilizá-lo em alguns aspectos.
      Deixamos aqui nosso abraço corajoso.

  63. Sandro disse:

    “Esquisito”, “grosseiro”, “chato”, “sem graça”… Esses são alguns dos “títulos” que já colecionei ao longo dos meus quase 49 anos (grosseiro é o campeão!). Lendo este artigo, posso dizer que me encaixo em quase todas as características, mas de um modo brando. Já fiz vários testes pela internet e sempre aparece o mesmo resultado: borderline, limítrofe, entre o espectro neurotípico e neurodiverso. O próximo passo é buscar um psicólogo para confirmar.
    Posso dizer que conhecer mais sobre o autismo foi algo libertador. Explica uma série de comportamentos e atitudes que tenho e que meu pai tinha.
    Esse creio que é um dos melhores artigos que encontrei pela internet.

    • Autismo em Dia disse:

      Ficamos muito felizes em saber que o texto te ajudou, Sandro! Procure sim um psicólogo e depois volte aqui para nos contar coo você está. Um abraço!

  64. Kailane disse:

    Tenho 25 anos e sou estudante de Medicina. Após algumas aulas de Saúde Mental sobre autismo, transtornos de personalidade e de ansiedade me identifiquei muito com suas características clínicas e resolvi pesquisar mais sobre o autismo em adultos e cheguei até aqui. Desde criança sempre tive dificuldades em fazer amizades, gostava mais de brincar sozinha. Lembro-me que quando brincava com outras crianças sentia certo desconforto. Tinha uma certa fixação por brincar com agua, eu abria a torneira e passava horas manuseando torneiras, tendo contato com a agua e aos 5 anos eu conhecia vários nomes de carro, eu não poderia ver um carro e dizia ”Olha é um corsa, é um fiesta”.
    Aos 11, 12 anos comecei a sofrer bullying na escola, pois era uma pessoa reservada, tímida e não tinha amigos então por eu ser mais na minha, encontraram uma justificativa para me atormentarem e comecei a desenvolver transtorno de ansiedade social. A partir de então, passei a ter a sensação de que estou sempre sendo avaliada, que as pessoas estão me observando, me julgando, me ridicularizando e na faculdade não foi diferente.
    Tenho poucos amigos na faculdade, mas não pertenço a um ”grupinho” fixo como as pessoas neurotípicas, não tenho grandes intimidades com ninguém, tenho muitas dificuldades em demonstrar sentimentos, embora tenha um carinho especial e consideração, não consigo me comunicar com facilidade, as vezes quando tiro duvidas durante as aulas eu fico tão vermelhada e chego a suar. Durante o EAD eu tive muito mais facilidade, pois eu estava sozinha, não tinha ninguém, então estava longe de gatilhos, porém, com a volta das aulas presenciais, esses gatilhos voltaram e estão me afetando muito, pois eu acabo me isolando e tenho a impressão de que as pessoas vão reparar e vão começar a me perseguir, fazer qualquer coisa para me atacar, voltar a sofrer bullying. É um medo constante de ser julgada e vejo que isso me acompanha durante muito tempo e sinto as mesmas coisas, porém em lugares diferente, a sensação de não pertencimento, um ”peixe fora d’água”, de que ninguém gosta de mim, de que não sou bem vinda. Além da dificuldade em fazer amizades, de interação social, eu nunca consegui me relacionar com ninguém, eu nunca namorei. Pelo que estudei e andei pesquisando eu me enquadro no diagnóstico de TEA e provavelmente tenho transtornos associados. O que me impediu de buscar ajuda até hoje foi a questão financeira e a dificuldade de aceitação dos meus responsáveis financeiros em compreender a minha possível condição. Gostaria realmente de expor um pouco minha situação como um desabafo e agradecer muito pela página.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, obrigada por compartilhar um pouco seu momento e que bom que achou aqui um espaço para acolhimento e informação. Continue acompanhando nossa página!?

  65. Rosilene disse:

    Boa noite! Li sua matéria e a maioria das coisas percebi que meu namorado tem, o que eu posso fazer pra tentar melhorar?pq não acho que ele aceitaria bem isso.

  66. Jurema Rangel disse:

    Olá! Tenho 50 anos e meu filho 16. A minha família me cobra um tratamento para o meu filho, eu falo que ele se parece muito comigo. Pois bem, descobrir que eu posso dar um nome as minhas dificuldade, fico feliz. Ao mesmo tempo revoltada com a minha família que me crítica até hoje pelo meu jeito de ser. Quando penso no meu passado choro muito. Estou muito triste. Agradeço pela ajuda de vcs. Saber que não sou a única.

  67. Luciana disse:

    Também tenho esses sintomas principalmente não olhar nos olhos da pessoa
    Fico nervosa tento me disfarçar mais não consigo mesmo é uma sensação ruim ?
    Também não consigo entrar em mercado lojas com muita gente é uma sensação horrível ?

  68. Albino disse:

    29 anos.
    Descobri hoje que provavelmente sou acometido de espectro de autismo.
    Noto em mim falta de socialização.
    Sou solitário e excelente quando me dedico a um tema de cada vez.

    Sempre respirei oxigénio mesmo antes de saber o que era.

    Força a todos.
    Como dice alguém nos comentários anteriores “nós não viemos com o manual de como ser gente” por isso eu estou vendo videos no YouTube de como se deve agir e socializar.

    Ps: estou a ser seguido em psiquiatria.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Albino, ficamos contentes que tenha descoberto nosso blog. Esperamos que seja um espaço de acolhimento e alívio para você. Que bom que está fazendo acompanhamento com psiquiatra.

      Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para indicar o podcast Introvertendo, é feito por autistas adultos que conversam sobre diversos assuntos, quem sabe possa ser legal pra ti conhecer experiências de outros autistas adultos. Um abraço corajoso!

  69. Michele disse:

    Descobri recentemente que a minha filha é autista leve, e pesquisando desconfio que o meu marido possa ser autista tb. Até então eu achava que ele era hiperativo e tinha deficit de atenção. Mas analisando acho que pode realmente ser autismo, ele tem mta dificuldade em trabalhar, pois não aceita ser mandado, e tem dificuldades para interagir com outras pessoas, odeia mudança de rotina, fica estressado, é considerado chato, pois alguns assuntos são repetitivos, não consegue se concentrar, não presta mto atenção nas conversas. Já teve alguns surtos de raiva, tem o hábito de esticar os nervos como ele diz, não sabe identificar se uma pessoa está triste ou chateada, parece que não se interessa pelos sentimentos de outras pessoas. É uma pessoa tranquila em casa, mas na rua fica agitado. Gostaria que me ajudassem, se realmente esses sintomas, são características de autismo em adulto?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, pode ser que o mesmo médico que diagnosticou sua filha consiga avaliar o seu marido. Mas ele precisa estar aberto para passar por uma avaliação, você acha que ele também percebe essas características?
      É muito comum relatos de pais que recebem o diagnóstico dos filhos, acabem recebendo o diagnóstico de autismo também, mas somente um médico pode dar essa resposta mais específica. Estamos por aqui, caso queria dividir com a gente depois! ?

  70. Girnil Santos disse:

    Olá. Meu nome é Girnil. Trabalho como redatora web na empresa Loup Brasil na produção de conteúdo para internet. Uma das nossas clientes é a Advogada Luma Dórea.
    Gostaria então de saber se vocês disponibilizam espaço para a publicação de artigos sobre assuntos Direitos especiais para pessoas especiais que é uma das principais pautas de defesa de Dra. Luma Dórea.
    Sugiro a leitura do texto: https://dralumadorea.com.br/decisoes-judiciais-garantem-plenos-direitos-a-pessoas-com-autismo/
    Segue endereço do site e contato.

    Grata,

    Girnil Santos
    https://dralumadorea.com.br/
    contato@dralumadorea.com.br

  71. Lucas Gomes disse:

    Comecei a desconfiar de que pudesse estar no espectro quando iniciamos a investigação do meu filho, que por fim foi diagnosticado. Me identifiquei com diversos traços que ele tem apontados como típicos do TEA, e quando comecei a pesquisar a fundo sobre o tema, aí tive certeza que também era autista.
    Fiz uma avaliação com o mesmo neuro-psicólogo que avaliou meu filho e depois desse processo ele me deu o relatório indicando que eu estou dentro do espectro. Vale lembrar que não é o diagnóstico propriamente, pois quem o faz é apenas um médico, neurologista ou psiquiatra, mas para mim já foi o suficiente. O diagnóstico não terá serventia para mim, uma vez que tenho uma vida funcional e não necessito requerer nenhum direito ao estado.
    Mas realmente foi libertador saber o porque a vida toda tenho me sentido tão deslocado e diferente do restante das pessoas, além dos sintomas sensoriais, dos hiperfocos que tive, das estereotipias, etc.
    Isso não significa que não sofro mais, pois continuo tendo que lidar com um mundo que funciona diferente da minha natureza. Estou sim adaptado, mas é cansativo e consome muito da minha energia viver me adaptando e por vezes mascarando minhas características.
    Se eu soubesse isso tudo quando era criança e adolescente, certamente poderia ter tomado caminhos na minha vida nos quais eu pudesse viver com mais conforto físico e emocional, mas enfim, aqui estou e sigo a auxiliando a jornada do meu pequeno autista e buscando uma vida boa.
    Abraço a todos.

  72. Gabriela Nunes Vieira disse:

    Eu acredito que tenho autismo, eu sempre tive dificuldade em me comunicar e fazer novas amizades, em olhar nos olhos da pessoa, não gosto de abraçar pessoas, eu gosto das coisas do meu jeito, e me apego aos detalhes, me distraio com facilidade, quando eu era criança eu ficava sempre de cabeça baixa e bão olhava e nem conversava com pessoas, sempre gostei mais de escrever do que falar, aos 17 anos, eu parei de conversar e apenas conseguia expressar meus sentimentos, eu fiz um ano de terapia, minha mãe achava normal, porque eu era uma criança quieta, se eu realmente tiver autismo, muita coisa fará sentido para mim, mesmo que assuste um pouco no início, embora eu tenha 28 anos, as vezes, eu tenho comportamentos infantis, como se eu fizesse birra.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, acontece muito de adultos se perceberem no espectro autista. Ficamos felizes de poder contribuir com o seu autoconhecimento através do nosso conteúdo. Não deixe de buscar ajuda terapêutica para dividir sua descoberta e quem sabe trilhar um caminho de maior compreensão de si mesma. Obrigada por dividir com a gente, ?!

  73. Gustavo disse:

    Boa tarde.
    Descobri que tenho TEA com 49 anos, minha idade atual. Faço tratamento com psicólogo e psiquiatra, estou tentando trocar de psiquiatra, com meu plano de saúde, estou aguardando posição deles, pois depois de umas dez consultas, ele não conseguiu me identificar como tal e não deu nenhum outro diagnóstico. Antes da pandemia fazia terapia com outra psicóloga, que me deu como hipótese diagnóstica, TOC e TPE. Espero que o futuro psiquiatra me ajude a melhorar um pouco minha qualidade de vida. Os medicamentos que tomo atualmente, são caros e são para bipolaridade, ansiedade forte e estado depressivo maior. Acho que a única coisa que tenho desses “três estados de espírito”, é a alta ansiedade
    Nunca tive amizades, nunca casei, moro com meus pais até os dias atuais, não gosto de interação social. Nunca gostei de virada de ano, de carnaval, não tenho celular, não tenho redes sociais, trabalho na mesma empresa e com a mesma rotina (adoro previsibilidade e rotina), faz vinte anos e meio, lá é o único lugar que tenho relação com outros seres humanos, e não é nada fácil pra mim, manter minimamente algum razoável ambiente profissional. Inclusive estou afastado por quinze dias, com CID de ansiedade geral. Luz artificial me incomoda muito, principalmente essas lâmpadas mais modernas que não são incandescentes. Barulhos também. Fiz duas faculdades, abandonadas, antes de conseguir me formar, na terceira. Sempre me taxaram de estranho e esquisitão, e as vezes de grosso, pois falo sem pensar que posso estar magoando outrem, inclusive na empresa que trabalho, sou assim taxado. Muito diferente, em quase tudo, de meus pais e de meus dois irmãos. Nos últimos tempos, falava para minha mãe para fazermos teste de DNA, pois já estava achando que não era filho/irmão biológico, falava que havia trocado dois meninos lá na maternidade. Até que “conheci” o TEA. Um advogado da empresa em que trabalho, sempre disse que tenho vários aspectos de semelhança com as características do personagem do ator principal do seriado “O Bom Doutor”. Hoje sei por que ela falava isso e ele tem razão. Durmo muito mal. Várias outras coisas para falar…..desculpe o desabafo.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Gustavo, obrigada por se abrir um pouco conosco. Espero que nosso blog seja um espaço de acolhimento e alívio pra ti. Você não está só, muitos autistas diagnosticados apenas quando adultos sentem-se exatamente assim. Esperamos que encontre um bom profissional para lhe orientar e melhorar a sua qualidade de vida. Volte sempre!

  74. Mike disse:

    Tenho 28 anos, fui diagnosticado com autismo leve, depois de refletir muito sobre Tudo que aconteceu na Minha Vida, e ainda acontece, entendi o motivo de Tudo. Minha dificuldade Mais nitida é a socializacao, e venho percebendo Uma piora com o passar do tempo, acredito que mesmo com um acompanhamento de psicologo, Nada Vai mudar nesse quesito, me encontro em quase desespero, acredito que vou pirar Uma hora, nao Sei o que faço.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Leonardo, receber o diagnóstico é um grande passo, mas um começo também de uma nova fase. Procure informações sobre psicólogos que atendem com a análise do comportamento, existem muitos profissionais capacitados para ajudar nessa parte de treino de habilidades para socialização. Quem sabe um bom começo pode ser você agendar uma consulta na modalidade online, dividir sua preocupação pode ser um grande começo para auxiliar no seu tratamento. Obrigada por compartilhar com a gente um pouco do seu momento e estamos por aqui!?

  75. Gabriela Veiga disse:

    olá ,tenho 38 anos e sempre tive dificuldade de socialização. Ainda hoje isso acontece.
    o mais difícil foi quando mudei de um meio pequeno em que era protegida para outro em que não conhecia ninguém e onde tinha que forçosamente conviver com mais pessoas.
    o que me chama mais a atenção no facto de achar que tenho autismo é o facto de achar que não há maldade no mundo ,não gostar do toque e fugir o máximo possível de locais barulhentos com com muita gente.
    E também o facto de ter muita dificuldade na fala e ter chumbado na primeira classe por não falar nada sem que me perguntassem. E ainda hoje em adulta me isolo e tem vezes em que tenho que “fugir” de locais fechados e com muita gente a fazer barulho.
    Sou acompanhada por um neurologista mas este assunto nunca veio á baila e só recentemente tive conhecimento que tinha hiperatividade.
    Acha que devo falar com ele sobre isso ou será melhor ignorar como até agora?e será o melhor especialista para me esclarecer as minha as dúvidas?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Gabriela. Obrigada por comentar por aqui. Seria importante sim comentar com um especialista em TEA sobre suas suspeitas. Um abraço corajoso e continue acompanhando nosso Blog!

  76. Débora disse:

    Olá, eu estou desconfiando de que sou autista nível 1 e quero saber se eu procuro um psicólogo ou um psiquiatra. Qual é mais indicado? Um psicólogo especialista em TEA pode me dar diagnóstico?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Débora. tudo bem?
      Você pode procurar o psicólogo comportamental especialista em TEA para uma avaliação, caso ele ache necessário também poderá encaminhar para um médico psiquiatra ou neurologista, vai depender muito da avaliação individualizada, mas com certeza começar indo ao psicólogo especialista vai ser um bom começo para a busca do diagnóstico. Espero que tenha ajudado, um abraço corajoso!

  77. Cínthia leite disse:

    A 2 MESES ME CASEI E NOTO UM COMPORTAMENTO ESTRANHO NO MEU MARIDO, ELE NÃO GOSTA DE RECEBER VISITAS, NÃO INTERAGE BEM NEM FICA BEM COM OSTRAS PESSOA QUE NÃO SÓ O DA FAMILIA, É MUITO INTELIGENTE, MUITO CERTINHO, ORGANIZADO ,FALA DE MANEIRA BEM EXPLICATIVA É MUITO RACIONAL E POUCO EMOCIONAL, SE IRRITA FACILMENTE E DEMONSTRA ISSSE FECHANDO, APENAS FECHA A CARA E SE CALA,SE INVOMODA POR TUDO É MUITO RÍGIDO E TEM MUITA SINTOMAS PARECIDOS COM O QUE LI AQUI. COMO FAÇO PRA FALAR COM ELE SOBRE ISSO? E PARA SABER SE REALMENTE ELE TEM ALGUM TIPO DE AUTISMO?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Cínthia, esse é um assunto bem delicado de abordar, seria importante você discutir com um psicólogo comportamental para encontrar as melhores alternativas tendo em vista a relação de vocês e a abertura dele em relação ao tema. Um abraço!

  78. Fabio Drumond disse:

    Boa tarde. Gostei muito desta reportagem construtiva e de fácil entendimento. Bom, muitos exemplos informados nos mostra como temos algumas dificuldades em alguma situação de nossas vidas. Minha pergunta é:”Todo ser humano tem um pouco de autismo, por sentir alguma dificuldade em alguma área cognitiva e social ?”.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Fabio, obrigada pela visita. A resposta é não. O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e para ser confirmado é preciso que haja um conjunto de sinais e prejuízos nessas áreas. Ou a pessoa tem autismo ou não tem. Sinais isolados costumam ser características de personalidade ou dependendo do que for, sinais de outras condições. Mas não existe “pouco”ou “muito”autista. Esperamos ter esclarecido sua dúvida!

  79. Adriano Araújo Souza disse:

    Eu me enquadro nesses três quesitos: Socialização, Funcionamento e Sensibilidade.

    Mais não passei por nenhum especialista para confirmar se sou mesmo autista. Minha esposa foi quem notou esses traços autistas em meu comportamento e que me falou que devo ser autista.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Adriano. Obrigada por comentar por aqui. Caso sinta a necessidade de investigar, você pode começar buscando um psicólogo comportamental especialista em TEA, para iniciar uma avaliação. Estamos por aqui, forte abraço!

  80. Maicon disse:

    Muito bom o artigo o mais completo que vi, saí daqui com meu diagnóstico e suspeita confirmada kkk. Simplesmente encaixou como nunca vi nada encaixar assim na vida antes. E nem a família nem a psicóloga deu muita atenção quando eu já desconfiava q podia ser isso além da depressão, e agora ficou claro! Uns exames recentes que fiz por outros motivos incluiu um resultado de serotonina muito alta, mais de 280, e eu tomava sertralina sem exame justamente pra aumentar serotonina.. e hoje vi também que ela alta pode estar relacionada com o caso de autismo leve.. fico até contente uma vez na vida estar achando respostas pra mim. 19 anos e histórico de autismo, alivia saber que posso explicar tudo de estranho q vivo e como atrapalha a vida.
    Esse conhecimento pode ajudar a vida de muitas pessoas, obrigado.

    • Autismo em Dia disse:

      Ficamos felizes que tenha gostado do texto Maicon, mas é importante lembrar que somente um profissional de saúde pode fazer o diagnóstico. Nosso conteúdo são apenas instrutivos de acordo com a bibliografia médica disponível. Procure um psicólogo especialista em TEA que será melhor atendido nas suas queixas. Um abraço!

  81. Robe disse:

    Por um acaso vi o tema e resolvi pesquisar pois me identifiquei com algumas características, sempre senti que era diferente e até então nunca parei pra questionar. Tenho formação superior, já tive relacionamentos estáveis, sou totalmente independente e desenrolada no meu dia a dia mas sempre tive dificuldade na socialização, me lembro que na minha adolescência eu era conhecida por “a menina que não conversa com ninguém”, tanto que nas duas escolas que estudei sempre fiquei em um canto isolada da turma, não puxava assunto com ninguém, sempre sozinha, só conversava se alguém puxasse muito assunto e fosse um assunto de meu interesse aí eu conversava bastante. Hoje eu tento as vezes, melhorei, mas ainda assim requer um pouco de esforço manter uma conversa comigo. Muito ingênua, não percebia as expressões, piadinhas, sarcasmo, ironia, já ouvi muito “como vc não percebeu, só vc não percebeu”, porém hoje faço muito esforço pra perceber esse tipo de coisa, melhorei mas passa coisas despercebidas ainda, que outra pessoa na minha situação notaria, depois faço análise, e percebo já tarde. Eu dizia as coisas sem filtrar e ofendia muitas vezes pela sinceridade, mas sempre sem querer. Ainda acontece, mas com MT cuidado acontece bem menos. Aversão a contato físico, um simples abraço era todo mecanizado, evitava ao máximo mas quando era inevitável as pessoas percebiam e comentavam que não era natural. Ficava repetindo a mesma frase muitas vezes quando conversava, esse TB notei e tenho corrigido. Me enrolo nas palavras quando falo com pessoas diferentes. Recentemente ouvi que converso com uma linguagem muito formal, que não precisa disso tudo mas pra mim eu estava conversando normal. Ouvi de uma pessoa que estava me envolvendo que quando falo faço qualquer coisa soar séria. Quando as pessoas começam conversar rápido me perco, fico perguntando “o que disse?” Só eu não acompanho conversas rápidas.
    Hoje se nota menos, pois observo muito e reproduzo a interação das pessoas a minha volta, mas eu sei, e as pessoas notam que sou diferente. Quero buscar diagnóstico pra entender se realmente tenho autismo leve, e melhorar minha comunicação.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Robe, puxa vida, deve ser bem difícil pra ti ter que fazer tanto esforço o tempo todo para se “encaixar”. Ficamos contentes que esteja pensando em iniciar a investigação, e te incentivamos a fazer isso! Saiba que você não está sozinha! Isso acontece muito e pode ser libertador descobrir porque você sempre se sentiu tão diferente dos demais. E principalmente, que você pode ser feliz sendo quem você é. Um abraço cheio de coragem!

  82. Themistocles Soares andrades de oliveira disse:

    Me identifiquei com esse texto, isso explica muita coisa e situações ruins pelas quais passei.

    Gostaría muito de marcar uma consulta com a autora do texto.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, tudo bem? Ficamos felizes que tenha gostado do texto, nossos conteúdos são produzidos pela equipe do Autismo em Dia com base na biblioteca médica disponível e a experiência com o tema, mas não somos médicos.

  83. Maria Aparecida da Silva Santos Santos disse:

    Meu filho tem 16 anos. Penso em procurar um especialista para verificar se ele não é autista. Devo procurar um neurologista ou psiquiatra. Ele tem sensibilidade ao barulho, isolamento social, quando fica em um assunto fica quase um ano naquilo, depois fica em outro assunto e lá vai outros meses. Ele tem uns espasmos que acho que atrapalha o diagnóstico porque os médicos ficam focado nisso e nem escuta sobre outras questões. Tem problema com sono entre tantas outras coisas.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Maria Aparecida. Você pode buscar tanto o neurologista quanto o psiquiatra, mas é importante que os profissionais sejam habilitados para atender pessoas no espectro autista. Boa sorte em sua busca e continue acompanhando nosso Blog. Um abraço corajoso!

  84. Cristiane disse:

    Oi Juliana, parabéns pelo excelente blog! Estou tentando ajudar uma moça de 26 anos, com vários sintomas ligados ao TEA. Faz acompanhamento psiquiátrico numa UBS de SP, mas nunca houve a investigação da questão, mesmo sob seu pedido. Já tentou a CAPS, mas tb não houve o devido acolhimento, reencaminhando para a mesma UBS. Ela sofre muito com meltdown e tem ideações suicidas, além de efetivamente ter tentado no último ano. Como uma pessoa de baixa renda poderia ser ajudada no sentido de conseguir a confirmação diagnóstica? Por favor, nos dê uma luz.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Cristiane, seria importante achar um profissional especialista em autismo que atenda com o “valor social”, geralmente através de faculdades consegue ter acesso a esse tipo de atendimento. Espero que consigam chegar em profissionais que ajudem a orientar o tratamento mais adequado. ?

  85. Yasmin Polle Sochascki disse:

    Oii meu nome é Yasmin Polle , acredito que eu tenha algum grau leve bem leve de autismo , tenho dificuldade de aprendizado e em fazer amigos(as) . Apesar de eu ter 24 anos eu nunca trabalhei fora e graças a minha irmã gêmea eu passei no ensino médio. Minha mãe me contou que foi uma professora de infância minha que foi no posto de gasolina aonde a minha mãe trabalha que disse assim para ela que na turma da escola aonde ela dava aula que eu era bem diferente de outras crianças , por exemplo se na turma tivesse de 10 ou 6 crianças eu era a única diferente das outras. Eu tenho várias dificuldades e limitações. Eu tenho uma sensibilidade ao barulho . Eu estou esperando o resultado da psiquiatra se sou autista ou não sou , eu passei por uma neuropsicológa no geral mas não deu isso , será que eu procuro uma neuropsicológa especializada em tea ? . Obrigada

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Yasmin, que bom que já está no processo de investigação e em busca de respostas. Pode ser reconfortante para muitas pessoas entender o porquê se sente diferente das outras pessoas. Indicamos que aguarde a análise da psiquiatra e se der negativo, e sentir que precisa de outra opinião, busque um especialista em TEA sim, um psicólogo comportamental costuma ser uma boa escolha 🙂 Um abraço!

  86. Jéssica disse:

    Tenho certeza que sou kkkkk… 90% dessas características eu tenho, sou casada e mãe de um autista, sempre me senti diferente agora entendo por que.

  87. Ademir. disse:

    O meu autismo é leve. Eu sei.
    Motivo para desespero? Huuuum, não. Aprendi uma coisa valiosa – a desabafar comigo mesmo.
    Aprendi a trabalhar. Sem dar trabalho.
    Às vezes, eu ouço vozes. Mas eu sei que são inofensivas. Na maioria das vezes eu não entendo o que acontece à minha volta. O remédio para isso é não ter muita curiosidade. Não me importo com os mal entendidos. Eu sei que não existe culpado nem por eu ser assim e nem porque as pessoas não conseguem me entender. Gosto de ser eu mesmo com minhas falhas e imperfeições. Aprendi a sobreviver sem prejudicar outras pessoas. Sou feliz assim. Não tenho positividade tóxica e sei também que a felicidade plena não existe. Mas sou feliz na medida do possível.
    Tchau.

  88. Sandro Fontana disse:

    Excelente artigo! Cheguei até ele pois finalizando meu curso em psicanalise e surgiram pacientes com diversos diagnósticos errados e tudo leva a crer que se trata de TEA. Realmente não é fácil definir um diagnostico (muitas vezes), mas o artigo ajuda a própria pessoa a verificar e comparar, levando a uma busca por tratamento adequado. Vale lembrar que os diagnósticos não são faceis pq a melancolia pode ajudar a confundir, ou até mesmo características similares, induzir a pensar em TEA. Vale sempre encontrar bons profissionais pq há muito ajuda hoje em dia e torna-los adultos independentes é o mais importante.

  89. Rafael Machado de Oliveira disse:

    Não é fácil aceitar, como nada e fácil. Não estamos só. Não somos os únicos. Que eu possa ser melhor hoje, do que fui ontem, este é meu pensamento para ajudar com o que temos em comum. Ficar atentos em nossos atos, pensamentos e palavras.
    Sou autista.

  90. Renata aparecida Alves marini disse:

    Tenho 40 anos e quando pequena era muito agressiva sempre me senti rejeitada por isso um dia minha mãe falo q quando eu era pequena ela me levo ao médico e ele disse q eu era imperativa e q quando eu cresce ia melhora sempre tive e tenho problema com o sono des de pequena sou casada tenho filhos mais tenho problemas com toque não gosto q me beije não gosto q me abracem não gosto de televisão rádio alto principalmente pela manhã brigo muito com meu marido pra abaixa a televisão o celular sou cabeleireira e quando meu salão fica cheio me sinto incomodada fico nervosa não gosto de fazer visitas a ninguém minha filha minha mãe briga muito comigo por isso elas falam q eu desprezo mais só em pensa q tenho q sai da minha casa me dá uma tristeza um nervoso e ninguém me entende quando falo meu marido me chamo pra viaja pro norte mais odeio comida nordestina o gosto é muito ruim não gosto só o cheiro me dá ânsia hoje estava conversando com uma cliente q tem um filho com dam e falei do meu sobrinho q tem autismo e conversei muito com ela ela está fazendo um curso de defiti dê atenção e ela me falo pra eu procurar um especialista q eu tenho sintomas de um autista aí comecei a procurar os sintomas e achei aqui me indentifiquei muito com esses sintomas e preciso saber se realmente tenho pois isso vai tirar muito peso de dentro de mim com muitos q vive e viveu ao meu redor vai ser como uma luz saber a realidade é todas a torturas q vivo vão acaba

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Renata. Obrigada por compartilhar um pouquinho da sua história. Você pode procurar um psicólogo comportamental especialista em TEA, pois somente profissionais da área da saúde habilitados podem dar diagnóstico. Por aqui você vai encontrar informações que poderão ajudá-la a esclarecer com quais características você se identifica pra levar aos especialistas. O que sabemos, é que o diagnóstico mesmo que tardio, pode trazer muitas respostas. Estamos por aqui para contar pra gente como tem sido por aí, forte abraço!

  91. Sandra Souza disse:

    Faz 5 anos q estou tentando um diagnostico pro meu filho agora com 20 anos
    Esta muito difícil ele não consegue trabalhar pq não suporta barulhos pessoas entrou em crise e estou desesperadamente tentando conseguir um psiquiatra pois tem ideologia suicida bipolaridade ansiedade é sem filtro algum e muito nervoso
    Foi tratado como depressão toma remedios controlado
    Ele não tem amigos criou um muro impenetrável
    Já não sei onde pedir ajuda
    Desculpem o desabafo mas o sistema único de saúde não está preparado pra geração autista

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Sandra, sentimos muito que estejam passando por isso 🙁 É realmente bem difícil conseguir orientação e acompanhamento adequado, estamos torcendo por vocês e esperamos que nosso conteúdo possa de alguma forma lhe trazer informação, acolhimento e alívio. Algumas universidades tem clinicas escola onde o preço da psicoterapia é mais acessível, nesse momento seria muito importante para ele e também para você. Desejamos que fiquem bem. Um abraço carinhoso.

  92. Danielle Cristine Chicanoske disse:

    Olá, tenho uma filha de 20 anos que nasceu prematura de 7 meses, e desde pequena tem bastante dificuldade motora, nunca gostou de educação física e sempre foi de poucas amizades, tem dificuldades para fazer recortes com tesoura e outras atividades que use a força, agora fazendo a primeira habilitação, demonstra muita dificuldade motora, noções de espaço, por outro lado é muito inteligente, sempre me deu muito orgulho na escola, porém com dificuldades de socialização, e usa uma linguagem bem formal, está cursando um curso técnico, e em conversa com a pedagoga da Instituição, a pedagoga falou sobre talvez ela ter autismo, qual o profissional pode avaliar e tratar ela? Obrigada

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Danielle, o psicólogo comportamental especialista em autismo é o profissional mais adequado nessa situação. Desejamos que ncontrem as respostas que procura. Um abraço corajoso!

  93. Debora disse:

    tenho um filho de 18 anos, e minha mãe (falecida) assistiu uma reportagem sobre autismo quando ele tinha uns 12-anos e achou que ele se enquadrava em alguns comportamentos. na época não dei muita importância, mas hoje na vida adulta dele atingida, diante de umas situações bem delicadas que estamos passando, voltei a repensar nessa possibilidade. vim atrás de ajuda, entender mais sobre o autismo na vida adulta. li essa matéria aqui e ele se enquadra perfeitamente em quase todos os sintomas a cerca da interação, socialização, funcionamento e sensibilidade. por muitas vezes achei que os comportamentos dele era, a criação, tudo que passamos (mtas lutas) nas nossas vidas, a idade, o momento, comodismo, excesso de amor e mimo. hoje me sinto culpada, talvez tenha negligenciado esse diagnóstico, por negação ou sei lá oq. tou com o meu coração de mãe angustiado e busco ajuda, orientação profissional!

    ele eh antissocial, não tem empatia, não demonstra e nem gosta de afeto, não gosta de luz, faz caretas, ja me falou que não gosta de pessoas, e por isso não tem amigos, vai mal na escola, não consegue obedecer a comando simples, gosta de estar sozinho, vive na tela do celular no tempo que estar acordado, eh impaciente e grosso! entre outros sintomas que não tou lembrando no momento!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Debora, como vocês estão hoje?

      Veja, é bastante comum que o diagnóstico nos adultos acabe acontecendo tardiamente, inclusive porque os sinais podem ser bastante sutis e somente há pouco tempo a medicina conseguiu esclarecer os critérios de diagnóstico. Fique em paz em relação a isso, o importante é que agora você está conseguindo identificar os sinais e está em busca de ajuda. Um psicólogo comportamental especialista em autismo pode ajudá-los nessa jornada. Esperamos que se fortaleça por aqui. Um abraço carinhoso.

  94. Sammy Rodrigues Hoenen disse:

    Tenho 46 anos e estou em fase de diagnóstico de TEA. Finalmente ter uma resposta para tudo o que sinto desde criança, todos os problemas que passei e ainda passo e saber que tem um nome, mesmo já com essa idade, é muito bom, e libertador. Devo ter um laudo final até Abril. Tenho me informado muito e adorei conhecer vcs… Obrigada por olhar para o adulto autista!!

    • Autismo em Dia disse:

      Obrigada pelo carinho Sammy! Ficamos contentes em saber que está se sentindo bem com esse momento de re-descoberta. Um abraço carinhoso ?

  95. Nilvande Nogueira disse:

    Há algum profissional que atenda no estado da Bahia?

  96. Luciana Mendes disse:

    Boa tarde!
    É possível um autismo leve ser amenizado com a idade e/ou experiências da vida?
    Pelo que li, sou autista e já sofri muitas inadequações quando criança, adolescente e adulto jovem. Estou com 50 anos e consegui desenrolar várias limitações mas agora percebo mais autistas na familia. Isto me deixou muito triste.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Luciana. Pode acontecer mesmo de a partir de uma leitura a gente se identificar com os sinais do autismo, mas nada substitui a avaliação por um profissional da área da saúde pra confirmar ou descartar o diagnóstico.
      Algumas pessoas aprendem a “mascarar” alguns sinais, principalmente quando o autismo for grau leve. Nesse texto que vou deixar você pode entender melhor a questão da camuflagem do autismo: https://www.autismoemdia.com.br/blog/a-camuflagem-do-autismo/
      Espero que ajude, forte abraço!?

  97. Emerson Silva disse:

    Bom dia, tenho 27 Anos e me identifico com muitas características do texto. Tenho muitas restrições alimentares, muito metódico em tudo que faço, de nao aceitar mudanças na rotina, muita dificuldade em interações sociais, a unica pessoa que me sinto totalmente confortável é minha mãe e esposa, não consigo manter contato visual entre varias outras coisas que estão no texto.

    Gostaria de saber qual passo a passo para ter um diagnóstico, e quanto tempo pode demorar isso. Por onde devo começar?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Emerson, como vai?

      Um psicólogo comportamental especialista em TEA é o profissional mais indicado para seu caso. É difícil determinar um tempo, isso varia caso a caso, pode ser rápido ou pode levar meses.

      Deixamos aqui nosso abraço cheio de coragem!

  98. Emerson Silva disse:

    Como você fez para dar inicio ao diagnostico?

  99. Luciani Touta disse:

    Lendo a matéria e as perguntas e respostas neste post me fizeram comentar tbm, tenho 42 anos, faço tratamento psicológico há 4 anos e tenho um sofrimento mental por tudo que passei na infância, como bulling, por ter sido a estranha, a burra, por não ter amigos e até hoje não o tenho. Tenho Toc. e nunca trabalhei por ter vergonha de me comunicar, comecei a fazer faculdade esse ano e já penso em parar por ter dificuldades em se comunicar e falar em público, não vou a comércio sozinha pois tenho muita vergonha em perguntar algo, e tenho quase certeza que tenho sintomas de autismo. Mais tenho vergonha de procurar ajuda. Sofro por isso. Me ajudem por favor . O que fazer direito. Espero resposta.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Luciani. Obrigada por dividir aqui um pouquinho do seu momento, você pode levar para seu tratamento psicológico a sua suspeita, poderia até citar o texto como uma referência e ponto de partida para iniciar a conversa. Não é fácil entrar em contato com esses sentimentos, mas estamos por aqui acreditando que você vai conseguir expressar, assim como já conseguiu escrevendo pra gente. Estamos por aqui e continue acompanhando nosso Blog!?

  100. Aline Reis disse:

    Com a pandemia e a necessidade de isolamento social, as restrições de tocar, abraçar e beijar as pessoas. Fez eu pensar o quanto isso me deixou confortável e de certa forma feliz, pois não preciso tocar, ir em festas, ou ter grades diálogos com outros, vendo não só somente isto mas outros sintomas, tenho me perguntando se posso ter posso ter o espectro autista.
    Porém, por maior dificuldade que encontrei na minha alfabetização, hoje eu já finalizei 2 graduações, 3 pós, estou cursando mais 2 graduações e um mestrado, além de trabalhar em período integral.
    Tenho algumas dificuldades com gramatica e cometo alguns erros de pronuncias na fala tanto do português quanto de línguas estrangeiras.
    É possível de fato ter e conseguir de certa forma viver uma vida ativa. Como posso obter uma avaliação é psicólogo ou psiquiatra que devo consular?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Aline, você pode procurar um neurologista, psiquiatra ou um psicólogo comportamental especialista em TEA. Confirmando o diagnóstico, ter o acompanhamento tanto médico quanto psicológico será fundamental. Espero que você encontre as respostas para as suas questões, continue acompanhando nosso Blog! ?

  101. Eloha de Abreu Machado Rezende Lima disse:

    Me vejo em algumas coisas, outras não. Considero que me comunico bem apesar de não gostar de estar no foco das atenções. Apresentar trabalho em escola, faculdade, falar com um grupo grande de pessoas sempre foi problemático pra mim. Entendo ironias e metáforas quase sempre, mas já me peguei sem entender algumas coisas e só depois de um tempo foram fazer sentido na minha cabeça e eu me senti uma idiota por isso, me perguntando o por quê. Tenho sensibilidade de pisar descalça em piso molhado e emborrachado, tenho mta sensibilidade para mastigar carnes, me dá nervoso e isso acontece desde criança. Me sinto insegura e por muitas vezes me pego pensando se estou incomodando quem está próximo de mim. Não gosto muito de sair, prefiro ficar em casa e se algo sai do que planejei, fico bastante chateada e sempre achei que isso fosse natural do ser humano. Nunca lidei muito bem com improvisos, principalmente para sair pra algum evento em cima da hora, do nada. Tenho facilidade em lidar com manuais e tutoriais, gosto de montar meus móveis e sou a rainha da gambiarra kkkkk. Gosto de receber convites com antecedência, senão nem vou ao evento rs… Sempre gostei muito de estudar. Tenho 31 anos, sou funcionária pública, estou na minha segunda graduação, constituí família e tenho 2 filhos: o menor está no espectro. Depois dele, passei a perceber algumas coisas em mim nesse enfoque. Mas…. recebi diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar depois de 2 crises fortes que tive. Desde os 17 anos apresentando, esporadicamente, sintomas depressivos e com 26 e 28 anos tive as crises que comentei. Enfim, sempre me achei meio esquisita, mas quem é normal? Sabe aquela sensação de ser um peixe fora d’água? Corriqueira pra mim. Não sei bem o que mudaria na minha vida se descobrisse que tenho autismo hoje, fico pensando bastante sobre isso. Me deixaria mais tranquila perceber a possibilidade do meu filho viver bem e contornar as adversidades do dia-a-dia na condição dele. Se eu consegui, ele também conseguiria, ainda mais que, graças a Deus, temos tido condições de arcar com os custos das terapias dele e isso vai ajudá-lo bastante. E vamos em frente… Espero uma hora descobrir se é sim ou se não pra mim, pois tenho curiosidade.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Eloha, pelo seu relato você já tem um caminho de investigação e percepções sobre si. Espero que logo você tenha respostas mais concretas, não deixe de levar suas percepções para um profissional especialista no espectro autista, estamos na torcida para que você consiga ter as respostas que procura. Boa sorte e estamos sempre por aqui!

  102. Jeferson disse:

    Olá, meu nome é Jeferson e sou autista de grau leve. Nunca tive dificuldades em notas na escola e faculdade, mesmo faltando muitas aulas e ainda não apresentando trabalhos para a turma. Tenho fotossensibilidade e dificuldade na fala (fala acelerada), mas o maiores problemas hoje em dia para mim, são a ansiedade e tristeza. Um outro problema e a dificuldade de diagnóstico, pois vejo psicólogos despreparados para abordarem este assunto. Trabalho, sou servidor estatutário, tenho noiva e a dificuldade de demonstrar sentimentos para com ela e muito difícil. Infelizmente essa patologia não se tem cura, e acabamos eliminando a vida social. Drogas também são um problema, no momento deste relato as larguei e estou buscando a deus, o que tem dado muito certo. Meu diagnóstico partir de minha noiva, a qual e estudante de medicina. Na infância sofri muito por não entender diversas situações do cotidiano, o que levou-me a ter alguns traumas, como a repulsa de meu pai por mim nesta fase da vida, o que me marca até hoje. Ser autista é difícil e não desejo a ninguém. Abraço, a matéria acima me fez bem.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Jeferson, que bom que nosso texto te fez bem. Esperamos que cada vez mais as pessoas e a sociedade no geral tratem o autismo com mais respeito e compreensão. Obrigada por dividir com a gente um pedacinho da sua história. Continue acompanhando nosso Blog!?

  103. Victor disse:

    Muito obrigado por compartilhar esse conteúdo! Me ajuda bastante nesse momento da minha vida, de buscar esclarecer tantas questões não resolvidas em mim.
    Obrigado!!

  104. Salete disse:

    Olá, muito esclarecedora essa matéria, claramente o comportamento do meu filho se encaixa nesses sintomas de grau leve, não sei como tratar nem mesmo como abordar ele sobre isso , existem remédios? Diagnósticos claros?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Salete. Que bom que o texto foi importante pra você. Existem alguns caminhos para o tratamento do TEA, mas antes de tudo é preciso que venha o diagnóstico, através de uma avaliação com profissionais da área da saúde. Pode ser o neurologista ou psiquiatra especialistas em TEA ou até mesmo através de uma consulta com psicólogo comportamental especialista em TEA. Mas para te ajudar a quem sabe iniciar a conversa com seu filho, deixo aqui um material de apoio de fácil acesso:https://materiais.autismoemdia.com.br/sinais-de-autismo
      Um abraço caloroso pra você
      ?

  105. Greyce disse:

    Eu me identifiquei na parte de não conseguir fazer amizade eu não tenho amigos, meus pais me chama de bruta porque as vezes eu falo meio grossa com meu namorado me estresso muito rápido dependendo da situação claro, quando estou estressada não gosto que ninguém vem fala cmg, na escola era meio sozinha quando era pra fazer grupo essas coisas maioria das vezes não me chamava, no grupo de amigas minhas eu era a excluída sempre fazia ironias cmg, eu era bem quieta não era de muita conversa algumas pessoas me chamava de fechada

  106. Rayssa disse:

    Me chamo Rayssa tenho 30 anos sou técnica de enfermagem! Bom hoje q tarde minha mãe disse que acha que sou autista então eu pesquisei bastante sobre o assunto .eu fiquei muito desapontada . Vi que normalmente quem e autista tem epilepsia tbm ! Bom meu neurologista nunca conversou comigo sobre isso !

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Rayssa, como vai? Veja, epilepsia é uma comorbidade relativamente comum, mas nem toda pessoa com epilepsia terá autismo e vice versa.

  107. Cristiana Brandão disse:

    Excelente matéria sobre TEA, conseguiram alcançar de forma clara e objetiva quem busca conhecimentos nessa área. Parabéns aos envolvidos.
    Aproveito e pergunto:
    – Como uma pessoa que convive diretamente com um autista adulto pode apoiá-lo? Vocês podem nos dar algumas sugestões da mesma forma que fizeram acima frente as situações vividas por eles?
    Grata

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Cristiana, ficamos contentes que a matéria tenha te ajudado! Veja, cada autista é único em suas necessidades e formas de funcionar, por isso mesmo o texto dá algumas dicas mais generalistas de terapias que podem apoiar em dificuldades específicas. A terapia comportamental pode ser muito interessante para pessoas neurotípicas que se relacionam com autistas, para entender quais são os desafios da relação e como ela pode ser mais leve para ambos. Esperamos ter ajudado um pouquinho. Um abraço!

  108. Tulio Brandão Xavier Rocha disse:

    Tudo bem? Meu nome é Tulio, tenho 39 anos. Me identifico muito com os comportamentos descritos. Desde a infância tenho problemas para socializar e hoje isso me atrapalha profissionalmente. Tudo para mim tem que ter um método, mas não encontrei ainda o método de socializar. Faço terapia há quase 4 anos e ainda não venci essa dificuldade, mas não tenho diagnóstico fechado. Sou fisioterapeuta, professor e faço doutorado em neurociências. Será que ter esse diagnóstico muda algo na minha vida?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Tulio, como vai?

      A questão do diagnóstico é bastante individual. No entanto, percebemos que a grande maioria se beneficia do diagnóstico, até por uma questão de autoconhecimento e identidade. Entender porque algumas coisas parecem tão naturais para a maioria das pessoas, mas tão custosas para si.

      Talvez seja interessante avaliar a possibilidade de conduzir a terapia pelo viés comportamental, com um profissional especialista em TEA.

      Esperamos ter contribuido. Um abraço!

  109. Graciele de Souza disse:

    Olá, tudo bem?
    Meu nome é Graciele e tenho 35 anos, de alguns tempos para cá eu venho fazendo uma análise sobre mim mesma, porque eu me sinto tão estranha e muitas vezes procurasse meu lugar no mundo, pois sempre me senti assim. Há três meses por suspeita da família e de minha irmã buscamos ajuda médica para meu sobrinho de 3 anos que tem o atraso na fala e alguns dos movimentos estereotipados e consequentemente ele teve o diagnóstico de autismo leve pela neuropediatra especialista em TEA, o irmão dele de 7 anos por parte de pai, alguns anos atrás foi diagnosticado com TDha e suspeita-se que também é uma criança autista. Essa semana em uma conversa com minha irmã mais nova, levantei a suspeita que eu poderia ter TDha, devido alguns sintomas que eu tenho, esquecimento, perda de foco, não conseguir terminar a faculdade ou mesmo tirar a CNH, em uma conversa esqueço da palavra que eu iria usar na frase e acabo me perdendo na conversa, tudo isso apenas uma suspeita, pois não procurei nenhuma ajuda médica, enfim. Vi esse blog por acaso e comecei a ler e eu me identifiquei tanto com ele, lendo o blog sobre o autismo em adultos e os relatos aqui apresentados, eu me vi em muitos deles. Desde criança me sinto um tanto diferente, como se eu não pertencesse ao lugar, tenho dificuldade em expressar afeto, por mais que eu ame e sinta falta, soa para as pessoas como indiferença da minha parte, tenho dificuldades em dar abraços e receber abraços mesmo sendo pessoas próximas, para mim gera um grande desconforto e quando consigo geralmente é com crianças, pois sai mais espontâneo, dificuldade em ter foco, grande sensibilidade a luz, principalmente nos olhos, não gosto de lugares tumultuados e barulhentos eu evito ao máximo, prefiro em geral o isolamento, desde criança sempre tive dificuldade em fazer amigos e até hoje tenho, principalmente em mante los, pois para mim o afastamento é indiferente e normal, não gosto de aproximação de pessoas que não conheço, quando se aproximam demais gera desconforto e claro soube pela minha mãe que eu comecei a falar somente aos 2 anos e meio. Lendo o blog me vi muito em muitos dos casos aqui apresentados. Não sabemos que há outros na família com o autismo além do meu sobrinho e sabemos que o transtorno também pode ser genético, eu gostaria de saber se eu poderia dizer que eu poderia ter o autismo leve?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Graciele, como vai?

      Veja, muitos sinais que você descreve realmente levam a crer que possa estar no espectro, no entanto, naturalmente somente um profissional de saúde poderá confirmar o diagnóstico. Um psicólogo comportamental especialista em autismo é o mais indicado para o seu caso.

      Esperamos ter ajudado um pouquinho. Um abraço corajoso.

  110. Kamila de Oliveira Silva disse:

    Tenho 24 é também sempre tive algumas características comportamentais diferente dos demais, como por exemplo, sempre que como me incomoda muito que os alimentos se toquem, então precisam estar sempre separados, tenho dificuldade em expressar e descrever os meus sentimentos, em conversa com estranhos me agonia fazer contato visual, quando estou com meus amigos eles sempre respondem perguntas diretas que eu recebo, por que nesses momentos eu sempre “travo”.
    Sinto incômodo ao receber abraços, carícias e afetos, nunca tive empatia e para disfarçar sempre fingi ter, por sempre me chamarem de grossa ou dizer que não tenho coração, ou sentimentos.
    Gosto de fazer tudo sozinha e manter minha rotina, caso eu saia dela fico estressada, meu quarto é meu refúgio, só me sinto confortável de verdade se estiver lá com as minhas coisas

    Será que posso ter um nivel baixo de autismo

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Kamila. Obrigada por dividir um pouco do seu momento com a gente. Nós somos uma página que oferece conteúdos diversos sobre o TEA, porém somente um especialista da área pode fazer uma avaliação aprofundada a partir do seu relato e usando outras ferramentas também. Você pode buscar um psicólogo comportamental especialista em TEA para iniciar um processo de avaliação, caso sinta a necessidade. Continue acompanhando nosso Blog, forte abraço e estamos sempre por aqui!

  111. Maria Regina Martins disse:

    ola. meu nome é Regina
    tenho um filho de 37 anos casado com 2 filhos. sempre achei ele diferente. comia as unhas das mãos e quando quase sangravam ele comia as dos pés. levava ao médico diziam ser normal. só que ele faz isto até hoje. só não roe mais as dos pés.
    muito inteligente, mas não gosta de ler nem de estudar mas passa em todas as provas que fizer. faz desenhos lindos desde 6 anos mais ou menos. mas se pedir a ele que faça um desenho. não faz. diz que não gosta de desenhar. é muito perfeccionista , tudo tem que estar na medida certa, de tamanhos iguais, fotos perfeitas , quando contrariado embravecia socava a parede, os moveis e batia a cabeça na parede, isto ele faz ate hoje, quando fica bravo com a esposa ou com os filhos ou mesmo com outras pessoas. em vez de revidar se auto flagela. é muito ansioso, quer tudo pra ontem. as vezes muito grosseiro outras carinhoso e sorridente. adora contar piadas.
    cozinha muito bem é ótimo em matemática, e em tudo que se propuser a fazer desde que ele goste.
    toca violão, é autodidata, desde 8, 9 anos. pegou o violão começou a dedilhar e ja tocou em varias bandas e também solo em barzinhos. toca guitarra, e sambem teclado e bateria. ja foi barbeiro profissional, trabalhou em informática,foi contador e hoje trabalha em uma financeira.
    Recentemente descobrimos que meu neto filho dele com 2 anos , tem TEA. ele não aceitou o diagnóstico.

    minha dúvida hoje é que ele meu filho com 37 anos tem autismo e eu nunca tratei por ignoraria. Há esta possibilidade?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Maria Regina. Obrigada por comentar por aqui, dividir um pouco o momento que estão vivendo. É muito comum que pais de autistas recebam o diagnóstico após a chegada do diagnóstico dos filhos, portanto, caso um dia se confirme autismo em seu filho, não se culpe, pois frequentemente recebemos relatos parecidos. Sobre ele não aceitar ainda o diagnóstico do seu neto, pode acontecer um pouco de resistência no início mas com o tempo tudo pode ir clareando melhor para todos. Por enquanto, vou deixar para você um material que serve de apoio para famílias de autistas. Espero que ajude e um forte abraço para você! Estamos por aqui, sempre!
      https://materiais.autismoemdia.com.br/cartilha-autismo

  112. Camila disse:

    Que matéria legal!
    Tenho 32 anos e amei descobrir que tenho autismo. Explicou tanta coisa. Até de estranha me chamam e sabendo que tenho isso me aceito e entendo o porquê de até hoje não conseguir me formar, ter amigos, demonstrar afeto, entender piadas, me retrair… Que feliz estou. Agora vou batalhar pelos meus sonhos de forma organizada para que as dificuldades não me façam desistir! ??

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Camila, que legal ter você por aqui. Achei muito importante que você demonstra estar aliviada com a chegada do seu diagnóstico, de fato isso faz muita diferença na vida das pessoas para receberem as terapias necessárias e também para auxiliar no autoconhecimento. Obrigada por comentar e dividir conosco seu momento! Um abraço forte e boa sorte em sua caminhada…
      ?

  113. Liliane disse:

    Olá, sabe no meu caso é o seguinte, tenho um filho de 1 ano e 9 meses que está sobre investigação de autismo, e antes dessa desconfiança eu não tinha o conhecimento sobre o assunto, meu filho quando era mais bebe por volta de 6 meses, eu fazia muito o flapping quando algo chamava atenção dele, foi aí que eu fui pesquisar e só dava autismo, lógico que depois foi aparecendo mais características, algumas desaparecendo outras aparecendo e por aí vai, e com tudo isso começou a lembrar de mim, que eu posso ter alguns traços, e que aí seria a explicação pra alguns de meus comportamentos, sempre tive muita dificuldade em interações sociais, tanto na escola, trabalho, e até mesmo na família, me lembro quando estava na 1° série, era apegada a uma amiguinha que morava no mesmo prédio que eu, e quando ela faltava, eu começava a chorar lá na sala e as professoras tinham que me acalmar, com o tempo foi melhorando, eu não chorava, mas sempre tive poucas amiguinhas, na família sempre fui a mais quieta, a bicho do mato, me lembro uma vez da minha tia falando, a Liliane não se enturma, fica se isolando, eu escutei e comecei a chorar bastante e sem entender que não era a minha intenção, era só a vontade de não estar no meio de muita gente, na vida adulta trabalhei normal, fiz algumas amizades, mas sempre fui na minha, nunca sou eu que começo uma interação, agora o mais importante, falando do meu cônjuge, alguns comportamentos meu esteve encomodando ele, de eu não olhar nos olhos, quando ele faz eu desvio, me incomoda, pelo fato de eu nunca abraçar ele, falar que ama, começar o sexo, ou quando ele tem inciativa ele fala que eu pareço um robô, pq eu não toco nele, não aperto etc…não chamo ele de amor como outros casais fazem, e assim me sinto perdida, eu simplesmente tenho muita dificuldade nessa questão, eu não consigo ser “normal”
    🙁

    Será que isso pode ser algum grau de autismo?
    Apesar disso eu consigo perceber ironias, se a pessoa tá com raiva, triste, consigo dirigir normalmente, mas tenho essa dificuldade na interação enorme, ahh e tenho pavor em falar ao telefone ou chamadas de vídeos, fico extremamente nervosa, gaguejo, nem com a minha família eu não falo no telefone, é complicado.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Liliane, obrigada por comentar por aqui. Importante seu filho já estar nesse processo da busca pelo diagnóstico, esperamos que logo venha uma resposta para acalmar seu coração.
      Sobre as suas suspeitas com relação ao seu jeito e as características do autismo, somente com uma avaliação profissional você poderia confirmar suas suspeitas e é muito comum que pais que comecem a investigar sinais de autismo nos filhos também avaliem alguns sinais que percebem em si mesmos, isso acontece muito. Imagino que não deve ser fácil esse momento tanto de avaliar seu filho, como de se auto avaliar, por isso pode ser importante você buscar o auxílio de uma psicóloga comportamental especialista em TEA para dividir suas questões e te apoiar nesse momento. Continue acompanhando nosso Blog e sinta nosso abraço corajoso!
      ?

  114. Lecir de Freitas disse:

    Oii, boa tarde!!

    conhece algum profissional especializado na area que atua em Belo Horizonte?

  115. Karin disse:

    Olá, tenho 30 anos e desde criança era “esquisita” não comia doces em hipótese alguma, brincava sozinha e escondida, minha mãe dizia que quando bebê, onde me colocava eu ficava. Não chorava muito, não “incomodava”. Conforme fui crescendo a esquisitice continuou, nunca me senti incluída em grupos, poucas amizades e pouquíssimas conexões. É isso continua, não entendo sarcasmo, piadas, sempre sou a última a entender e preciso que me expliquem… quando estou focada em algo, não consigo perceber o que acontece em minha volta. Não consigo manter um diálogo, não consigo prestar atenção ao que os outros dizem, a não ser que seja do meu interesse. Passo dias isolada, quando saio, não consigo socializar, acabo não falando nada em grupos por medo de ser mal interpretada ou julgada. Quando vou em festas, não consigo me divertir em grupo, fico em uma bolha, sozinha ouvindo a música sem interagir com outros. As pessoas se afastam e nunca consigo entender o porque. Todos dizem que sou insensível e grosseira, mesmo não tendo intenção. Não consigo identificar maldade nas pessoas nos seus atos e palavras. Sempre gostei de desenhar e sou extremamente apegada a animais. Hoje faço terapia com psicólogo e acompanhamento com psiquiatra, mas fui diagnosticada com depressão e ansiedade, chegamos a considerar bipolaridade. Sinto que os tratamentos não surgem efeitos, será que tenho algum grau de autismo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Karin, como você está? Ficamos felizes que já esteja fazendo terapia! Os resultados realmente podem demorar um pouco, seria importante saber há quanto tempo está fazendo e se o profissional trabalha dentro da abordagem comportamental. Veja, você relatou vários sinais bastante comuns em pessoas com TEA, é importante sim levar isso para sua terapeuta e estudar mais a respeito, mas naturalmente, somente um profissional de saúde habilitado poderá te dar um diagnóstico.

      Esperamos que siga firme na terapia e que consiga aprimorar suas habilidades de socialização para ter mais qualidade de vida. Um abraço carinhoso!

  116. Pedro disse:

    No meu caso sempre tive dificuldade com socialização e sempre falam que é timidez etc, agora com 20 anos na faculdade, antes na escola, sempre senti muita dificuldade pra aprender e acompanhar algumas coisas, chega a ser constrangedor as vezes, por não parecer que deveria estar ali, faz um tempo que procuro sobre e leio matérias sobre, geralmente me identifico com os sintomas e coisas do tipo, não sei por onde começar pra ter um possível diagnóstico ou saber se tenho algum espectro ou transtorno.
    Fico feliz por esta páginas estar ativa para ajudar tantas pessoas a se encontrarem!<3

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Pedro! Obrigado por seu comentário.
      Indicamos que procure por um neurologista ou neuropsicólogo especializado em autismo para que você possa ter certeza sobre o possível diagnóstico.
      Um abraço!

  117. CHARLES SENHORINHO disse:

    NO MEU CASO ACHO QUE É DEPRESSÃO,TENHO TODOS SINTOMAS.MAS SE IGUALA AOS DEPOIMENTOS. INFELIZMENTE CREIO QUE PENSAMENTOS SUICIDAS E UMA AUTO DESTRUIÇÃO NÃO É AUTISMO,

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Charles! Sentimos muito que esteja passando por momentos difíceis, e orientamos que busque ajuda com profissionais da saúde mental como psicólogo e psiquiatra.
      Caso você desconfie de autismo, também pode fazer uma avaliação com neurologista e neuropsicólogo.
      Ter depressão não descarta a possibilidade de ter autismo. Portanto, é interessante procurar saber se existem sinais. Continue se informando e procure os profissionais indicados. Com o tratamento correto você poderá se sentir muito melhor.
      Um abraço!

  118. Helmer Vieira Alves disse:

    Hoje gostaria de falar não de mim, mas de meu cunhado, 49 anos, 26 anos de trabalho numa multinacional dos quais o o maior tempo no setor de qualidade.

    Ele na família.sempre foi alvo de coisas como:
    “Ele” é insensível, não tem empatia com as pessoas, não liga pra mãe, irmãs (1 mora em comunidade), outra no interior e outra é minha esposa, pós graduada em Psicopedagogia e Clínica, como eu também, mas não atuamos nessa área. Ultimamente minha esposa está auxiliando numa clínica de pscopedagogia.
    Ele sempre foi muito introspecto, se comunica pouco, gosta das mesmas coisas, inflexível, é visto como egoísta, não se anima com a vida, não é grato, não tem compaixão.
    Ano passado ele teve um AVC isquemico provavelmente sequela de uma COVID, pois 25 dias antes teve todos os sintomas e não foi ao médico dentro.da própria empresa tinha plantão.
    Bem, a questão é que após o seu AVC ele ficou no foco da atenção, e sofre com toda a ansiedade da família que o cobra de não ter iniciativa, de não fazer os exercícios indicados da fisioterapia, fonoaudiologa, etc.
    Mas, com o tempo, fomos prestando mais atenção e que sua conduta é de espectros do autismo (TEA).
    Precisamos de ajuda para um laudo médico para que ganhe mais qualidade de vida.
    Podem nos ajudar?
    Alves

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Obrigado pelo seu comentário.
      Apenas um profissional especialista pode avaliar se seu cunhado é autista. Recomendamos a leitura do nosso E-book “Saiba o que fazer ao identificar sinais de autismo em outra pessoa” para encontrar a melhor forma de conversar com ele sobre isso, pois ele precisa se consultar com um neurologista e talvez seja necessário passar por uma avaliação neuropsicológica.
      Segue o link do E-book: https://materiais.autismoemdia.com.br/sinais-de-autismo
      Um abraço.

  119. Rita de Cassia Souza Paz disse:

    Olá. Tenho um filho de 22 anos que começou a fazer psicoterapia por causa da ansiedade e vertigem fóbica. A psicóloga desconfiou e começou a investigar a possibilidade de ele ser autista grau leve. O diagnóstico ainda não está fechado. Isso foi um choque para mim, porque ele sempre me pareceu normal. Uma pessoa muito inteligente. Sempre foi o melhor aluno da turma. Ganhou menção honrosa nas Olimpíadas Brasileira de Matemática. Passou para engenharia química para a UFV em segundo lugar. Ganhou o prêmio de jovens talentos do Governo Federal. Agora analisando os sintomas, me lembro que ele demorou um pouco para falar. Na época coloquei ele no jardim achando que era falta de convivência com crianças da idade dele. Ele é muito ansioso. Sempre teve dificuldade de fazer amizade e se enturmar. Nunca teve uma namorada. Tem vários problemas digestivos, porque não come frutas, legumes e verduras. E tem vertigem fóbica. Não sei se ele tem mais algum sintoma, porque ele não fala sobre isso comigo. Se o diagnóstico for confirmado, como posso ajudá-lo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rita! Ajudar a prover acompanhamento com profissionais como psicólogo, psiquiatra e neurologista é o mais importante. Indicamos que reforce isso com ele e, caso o diagnóstico seja confirmado, manter a psicoterapia é muito interessante para que ele possa entender melhor o TEA e como ele pode lidar com determinadas características.
      Um abraço!

  120. Debora disse:

    Olá, meu nome é Débora e eu estou em dúvida como proceder para saber se sou autista nível 1. Tenho 32 anos e tive uma vida relativamente “normal”, sou bacharel, tenho uma empresa e vivo um relacionamento estável, visivelmente sou bem ativa. Porém desde a infância sempre fui muito isolada em minhas atividades, brincava sozinha com minha própria imaginação (bem absorvida em meu mundo), sempre fugi de afeto, não gosto que encostem em mim, não consigo olhar muito tempo para os olhos das pessoas e me enrolo toda para me comunicar. Essas questões persistem até hoje. Também custo a aceitar mudanças em minha rotina, fico muito incomodada se não realizo meus processos diários de organização e rotina. Marquei um psiquiatra para mês que vem mas tenho medo de que ele não entenda minha desconfiança.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Debora! Sua preocupação quanto ao psiquiatra é válida, pois nem todos os profissionais são capacitados para identificar o autismo em adultos. Indicamos que procure profissionais especializados em TEA, especialmente um avaliador da neuropsicologia ou um neurologista.
      Um abraço!

  121. Ana Carolina disse:

    Desde pequena tinha a sensação de ser inadequada e a orientação que eu tinha era copiar a minhas irmã mais velha, tentei o melhor que pude, mas tive problemas escolares, sofri bullying, tenho problemas com contato físico e até hoje tenho muito dificuldade socializar, parece que eu tenho sempre que interpretar vários papéis para várias situações diferentes(o que é extremamente exaustivo), no final do dia não tenho energia pra mais nadar. E sinto que está piorando com o tempo, porque está cada vez mais difícil manter essas personalidades para agradar os outros e parecer normal! Faço acompanhamento psiquiátrico, o diagnóstico é depressão, baixa alto estima etc; mas parece que o tratamento não vai há lugar nenhum… enfim é muito cansativo porque as pessoas cobram uma normalidade de você que não é capaz de dar, é difícil fazer compreender o quanto é desconfortável sair para ir ao cinema por exemplo, algo que normalmente dá prazer, mas pra você chega a ser tortura! Acredito que um diagnóstico tira a cobrança que nos colocamos nos mesmos, e da liberdade pra falar não, e é isso que eu venho buscando, mas é difícil porque você comenta a possibilidade, acham que é piada, delírio, e pelo fato de já fazer acompanhamento psiquiátrico parece que aí que não levam a serio.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Ana Carolina!
      Você está no caminho certo por estar investigando! O indicado é procurar especialistas em autismo para a sua faixa etária, como neurologistas e psiquiatras da área, além de fazer uma avaliação com um neuropsicólogo.
      Um abraço!

  122. Caroline disse:

    Olá, sou Caroline gostaria de compartilhar um pouco minha história. tenho 26 anos e recebi o diagnostico de TEA com bipolaridade e transtorno de personalidade esse ano. Eu tenho algumas dificuldades de aceitar que sou autista, minha mãe que desconfiou e me encaminhou para a neuropsicologa onde fiz testes. sou sensivel a barulhos mas não entro crises profundas por causa disso, minha mãe diz que eu tenho uma forma diferente de organizar os pensamentos, que fico muito quieta quando estou em familia, não converso. geralmente eu não olho nos olhos das pessoas e sim pro oculos se ela tiver ou pra sobrancelha o que parece que estou olhando para os olhos. olho muito para o chao tambem principalmente quando estou conversando com a psicologa, atualmente tomo 5 remedios pra me manter “estavel”, já tive crises de raiva fortissimas e . tenho TOC tambem onde sempre olho os padroes das coisas e a repetição de pensamento. sem remedio eu chego a ter alucinaçõs e delirios. sempre tive dificuldades com amigos sofri muito bullying na escola e vivia sozinha não conseguia entender o mundo dos outros, pra mim todos eram maus e eu sofria muito, não sei se eu não tinha jogo de cintura e por isso acabava entendendo errado.até que eu tive um surto psicotico. hj tenho alguns amigos poucos mas com laços muito fortes e adoro abraça-los. no trabalho tenho dificuldade de falar com as pessoas, ate de cumprimentar, prefiro ficar na minha e tenho dificuldade em sorrir, as pessoas falam que eu fico “bicuda”,mas nao e mal humor é como se eu nao quisesse gastar energia… sou um pouco inflexivel e odeio sair da rotina, as atividades pra mim devem ser informadas com antecedencia pra eu me organizar, não gosto de fazer aas coisas de ultima hora… sou desatenta e sempre caio ou me bato nos lugares. tenho dificuldades de entender as pessoas ate tive um problema com uma colega de trabalho que eu achei que iria ajuda-la mas pelo jeito não ajudei… é isso! espero caminhar para meu autoconhecimento e assim melhorar pois apesar de estar a caminho da estabilidade com os remedios ainda enfrento muitos desafios diariamente, obrigada pela atenção….

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Caroline, muito obrigado por compartilhar sua história conosco! Temos certeza que os depoimentos deixados aqui são valiosos para pessoas que passam por experiências e desafios semelhantes. Ficamos contentes que tenha bons amigos, pois sabemos como são importantes. e como é difícil lidar com as relações, especialmente para pessoas no espectro. Estamos aqui para te ouvir e acolher. Um abraço da nossa equipe.

  123. Denise disse:

    Boa noite tenho um filho com autismo e acredito que meu marido e também mas não consigo converse ele a procura resposta

  124. Katherine de Oliveira Garcia Lopes disse:

    Eu desconfio que minha enteada é autista, ela tem 18 anos, muita dificuldade para socializar, não gosta que ninguém chegue perto dela, muito sensível ao toque, vive isolada, até da família, ela tem vários sintomas mas tudo indica ser o grau mais simples, só que como conseguir um diagnóstico ainda mais agora na adolescência (quer dizer vida adulta), ela tem dificuldade em ter relacionamentos, amizades então nem se fala. Na maioria das vezes age como uma criança, não parece que já tem essa idade e é muito rebelde para sua idade como se fosse uma criança de 7 a 10 anos.
    Qual profissional procurar pra ter um diagnóstico?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Katherine! Alguns dos comportamentos que você apontou são sim fortes sinais de TEA. No entanto, apenas um especialista pode dizer isso com certeza. Indicamos que ela seja atendida por um neurologista especializado em autismo.
      Um abraço!

  125. Fernando disse:

    Olá.
    Tenho 41 anos e tenho algumas dificuldades na minha vida como minha desatenção, tendência depressiva e aversão a trabalhos mecânicos e repetitivos. Tenho diagnóstico de bipolaridade leve (confirmado por uma péssima experiência com um antidepressivo) e TDAH. Não tenho amigos íntimos, mas não sinto muita necessidade desse tipo de interação. Tenho inteligência acima da média, hiperfoco na área da biologia (minha formação), memória muito boa para algumas coisas, mas ruim para outras. Tenho dificuldade de participar de conversas que não sejam do meu foco de interesse (ciências, biologia, política e sociologia) e de perceber quando a pessoa não está gostando da conversa (melhorou depois de uns toques da minha esposa) não tenho problemas com carinho de pessoas não intimas, sou muito sociável, mas pouco social (fico um pouco ansioso em festas e ocasiões do tipo). Também não tenho (muito) problema em olhar nos olhos, ou sentir empatia no sentido de me imaginar no lugar dos outros, mas já tive problemas em outras épocas de perceber ou talvez aceitar a maldade de algumas pessoas. Minha esposa acredita que eu tenha um altismo leve, ela também acha que tenho dificuldade em perceber ironias às vezes. Será que com essas características isto é possível?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Fernando! Algumas dessas características são sintomas do TEA, no entanto, existem sintomas que são compartilhados entre o TEA, o TDAH e o TAB (transtorno bipolar). Ainda assim, ter um não significa não ter o outro, então, para ter certeza, o ideal é procurar um neuropsicólogo especializado em autismo em adultos para uma avaliação.
      Um abraço!

  126. Rodrigo disse:

    Olá, me ocorreu a hipótese de ter autismo após uma pessoa agregada a família que teve um filho autista, ter descoberto posteriormente existir nele também certo grau. Esta pessoa relatou situações peculiares que acontece com ele e eu me identifiquei mas como ainda não existia este diagnóstico dele, apenas pensei ser algo de comportamento antisocial que compartilhávamos, sem muita relevância. Após o seu diagnóstico, passei a considerar a hipótese e lendo o seu artigo e outros textos na internet me identifico bastante com boa parte dos sintomas do nível 1. Não encontrei muitas informações na internet, mas gostaria de saber quais são os testes necessários para detectar se de fato tenho autismo e quanto tempo em média demora para se sair um diagnóstico definitivo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rodrigo! Geralmente, o ideal é buscar um neuropsicólogo especializado em autismo em adultos para fazer uma bateria de testes. O próprio neuropsicólogo já poderá dizer se os resultados apontam para autismo ou não, ainda que não possa dar um laudo formal. Depois, você vai levar os resultados desses testes para um neurologista (igualmente especializado no autismo em adultos) analisar, e aí sim existe a confirmação do diagnóstico.
      Esse é um dos caminhos, mas não é o único, pois psiquiatras e neurologistas especializados podem diagnosticar mesmo sem a avaliação neuropsicológica, caso concluam que os sintomas são claros o suficiente para isso.
      Esperamos ter ajudado.

  127. Deysianne Mayara disse:

    Olá, tenho 24 anos e recentemente minha irmã mais velha descobriu que a minha sobrinha tem autismo, minha irmã também desconfia que eu possa ter, pois minha sobrinha tem algumas “manias” que eu tenho, e dificuldades que eu tinha quando criança, até mesmo agora adulta,tive atraso na fala e chora por tudo, tive muitas dificuldades na escola, não consegui entender os conteúdos, não conseguia me concentrar, por mas que me esforçasse, não conseguia fazer amizades, nem me comunicar com outros alunos, na verdade pra mim foi uma tortura, tenho dificuldades de socializar até com meus familiares, não tenho muitos amigos.
    Não me sinto confortável com olhares e elogios sobre mim, e não gosto muito de carinho principalmente de pessoas que não conheço, ou que não tenho muito convívio.
    Gosto de ficar sozinha, ” no meu mindinho” como os meus parentes falam, também sou sincera demais, é acabo deixando as pessoas com raiva ou chateadas comigo, e alguns dizem que sou grossa ou fria, até mesmo dizem que sou estranha, é de fato me sinto estranha.
    Não consegui expressar meu segredo, quando estou estressada não consigo falar com ninguém, fico a maior parte do tempo no quarto, quando meu estresse chega no extremo começo a chorar até passar a agonia.
    Não gosto muito de sair da rotina, principalmente comer fora, não gosto de algumas comidas, por conta da textura, gosto e aparência, ou pelo fato de estarem misturadas, ou por serem preparados juntos, como por exemplo: quando cozinham feijão com macarrão dentro.
    As vezes também não consigo entender meu jeito, minhas manias e dificuldades.
    Isso pode estar relacionado com autismo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Deysianne! Alguns dos comportamentos que você apontou são sinais bem comuns de autismo. No entanto, apenas um especialista pode dizer isso com certeza. Indicamos que procurar um neuropsicólogo ou neurologista especializado em autismo para fazer uma avaliação.
      O diagnóstico, mesmo na vida adulta, pode ser muito benéfico para você. Esperamos que encontre as resposta que procura nessa investigação.
      Um abraço!

  128. Edilene Marques disse:

    Olá!! sou uma mãe aflita, tenho dois filhos já adultos que apresentam alguns dos sintomas descritos, nível 1 , nunca procurei ajuda pois pensava que seria normal. Hoje os dois teem dificuldades para o mercado de trabalho. e houve MT resistência para estudar. Não sei como iniciar um tratamento e qual profissional mais adequado. Como devo falar sobre o isso com eles? um tem 24 outro 31.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Edilene.
      Acreditamos ser muito importante ter uma conversa sobre isso com eles. Caso não saiba qual a melhor forma de abordar o assunto, indicamos a leitura do nosso E-book que fala justamente sobre isso. Segue o link para download:
      https://materiais.autismoemdia.com.br/sinais-de-autismo
      Depois disso, o indicado é buscar investigar com um neuropsicólogo ou neurologista especializado em autismo.
      Esperamos que encontrem as respostas que procuram!
      Um abraço.

  129. BWC disse:

    Eu tenho 24 anos, possuo dificuldade em me relacionar com outras pessoas, dificuldade em fazer amizades fora da internet, não gosto de socializar com outras pessoas, não gosto de estar em lugares barulhentos, tenho dificuldade em olhar nos olhos das outras pessoas ou demostrar afeto, tenho dificuldade em passar por entrevistas de emprego, possuo sintomas de TOC, as vezes passo por mudanças repentinas de humor e tenho um pouco de dificuldade em prestar atenção ou me lembrar de determinadas coisas que me são ditas. Porém não sofro da parte da engenuidade, não entender gestos ou não sentir empatia por outras pessoas, dito aqui em casos leves, também sou bastante inteligente para certas áreas e uma negação para outras. Provavelmente eu devo ter algum sintoma leve de autismo.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Alguns dos comportamentos que você apontou mesmo sinais de autismo. No entanto, apenas um especialista pode dizer isso com certeza. Indicamos procure por um neuropsicólogo ou neurologista especializado em autismo para uma avaliação. O diagnóstico na vida adulta é muito importante e pode te ajudar a entender e lidar melhor com esses sintomas.
      Esperamos que encontre as respostas que procura.
      Um abraço!

  130. Rosania disse:

    olá meu nome é Rosania tenho um filho de 20 anos e se enquadra em coisa citada nesse texto ele não consegue se concentrar nas coisas,não consegui trabalho,se comporta com muita imaturidade,não tem responsabilidade com nada, dentre outra coisas. não sei o que fazer pois ele não aceita que tem algum problema

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rosania.
      Acreditamos ser muito importante ter uma conversa sobre isso com ele. Caso não saiba qual a melhor forma de abordar o assunto, indicamos a leitura do nosso E-book que fala justamente sobre isso. Segue o link para download:
      https://materiais.autismoemdia.com.br/sinais-de-autismo
      Depois disso, o indicado é buscar investigar com um neuropsicólogo ou neurologista especializado em autismo.
      Esperamos que encontrem as respostas que procuram!
      Um abraço.

  131. Poliana disse:

    Eu tenho 22 anos e quando eu tinha 17 eu conheci um menino de 4 anos diagnosticado autista nível 3, até então não conhecia ninguém com o diagnóstico e não ouvia falar muito, achei que todos eram como ele, com os mesmos sintomas ou parecidos. No ano seguinte conheci uma menina de 5 anos recém diagnosticada, eu tive a oportunidade de passar um bom tempo com ela e a mãe, sou grata pela conversa que tivemos, nunca me esqueci da mãe dela me contando tudo, como foi o diagnóstico, como ela e o marido se sentiram, e o que mais me chamou a tenção foi ela falando de como é o comportamento da filha. Ali eu percebi que muitas coisas que ela falava era muito parecido comigo quando era criança, fiquei curiosa e fui pesquisar os sintomas de autismo, falei para os meus pais sobre isso más eles não me deram muita atenção e não procurei mais, coloquei na minha cabeça que era coincidência. Recentemente uma prima veio me falar que vai investigar se o filho dela é autista, com este assunto na família a minha mãe deve ter pesquisado sobre, porque a minha irmã veio me falar que a minha mãe acha que sou autista, até o momento que aqui escrevo ela não me abordou para me dizer isso diretamente, e eu não acho que isso acontecerá. Então cá estou eu novamente pesquisando, mas dessa vez parece estar mais evidente tudo isso. Quando criança não aceitava abraços até uma tia me explicar que quando gostamos de outra pessoa é isso que fazemos e é bom, então passei a receber sem contestar e até dar alguns a aqueles que eu gosto, mas ainda sim me sinto estranha e desconfortável quando uma pessoa que não tenho intimidade ou -pior ainda- uma pessoa que mal conheço me abraça. Nunca fui boa em me comunicar e conhecer outra pessoa, principalmente quando é eu que tenho que ter a iniciativa, mas tive que aprender conforme fui crescendo, então observava o que os outros faziam e reproduzia até onde me sentia confortável. Nunca tive muitos amigos e nunca consegui me abrir com eles, contar sobre a própria vida e os sentimentos, acho estranho porque sempre vi e vejo as pessoas fazendo isso nem que seja com apenas uma pessoa que é muito próxima. Quando fiz 14 anos eu quis trabalhar, então pesquisei sobre como se comportar em entrevistas de emprego, aí descobri que devemos olhar nos olhos da outra pessoa quando conversamos, percebi então que nunca fazia isso e comecei a praticar com todos que conversava, até hoje quando vou falar com alguém algo mais sério e formal eu tenho que me lembrar “tenho que olhar nos olhos”. Nunca gostei de barulho, principalmente poluição sonora de vários barulhos juntos, isso me encomenda ao extremo, fico estressada e irritada, inclusive esse foi o motivo de eu sair do meu primeiro emprego. Era uma sala com muita poluição sonora de várias pessoas falando ao mesmo tempo e eu comecei a ir para outro setor mais calmo para trabalhar e o coordenador me chamou a atenção por isso, me deu uma advertência escrita para assinar e falou para eu voltar ao setor, nesse dia quando cheguei em casa falei com a minha mãe e ela me falou que não tinha nenhum problema eu sair da empresa, no dia seguinte voltei para pedir demissão, pois não aquentava ficar naquele setor barulhento, tive que escutar algumas pessoas me falando que era frescura minha, até eu achei isso de eu mesma, mas não dava para ficar naquela sala. Nos estudos sempre fui muito bem, não precisa estudar em casa, só assistindo as aulas eu tirava notas altas, uma das melhores da turma, e isso continuou na faculdade, que passei com 100% de bolsa mesmo sendo de escola pública e não ter feito cursinho preparatório, nunca fiquei de recuperação ou PF em toda minha vida. Comecei a trabalhar em órgão público que para eu entrar tive que fazer um concurso, eu não “colei a bunda na cadeira para estudar” como meus colegas dizem que eles fizeram, sempre achei que foi sorte por eu achar a resposta certa em provas, depois comecei a pensar que o meu raciocínio lógico e minha memória era pouca coisa melhor que os outros ou que eles estavam nervosos para perceber a alternativa correta das questões. Além disso, a minha família sempre me disse que sou bastante expressiva mesmo tentando esconder o máximo meus sentimentos, mas recentemente, com alguns acontecimentos no meu trabalho, notei que minha percepção sobre as expressões de outras pessoas não é tão boa, consigo notar expressões e gestos quando são bem evidentes, se for algo sutil passará despercebido. Contudo, me fez lembrar da frase “te achava chata mas depois percebi que era só o seu jeito” que as pessoas sempre me dizem depois de ficar a vontade em me contar as coisas, porém, quando eu questiono sobre qual jeito é esse, ninguém responde o que é ao certo ou entra com outro assunto para não falar. Lendo o artigo é como se eu estivesse lendo a tal resposta que nunca me deram. Sendo bem sincera, fico na dúvida se irei procurar ajuda profissional ou deixar esta história de lado e continuar tentando viver em sociedade como sempre fiz.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Poliana!
      Nossa indicação é sempre buscar uma avaliação neuropsicológica e neurológica com especialistas em autismo, independentemente da idade. O diagnóstico na vida adulta costuma ser muito esclarecedor, portanto, considere buscar isso.
      Você também pode buscar atendimento psicológico para te ajudar a tomar a decisão de procurar ou não por essas respostas.
      Um abraço!

  132. alessandro disse:

    Belo artigo! Texto claro e objetivo… Eu, como TEA Nível 1, concordo plenamente com a exposição apresentada.

    Por gentileza, postem mais artigos e informações para Autistas Adultos.

    Obrigado.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Alessandro! Muito obrigado pelo seu comentário e sugestão, iremos repassar seu feedback para nossos redatores.
      Um abraço!

  133. Maurício Monteiro Aramis de Mattos Vieira disse:

    Olá, meu no é Maurício Aramis e tenho 37 anos
    Fui diagnosticado com TEA há exatos dois meses e seis dias. Minha família era completamente disfuncional e talvez por isso nunca ninguém sequer desconfiou que eu poderia ser neuroatípico fazendo com que, ao invés de ser respeitado nas minhas especifidades em função de um possível Asperger, eu sofresse uma série de xingamentos e humilhações como: ameaça de tortura e de prisão, agressões físicas e verbais (“devia ter te abortado”, “não quero você perto de mim”, filho de puta…) e destruição de patrimônio parte dos meus pais e avós maternos, que piorou bastante minha qualidade de vida. Não tenho mais como confrota-los, visto que minha mãe éemeus avós já morreram e não tenho contato com o meu pai. Como começar a lidar com tudo isso e melhorar minha qualidade de vida?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Maurício! Sentimos muito por tudo que você enfrentou e ainda enfrenta com a sua família. Orientamos buscar atendimento com um psicólogo, pois esses profissionais podem ajudar bastante, tanto a superar os traumas do passado quanto a melhorar o seu presente e futuro. Indicamos terapeutas analistas do comportamento ou ainda terapia cognitivo comportamental, preferencialmente profissionais que tenham experiência com autismo.
      Esperamos que consiga encontrar a qualidade de vida que busca.
      Um abraço!

  134. Crislanne disse:

    olhando essa página comecei a desconfiar que meu marido seja autista e que ninguém percebeu pois tudo que vcs colocaram se encaixa direitinho com ele agora fiquei curiosa para saber se ele pode ser mesmo autista

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Crislanne!
      Pode ser interessante conversar sobre isso com ele. Para investigar o autismo em adultos, é indicado procurar por neurologistas especializados em autismo. Geralmente, é necessária uma avaliação neuropsicológica para chegar ao diagnóstico.
      Um abraço!

  135. Renata disse:

    Amo ser quem sou. Eu não tenho nenhum diagnóstico. Acho que em determinado momento será importante a busca do diagnóstico. Eu não tive atrasos da fala, mas eu não brincava, não sorria, não olhava nos olhos. Resumindo não me sinto neurótica. Dificuldade com som alto, ambiente iluminados, texturas diferentes, tenho poucos movimentos esteriótipados.Amo ouvir várias vezes a mesma música, muitas vezes mesmo.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Renata.
      Obrigada por deixar seu comentário. Se em algum momento decidir buscar um diagnóstico, indicamos procurar um neurologista especializado em autismo em adultos, e desejamos que encontre as respostas que procura!
      Um abraço.

  136. Andressa disse:

    Essa semana fui diagnosticada com autismo leve. Tenho 28 anos e sempre consegui me virar na vida pessoal e profissional. Todos ao meu redor ficaram surpresos e confesso que ainda estou um pouco em negação, mas quanto mais leio sobre o assunto, mais me identifico. Sempre tive a sensação de não pertencer a essa mundo, não entender como ele funciona. Tenho muita dificuldade em perceber meus sentimentos (isso entendi na terapia) e, pelo que descobri recentemente, também em perceber os sentimentos dos outros. Lidar com mudanças é extremamente difícil para mim e se eu não estiver em locais em que fico confortável (principalmente no que diz respeito a trabalho), eu sofro muito. Sempre achei que era frescura minha essa dificuldade, mas agora que encontrei um local de trabalho em que me sinto confortável, em que tenho amigos, eu me sinto muito feliz com meu trabalho. Nunca tive muita dificuldade na escola, mas fiz 3 anos de enfermagem e não consegui concluir. Me encontrei na docência, me formei em História e esse ano concluí meu mestrado. Alguns dizem que eu sou muito inteligente, mas não sei não. Quando se trata de provas objetivas (múltipla escolha), eu tenho muita dificuldade para fazer, o que não ocorre no caso de provas dissertativas. Sempre senti desconforto em olhar nos olhos das pessoas, mas ao longo da vida acho que moldei esse comportamento. Hoje sinto menos desconforto, mas ainda acho estranho e desconfortável. Esses são alguns dos “sintomas”, fora outros que não vou falar aqui por serem mais íntimos. Mas achei importante compartilhar aqui. Ainda estou num processo de aceitação. Mas tenho tentado acreditar que esse diagnóstico pode ser a resposta para as dificuldades que eu nunca soube como superar e que pode me ajudar a ser uma pessoa mais feliz em minha saúde mental. É isso.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Andressa! Ficamos felizes em saber que você teve um diagnóstico, pois as respostas que costumam vir com ele podem de fato ser muito positivas. Esperamos que você siga superando quaisquer dificuldades. Um abraço carinhoso. 💙

  137. Wellington Honorio disse:

    Boa tarde!
    Estive protelando conhecer mais sobre o assunto Autismo em Adultos, pois acredito que meu filho (27anos) possa estar no espectro nível 1, tem sido difícil a aceitação e compreensão, o texto postado por vocês me ajudou um pouco, mas poderiam publicar alguma coisa mais direcionada a como os familiares podem agir e trabalhar apara ajudar autistas adultos, principalmente nos de nível 1 que as vezes confunde muito com personalidade difícil da adolescência, se na época tivéssemos essas orientações talvez hoje ele estaria com mais assistência e menos sofrimento.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Wellington! Muito obrigada pelo comentário. Vamos encaminhar a sua sugestão de tema para os nossos redatores. Um abraço! 💙

  138. Andreia Dias. disse:

    Preciso de Ajuda!
    Não aguento mais ser assim,
    Tenho 26 anos, sou formada em Administração, e pós graduada.
    Quando era criança, eu brincava bastante e bem hiperativa, minha família dizia que eu parecia menino por nunca parar quieta,
    Porem conforme fui crescendo isso foi mudando, não gostava de abraços de pessoas de fora e tinha bastante dificuldade em conhecer pessoas diferentes,
    Sair da minha rotina me deixa muito nervosa, e quando alguém muda os planos eu fico muito agitada e ansiosa,
    Agora que me casei, sou diferente de todas as mulheres casadas, tenho muita sensibilidade ao toque e não gosto de carinhos em publico, me sinto muito desconfortada com as pessoas me olhando.
    Por mais que eu tente ser carinhosa, as pessoas sempre acha que eu sou grossa por que sou sempre direta, pessoas que falam alto ou fala a mesma coisa me irrita muito fácil.
    A pouco tempo fui diagnosticada com Depressão, mais sinto que não estou melhorando.
    As vezes queria ter um mundo só pra mim, assim parece ser mais fácil.
    Estou tendo umas reações estranhas ao toque, ate de pessoas intimas.
    e começo a ter crises de pânico se a pessoa insistir. Cheguei a gritar ao toque inesperado de uma pessoa da familia.
    como se eu precisasse fugir dali. e se fechar apenas no meu mundo.
    Preciso muito de ajuda, isso esta me assustando bastante.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Andreia. Sentimos muito por você estar passando por isso. É muito importante que você busque ajuda profissional. Indicamos procurar por psiquiatras, neurologistas e psicólogos especializados em autismo, pois o tratamento adequado pode te ajudar muito a superar esses problemas.
      Esperamos que fique tudo bem. Um abraço. 💙

  139. Wolmer Ricardo Tavares disse:

    Meu nome é Wolmer Ricardo Tavares, e sempre me percebi diferente. Não me sinto a vontade quando tem visitas mesmo estando em minha casa. Sou muito direto e minha ex-esposa costuma falar que não gosto de ser contrariado e que sou arrogante, o que discordo. Tenho dificuldade em fazer amizades e me sinto isolado nas festas de confraternizações mesmo estando próximo de pessoas que convivem comigo. Geralmente eu me isolo quando tem algum encontro social na família, ou vou assistir a algum filme procuro fazer outra coisa que me mantenha ocupado para não ficar perto das pessoas.
    Sala dos professores para mim é quase tortura, todos falando ao mesmo tempo e tom alto. Geralmente presto atenção em pequenos detalhes e busco padrões nas coisas que vejo. Tenho mania de contar seja tempo de viagem (quase sempre acerto se levar em consideração uma pequena margem de erro), número de palavras repetidas que alguém falou, número de vezes que eu fiz algo, etc.
    Já fui acusado de ser seco, insensível, sem responsabilidade afetiva, sem empatia, mas não sei se é verdade e foi isso que acionou o gatilho para eu me conhecer um pouco mais.
    Fiz um teste de de Autismo em Adulto que deu 36 e o considerado normal é até 31. Fiz um teste de Quociente de Empatia que deu 15 e o considerado normal é acima de 30 e o meu QI deu 136.
    Quando eu lecionava na faculdade, não interagia com todos, principalmente quando percebia falsidade nas pessoas e isso é o que mais percebo por ser observador.
    Estou a busca de um laudo sério para perceber que não sou o monstro que muitos achavam que eu era, sou apenas uma pessoa diferente em um mundo que me encaixo nele.
    Trabalhei 17 anos em uma universidade e todos disseram que seria fácil para mim encontrar outro faculdade, mas tenho dificuldade em pedir algo e até mesmo em vender meus livros publicados (sou escritor).

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Wolmer! Algumas das características que você apontou são sim possíveis sinais de autismo. Indicamos procure atendimento com um neurologista ou neuropsicólogo especializado em autismo.
      Esperamos que encontre as respostas que procura. Um abraço! 💙

  140. Lilian disse:

    Tenho 43 anos, sempre muito agitada, porém muito boazinha, desde criança só gostava de brincar Só, ano ficar com animais , nunca tive amigos, tentei fazer duas faculdades, nunca consegui desenvolver na escola, trabalho ou faculdade, tenho hiperfoco, hipersensibilidade ocular, barulho . Nunca gostei de agitação, só vou para lugares que seja quase isolados. Passo muito mal em festas, barulhos , chego até vomitar de nervoso, porém para não ser estranha finjo que está tudo bem. Já cheguei a esmurrar a parede, gritar para desestressar. Me canso muito em me socializar, porém sou simpática . Sou muito ingênua até criança me engana. Já cheguei a pensar em tirar minha vida várias x por não ser entendida( não penso mais nisso ). A um tempo percebo que sou autista, já passei por psiquiatra, psicóloga, que me disse que 98% de chance que sim, porém precisamos fazer vários testes e talvez não dê para dar diagnóstico tão cedo por ser mais difícil comprovar em adulto e mulher . O custo da investigação é muito alta , me fazendo desistir de procurar o diagnóstico escritó, já que 98% de ser. Porém só de saber que sou autista ( pois já me conformei ) aprendi a me respeitar e a vida está mais leve .

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Lilian. Ficamos felizes em saber sobre o seu processo de descoberta e respeito consigo mesma. Esperamos que consiga realizar o diagnóstico em breve. Um abraço 💙

  141. Helianya disse:

    Olá. Tudo bem?
    Há 1,6 meses venho interagindo virtualmente com um rapaz de outro estado. Já o conheci pessoalmente e estamos namorando à distância. Gostamos de conversar e temos muitos interesses em comum. Ele tem um filho de 4 anos que é autista. Percebo nele, em alguns momentos, características que se assemelham com autistas leves. Mas confesso que fico confusa, pois algumas características presentes na maioria dos casos, não é comum nele. Ele é intenso, direto, formal, repete algumas frases emblemáticas, é metódico, perfeccionista e só para de fazer algo qdo entende q concluiu, deixando assim de comer, dormir etc. Em conversas com ele sobre sua infância, houve um determinado momento que desconfiaram sobre hiperatividade e ele relatou sobre pensamentos muito acelerados, mas que hj ele consegue controlar e canalizar. Tinha dificuldade na fala quando criança, virou motivo de bullying até conseguir lidar com isso e hj é eloquente e tem uma ótima dicção. Super sincero, às vezes se mostra duro consigo mesmo e justifica que teve de aprender às duras penas com pessoas que não o trataram bem e, por isso, se mostra armado e desconfiado com todos.
    No entanto, é carinhoso, gosta do toque, expressivo, olha no olho… Será q ele é autista.
    Não sei como abordar esse tema com ele, mas gosto muito dele e gostaria de ajuadar.

  142. Silvio Oliveira dos Santos disse:

    Boa tarde. Tenho 51 anos, tenho um sobrinho diagnosticado com autismo leve e depois disso passei a observar meu filho menor e o mesmo também apresenta os sintomas. Desde criança me sinto diferente, visto que meus colegas e irmãos tinham facilidade de se relacionar com garotas, e eu sempre “travava” quando imaginava em me dirigir a uma garota. Não gosto de barulhos, gosto de viver isolado e só consigo estudar ou fazer algo cognitivo durante a noite. Vou procurar um(a) profissional da área, pois sou professor e tenho muita dificuldade na comunicação.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Silvio. O diagnóstico tardio acontece muito. Ficamos felizes em saber que está buscando um diagnóstico e esperamos que encontre as respostas que procura. Um abraço!

  143. Ingrid disse:

    Gostei bastante do conteúdo e dos comentários, foi importantíssimo para me sentir confortável para prosseguir no assunto, já que me identifico com algumas das características e sou muito criticada pela minha família ou evitada socialmente pela minha forma de viver, pensava que o desconforto que vivo era por limitações causada principalmente pela questão financeira da minha família, assunto que causa muito conflito em nosso relacionamento e por muito tempo tive poucas oportunidades de socializar além do ambiente escolar, na infância tive baixo incentivo em realizar atividades educativas/esportivas, agora na vida adulta tenho sentido desconforto pela minha falta de autonomia financeira porque escolhi estudar em período integral na faculdade, mas talvez os desconfortos tenham outras raízes… Obrigada pelo conteúdo!

  144. Nilvandria Patrícia Silva Lobato disse:

    Bom dia me chamo Nilvandria, 35 anos, sou profissional da área da saúde (Tec. Enf). Sobre o assunto acima citado neste artigo, ultimamente vem me chamando muito a atenção, pois algumas características consigo me encaixar. Tenho dificuldade em socializar cm as pessoas, e por isso, raros amigos, apenas convivio no trabalho; me incomoda ficar num ambiente cm bastante gente, eventos por exemplo; não consigo sair de casa para passear, parece q fico cm a sensação de ser seguida e se eu precisar comprar algo em comércio isso me estressa, pois eu tenho essa dificuldade para sair. E esse entra e sai de comércio e loja me deixa irritada. Não consigo olhar nos olhos das pessoas para conversar, desvio o olhar, mãos e pés vivo fazendo movimentos involuntários, cmo se fosse me acalmar ou distrair da situação. Barulho me incomoda (fogos de artifício me fazem entrar em Pânico). Qndo criança me mãe fala q eu era hiperativa, pois não ficava quieta, mexia muito e não gostava nem q me olhasse, pq eu era agressiva ao ponto de brigar cm a pessoa. O tempo foi me moldando, hj até pra me defender verbalmente é complicado, depois de um tempo q cai a ficha. Enfim, gostaria da ajuda de vcs pra saber se há possibilidade de ser autista ou algum outro tipo de transtorno.
    muito obrigada!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Nilvandria! Os sinais que você apontou são sim características comuns do TEA, no entanto, apenas um médico especializado pode dizer isso com certeza. Indicamos que procure atendimento com um neurologista especializado em autismo em adultos. Um abraço!

  145. Enéias Reis disse:

    Me chamo Eneias, sou advogado, fui casado e tenho duas filhas que moram comigo, e agora chegou o neto. Sempre me achei diferente, dificuldade de interagir, de compreensão de texto, de entender piadas, charadas, mas, como tenho 53 anos, vivi esses anos todos como se nada houvesse de errado. Hoje, tomo fluoxetina, tenho picos de ansiedade. As pessoas próximas dizem que sou autista. Como consigo saber se é isso mesmo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Enéias! O ideal é procurar atendimento com um neurologista especializado em autismo em adultos para uma avaliação. Esperamos que encontre as respostas que procura. Um abraço! 💙

  146. Flavio disse:

    tenho 38 anos e meu filho caçula de 3 anos é autista moderado vai começar a fazer o ABA mas me vejo e sempre achei que eu era um pouco diferente por nao gostar de estar local com muita gente nas entrevistas de em emprego nos 2006 2007 nas empresas que trabalhei sempre me falavam que eu nao focava o olhar me cobravam isso mas gracas a Deus sou casado com 2 filhos trabalho em uma empresa multinacional me relaciono muito bem com minha esposa ao longo desses 16 anos juntos penso também em procurar ajuda de acordo com que aprendi sobre meu filho pois eu pensava que era manias que eu tinha mas vendo pelo filho vejo que sao sintomas que eu tambem sempre tive ao longo de minha vida e nao sabia com tapar os ouvidos nao gosto muito de olhar nos olhos das pessoas e alguns outros sintomas

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Flavio! Indicamos procurar atendimento com um neurologista especializado em autismo em adultos para uma avaliação. Esperamos que encontre as respostas que procura. 💙

  147. Welber disse:

    Ih, rapaz . . . também tenho 51 anos e sinto tudo isso que descreveu no seu texto e mais um pouco ainda. Descobri porque meu filho de 22 anos teve o diagnóstico por esses dias. Ele e eu somos muito parecidos. Mesmo sem ter ainda o meu diagnóstico, digo que estar no espectro autista não me atrapalhou em conquistar o que desejava na vida . . . família, filhos, profissão, reconhecimento pelos bons trabalhos . . . Para nós, cinquentões, basta adaptar-se ao jeito de funcionar . . . busque sempre por lugares calmos, contato com a natureza, isole-se, de vez em quando, sempre que precisar “recarregar as baterias”, medite . . . Sua família também vai entender o seu jeito de ser. Quanto ao seu filho, terá a chance de se desenvolver mais que você e eu, porque terá apoio da família e apoio profissional, desde cedo. Agora, minha esposa descobriu porque nunca gostei de dormir abraçado, porque não sou muito carinhoso (fisicamente), que as vezes necessito ficar sozinho por algum tempo. Passou a ser mais compreensiva. Poucos amigos? . . . Liga não! . . . tenho muito poucos e, na realidade, nem sinto falta, rsrsrsrs . . . Quem sente falta de amigos, que os tenha, . . . e quem não sente falta, que não tenha, ora bolas. O problema que ficamos cismados que temos que ser iguais a todo mundo. Não tenha medo de ser diferente, de funcionar diferente . . . o que é igualzinho a todo o restante não tem muito valor. O que é único passa a ser exclusivo, raro, especial. Seja você mesmo e seja feliz!!!!!!!!!!!!

  148. santos freitas disse:

    Bom dia, vi que me identifiquei com varios topicos, sou adulto, na escola foi a parte pior me chamando de maluco , principalmente quando criança, não gostava de que encosta-sem em mim e ate hoje tenho esse problema ate com familiares, tive dificuldade no casamento, tentei superar parecendo normal como os outros, fazendo o que eles fazem de forma natural, pois achando que e normal, mesmo de forma mecânica, tentando agir de forma natural.

  149. Thaynara disse:

    Olá, pessoal, tudo bem? Primeiramente, obrigada pelo texto esclarecedor e por serem super acolhedores, vendo as respostas de vocês aos comentários, ces são super gentis ^^ E também pelo espaço pra comentar. Ajuda muuuito esse compartilhamento de experiências.

    Gostaria de saber, o autismo nivel 1 pode se tornar “visível” apenas se acontecer alguma coisa? Por exemplo: devido a alguns problemas pessoais que vinha enfrentando, somado a ter me sobrecarregado nos estudos e não estar conseguindo mais ter ânimo nem energia pra fazer as coisas, desenvolvi depressão ansiosa. No meu campus graças a Deus tem assistência boazinha ao estudante e, num dia de crise, procurei uma psi e fiquei indo pra ela. Desde o primeiro atendimento ela disse que talvez tivesse alguma variável a mais na história, e depois ela me falou da suspeita de TEA nível 1 (e aí à medida que fui pesquisando sobre e vendo relatos, as coisas foram fazendo muito sentido). Mas ela me falou também sobre uma bateria de testes que dá o laudo.
    (Tudo o que descrevi, a depressão e suspeita de TEA, foi agora aos 19 anos)

    Tive algumas dúvidas: ela, psi, ter a suspeita de autismo, é um diagnóstico? A pista pra se descobrir autismo na vida adulta é sempre através de outra coisa (tipo depressao) ou se descobre sozinho (como nos casos mais graves de autismo)? Ultimamente, parece que minhas estereotipias, o desconforto com o barulho demais, a dificuldade de conversar sem ser sobre as coisas que gosto, o estresse, tudo ficou tudo mais evidente, será pela depressão ou o autismo só tá meio que se revelando agora, será que se não estivesse vivendo sob muito estresse, não seria assim? A psi me falou sobre essa bateria de exames não ter pelo SUS e ser caro. Mas há alguma forma de conseguir gratuitamente se provar que sou de baixa renda, através de defensoria pública ou algo assim? Se sim, como posso proceder? To bm perdida nessas coisas, agradeço muito se puderem ajudar ❤️

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Thaynara! Obrigado por deixar seu comentário. 💙
      É muito comum que, no autismo nível 1, a descoberta só venha por fatores externos, como você comentou. Isso porque os sinais costumam ser mais sutis e dificilmente são vistos como preocupantes, sendo facilmente confundidos com características de personalidade, por exemplo.
      O caminho para o diagnóstico, quando há suspeita, costuma ser procurar um neurologista especializado em autismo que, em geral, encaminha o paciente para a avaliação neuropsicológica, que acredito que seja a avaliação que sua psicóloga indicou.
      Caso você não tenha condições financeiras de procurar por esses profissionais, pode procurar o CAPS mais próximo para receber os encaminhamentos necessários. No entanto, no SUS, pode ser um caminho bem demorado.
      Uma opção é procurar por profissionais que façam atendimentos sociais na sua região, o que costuma ser mais acessível.
      Esperamos que encontre as respostas que procura em breve. Um abraço!

  150. ABI disse:

    ACHO QUE O MUNDO INTEIRO TEM SUAS LIMITAÇÕES, E TAMBÉM SUAS ANGÚSTIA SEMPRE POR ALGUMA COISAS, SEMPRE HÁ UMA DESCULPA NO BOM SENTIDO, POR UMA PERDA OU POR UMA SITUAÇÃO, O SER HUMANO E LIMITADO E POR ISSO DEVEMOS SEMPRE PROCURAR O MELHOR, SE EXISTE MASSAGISTAS PRA AMACIAR OS NERVOS,SE EXISTE PROFESSOR PRA ENSINAR,SE EXISTE TERAPIA PRA CUIDAR SE EXISTE PSICOLOGO PRA DESABAFA,SE EXISTE PSIQUIATRA PRA PASSAR REMÉDIOS, SE EXISTE ACUPUNTURA PORQUÊ NÃO USUFRUIR,O BOM E SABER QUE NO MUNDO TEM MUITAS COISAS BOAS,E TODO SER HUMANO DEVE PROCURAR E TER ASSISTÊNCIAS,ASSIM CONHECENDO TUDO E TODOS,FORMAMOS O MUNDO E O SER🫶🫶🫶🫶.

  151. Silvia Alves disse:

    Olá. Já fiz alguns testes on-line, e nem sempre dá autismo. Mas há perguntas teria. resposta positiva, mas dependendo do contexto. A verdade é que em sociedade, eu sempre acho que estou sendo amável ou interativa, mas depois de algum tempo percebo que estava incomodando e que fiquei insistindo sem perceber o que estava acontecendo. Algumas situações demoro meses ou anos para entender a intenção da pessoa. E isso me estressa , porque repasso situação muitas vezes tentando entender o de errei. Me sinto muito só! tenho 52 anos, e me sinto como uma criança…aliás as crianças costumam gostar de mim e das minhas histórias…kkkk Obrigada pelo espaço!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Silvia. Para ter certeza sobre isso, é importante buscar atendimento com um neurologista especializado em autismo. Esperamos que encontre as respostas que procura. 💙

  152. Sílvia Alves disse:

    *Olá. Já fiz alguns testes on-line, e nem sempre dá autismo. Mas há perguntas que teriam resposta positiva, mas dependendo do contexto. A verdade é que em sociedade, eu sempre acho que estou sendo amável ou interativa, mas depois de algum tempo percebo que estava incomodando e que fiquei insistindo sem perceber o que estava acontecendo. Algumas situações demoro meses ou anos para entender a intenção das pessoas. E isso me estressa , porque repasso situação muitas vezes tentando entender onde errei. Me sinto muito só! Tenho 52 anos, e me sinto como uma criança…aliás as crianças costumam gostar de mim e das minhas histórias…kkkk Obrigada pelo espaço!***
    (corrigido)

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Silvia. Para ter certeza sobre isso, é importante buscar atendimento com um neurologista especializado em autismo. Esperamos que encontre as respostas que procura. 💙

  153. ANALICE DOS SANTOS GAMA disse:

    Meu nome é Analice, tenho 51 anos e acho e me identifiquei muito com algumas características, escuto barulhos que só a mim incomodam, nao consigo me concentrar, relógio de parede perto de mim, nem pensar, tenho muita dificuldade de vários sons ao mesmo tempo, vivo escutando que sou louca.
    tive varioa relacionamento e a comunicação sempre muito difícil, sou taxada de grossa, estúpida, insensível.
    fiquei anoa em um relacionammeto abusivo e nao percebia, tive que ir um psicólogo pra conseguir ver a realidade. Sizem que aou fria, tenho dificuldade de expressar meus sentimentos, não gosta de contato fisico nenhum com estranhos. se alguem fala comigo me tocando me afasto ou ja falo…. NAO ME TOQUE.
    nao suporto coco ralado, nao pelo gosto, mas pela textura. cheiros tbm , tenho um olfato excelente, identifico odores a distâncias, onde ninguem sente e eu sinto. tenho gastura em olhar algumas teaturas tbm, furos e cor marrom escuro me incomodam bastante. comecei 2 faculades, nao terminei nenhuma, demorei muito pra concluir 2 grau. tuso que começo não termino . as vezes me sinto um peixe fora d’água. tenho pavor em falar e não me dão atenção ou tempo necessario para eu me fazer entendida. São tantas coisinhas….. que vira muitas coisas… Será qie tenho Austimo??

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Analice. É possível, mas só um especialista pode avaliar isso com certeza. Indicamos procurar atendimento com um neurologista especializado no diagnóstico de autismo em adultos. Um abraço.💙

  154. Arnaldo disse:

    Oi a todos.
    Sou professor, e preparando uma aula sobre TEA, deparei-me com algumas informações que me provocaram demais, ao ponto de me emocionar. Li muito sobre o tema, e quanto mais ei li, mais me identificava com inúmeras situações, que sempre me angustiaram, mas que nunca foram diagnosticadas. Meu Deus, será que tenho TEA nível 1, e nunca soube? Isso explica o quanto sofri na escola primária? Os barulhos insuportáveis, que me irritam tanto, que me descontrolam? E quando alguém grita comigo? Nossa, o que sinto é quase uma explosão interior. E comer sempre o que gosto, sem variações? “Você não enjoa?”, é o que mais me dizem. e ficar sozinho, que eu tanto gosto? E o sofrer para montar minhas aulas: minha dificuldade de concentração me obriga a levar dias, de modo perfeccionista, muitas vezes até me tirando o sono? (já me levantei de madrugada para reescrever minha aula, porque “aquilo” não me saía da mente). Não sou grosso, nem estúpido, porque me controlo além das minhas forças, mas de repente, ninguém me segura mais. Detesto incomodar as pessoas e me dizem que sou “chato” porque tudo o que faço não pode interferir na vida dos outros. Encontrar esse site me motivou a “falar com alguém”. Confesso que meu peito ficou apertado com tudo o que li sobre o tema. E a sensação de “uma explicação lógica” me veio. Será que tenho TEA? Nossa, isso explicaria tanto da minha vida para mim mesmo…

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Arnaldo! É sim possível. Para ter certeza, indicamos procurar atendimento com um neurologista especilizado em autismo. Esperamos que encontre as respostas que procura. 💙

  155. Rafael disse:

    Olá, boa tarde, me chamo Rafael.
    Sou casado, minha esposa é educadora e nestes 8 anos de casados ela sempre falou que sou autista.
    Após um encontro dela com uma Psicóloga, ela certificou que sou autista. Respondi a 4 questionários e todos deram positivo.
    Hj tento me reencontrar dentro dos meus sentimentos, e infelizmente não consigo.
    Sinto muita irritação, muita pressão na cabeça sempre que tento mudar e melhorar os sintomas que existem dentro de mim.
    Tenho procurado estudar vários artigos, mas tentar me reorganizar, mas tem sido difícil.
    Tenho praticamente todos os sintomas; rotina, isolamento social apesar de ser palestrante, barulho, luminosidade, toque me irrita muito.
    Demoro muito pra entender expressões, piadas e quando estou em reunião faço movimentos repetitivos com o corpo para tentar organizar minhas emoções.
    Tenho muito quadros depressivos, não tenho sentimentos.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rafael! É importante buscar atendimento com um(a) psicólogo(a), pois isso pode ser muito valioso para ajudar você a entender melhor o autismo, você mesmo e até a enfrentar esses quadros depressivos de maneira mais eficaz. Indicamos também conversar sobre tudo isso com um psiquiatra, que pode identificar se existe a necessidade de medicação para esses quadros depressivos e até mesmo qual o tipo de depressão (exemplos: depressão maior, bipolaridade, etc.).
      Obrigado por deixar seu comentário. 💙

  156. Nelson disse:

    Olá, boa tarde. Me chamo Nelson e tenho 45 anos. Meu primeiro filho tem 3 anos e apresenta características do autismo. Isso foi notado pela minha esposa e quando ela me dizia suas suspeitas, eu rebatia até com certo humor, dizendo que tá tudo bem com ele, pois as características dele são as mesmas que eu possuía na infância. Seguimos as orientações e indicações da pediatra e de fato ele é autista. Ainda falta concluir o diagnóstico e identificar o nível.
    Como as características dele hoje, são as mesmas que eu tinha quando criança, tudo indica que eu seja também. A suspeita foi reforçada lendo este artigo e participando de uma entrevista com a neuro que cuida do meu filho. Não sabia nada sobre isso, mas de certa forma me senti aliviado por saber as causas de certos acontecimentos comigo, principalmente no que se refere a socialização. Depois de concluir as investigações com meu filho, vou procurar saber sobre mim também. Mesmo sentindo certo alívio, ainda é algo que me assusta.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Nelson. Ficamos felizes em saber que você vai procurar saber se está no espectro. Esperamos que essa resposta te traga ainda mais alivio. Continue se informando sobre o TEA. 💙

  157. Cris disse:

    Olá, sei que é uma postagem referente a autismo em adultos. Mas caí nesse artigo e resolvi perguntar. Meu filho tem 7 anos hoje. Em cada fase de seu desenvolvimento percebo algumas características bem diferentes dele em relação a minha filha, que tem 10 anos. Quando bebê, ainda de colo, nunca gostou do toque, aproximação de pessoas desconhecidas ou de pouco convívio que chegavam junto para alisar seu cabelo, chamar de lindo… ele sempre rejeitava e expressava raiva. Comigo, seu pai e sua irmã não fazia isso. Demorou para falar. Quando tardiamente começou, encontramos muita dificuldade com muitos formas e por não se sentir compreendido, parece que isso trouxe mais timidez e recolhimento. Começamos a fono com ele, que o destravou e o fez melhorar bastante. Davi hoje se relaciona bem com as crianças da escola, com um grupo mais restrito. Mas percebo que quando saímos juntos para um parque, shopping ou qualquer lugar em que ele visualiza uma outra criança, ele chega junto e faz amizade. Algumas coisas me chamam muita atenção: dificuldade de dar um beijo(diz que tem vergonha), mas abraça (apenas quem ele conhece); tem alguma seletividade alimentar (dificuldade de experimentar alimentos novos, só quer comer o ovo de uma única forma todo dia no café da manhã e no jantar); nao gosta de comer frutas (exceto banana com aveia, nunca pura); não gosta de pegar e nem ficar nem perto de frutas na mesa; não gosta muito de se sujar com massinha ou coisas parecidas; acho que tem empatia sim, mas não sempre; as vezes coloca algumas palavras de foma fria, sem pensar no impacto dela sobre o outro.. Já conversei com algumas pessoas

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Alguns dos comportamentos que você apontou são sim possíveis sinais de TEA. No entanto, apenas um especialista pode dizer isso com certeza. Indicamos que ele seja atendido por um neurologista especializado em autismo.
      Um abraço!

  158. Cris disse:

    continuando…
    já conversei com algumas pessoas, mas todas dizem que estou preocupada em excesso. Mas algumas pessoas da família sentem quando ele não aceita muito o carinho, achando estranho o seu comportamento…
    Devo me preocupar?

  159. Rafael Ribeiro Gonçalves disse:

    não acho que tenho TEA, porém tenho algumas manias.
    -ODEIO luz forte,
    -ODEIO lugares cheios,
    -nao sou fã de abraços, normalmente recebo abraço de pessoas do meu ciclo familiar “pai, mãe e tia”

    -ODEIO contato visual porque pra mim a pessoa vê algo estranho em mim, mesmo que isso pode não ser verdade, mais n consigo controlar.

    -nao gostos de som alto, as vezes até a goteira da pia da cozinha me estressa.

    -nao é sempre,mais as vezes tenho dificuldade em dormir pq parece que eu tento conversar comigo msm ” acho q sou louco kkkk”.

    sou meio restrito a comidas, por exemplo comidas com a textura mole, tipo o pão quando vem quentinho da padaria e fica “suado” aí já nem como.
    não como carne por causa do cheiro. pra mim tem cheiro de sangue, independente do banheiro.

    odeio luzes com defeito, que parece q tá piscando.

    Ah e as vezes falo “coisas com as pessoas” que depois que já falei percebo q fui sincero e n era aquilo q a pessoa quis ouvir

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Indicamos procurar por um neurologista especializado em autismo para investigar a possibilidade, pois são características que podem se enquadrar.

  160. Juclau disse:

    Eu tenho 35 anos E faz anos que pela rede pública procuro ajuda , talvez agora eu consiga receber o diagnóstico, mas ainda não recebi.
    nao tenho filhos , as pessoas até gosta de mim Mas não consigo viver vendo elas , porque eu não penso como elas e isso me faz ficar afastada , não é como uma rotina de alguém que conversa com várias pessoas e consegue absorver e não guardar
    eu vejo as pessoas fazendo as coisas com facilidade, vivem se atropelando mas falam que isso é normal . Eu penso e penso e penso diversas vezes antes de tomar qualquer atitude. efim espero em Deus que eu consiga o diagnóstico pq eu não suporto mais viver sem conhecer eu , pq eu não consigo viver com as pessoas eu não concordo com nada nao aceito a forma como os normais vive . Pq quando eu abro a boca as pessoas já me nota diferente .. estou muito desanimada pq infelizmente eu só consigo viver me afastando de tudo e de todos . As vezes não vejo a hora não Não estar mais neste mundo , as vezes queria me esconder de tudo e de todos .
    Mas o mundo é dos normais .. Mas eu não vejo os normais fazendo as coisas certas pq eu sempre eu vi isso das pessoas que eu não sou sou normal, e sempre falam vai procurar ajuda , e escutei isso a vida inteira. Mas na fase adulta tq ter dinheiro pra ter um tratamento pq a rede pública não dá um suporte eles passa uns remédio pra depressão eu tomo mas a forma que penso continua a mesma. trabalho até consigo fico um mês até o tempo da experiência e me mandam embora
    ou seja não tenho auto estima mas para nada e difícil Mas tq viver ne

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Sentimos muito que esteja tendo dificuldades em acessar os atendimentos que precisa pelo SUS. Sugerimos que procure atendimento psicológico social em universidades da sua região que ofereçam suporte mais acessível e torcemos para que encontre as respostas que procura. 💙

  161. Francisca caindo da silva disse:

    gostei da matéria, tenho 63 anos e acerca de um mês recebi o laudo que sou autista leve e sou hiperativa.e quase não acho reportagem ou matéria sobre o autismo em pessoas adultos.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Francisca! Ficamos felizes em saber que você gostou do conteúdo, e é também muito legal saber que você recebeu o diagnóstico. Esperamos que isso te traga muitas respostas e autoconhecimento. Um abraço. 💙

  162. Jhonatan Da cruz disse:

    Oi, tenho um amigo q trabalha,mora sozinho é totalmente independente ,mas diz q em sua casa ao se deitar e começa pensar nas coisas,ele começa a balançar a cabeça é as mãos ,qual o nível de autismo? ele deve procurar fazer um acompanhamento com profissionais sobre autismo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Só as características isoladas não necessariamente significam que é autismo. É importante ele buscar atendimento com um neurologista especializado em autismo para uma avaliação.

  163. j disse:

    eu estava escrevendo um puta comentário, descrevendo o quão minucioso sou somente com o que é de meu interesse. Pode parecer confuso, mas isso não exclui coisas com as quais eu sou completamente indiferente, que não me geram interesse. Quando inesperadamente de alguma forma se fazem necessárias e ou, ligadas direta ou indiretamente ao que de fato me interessa.
    Nunca me interessei por transtornos mentais, e pra ser honesto eu nem sabia do q se tratava. Síndrome de down, era minha ideia de deficiência. Não querendo ser desrespeitoso. Mas na minha ignorância as únicas condições que de fato poderiam ser consideradas deficiência seriam aquelas nas quais implicações, sintomas faziam se fisicamente visíveis, alguém que não tem como responder por si. Não teve culpa, ou escolha. Não ter controle sobre oq o mal que o aflige. Depressão e ansiedade eram besteira, algo real mas besteira pq na minha concepção era uma escolha. Não sei se me fiz entender. Mas resumindo, cm o tempo tive depressão sem saber. Busquei alívio do meu sofrimento e preencher meu vazio nas drogas, quando não pude mais suportar me ver daquela forma, busquei algo capaz de preencher o vazio e aliviar o sofrimento, a família. A mesma família que causou em grande parte o sofrimento e o vazio… esse em sua totalidade. Não é algo que eu queira compartilhar, mas preciso q entendam que eu passei os últimos 10 anos em depressão, na maior parte do tempo sem saber boa parte negando, afinal tinha que ser qualquer coisa. Consegui não sair daquela situação, de vazio e sofrimento. Mas compensei, fugi, me escondi. Completando o vazio cm minha ” família ” já o sofrimento, esteve presente todo dia. Eu não me vejo como vítima. Mas nunca entendi o pq de muita coisa na infância. Depois de lutar e reconquistar meu ” lugar ” pra preencher aquele espaço vazio, o mesmo que causou a dor, consequentemente o vazio me tirou oq eu tinha reconquistado. Que na verdade era só estar perto. Me sentir parte, da minha própria família. Eu nunca matei, nem roubei, sem passagens ou atos ilícitos, a não ser as drogas que faziam mal só a mim. As mesmas que já não usava. Mas não vem ao caso pq a primeira vez em 10 anos que tínhamos realmente uma convivência, ou assim eu pensava, terminou por que tomei um copo de vinho. Garrafa na geladeira. Não existia comida ou bebida de alguém, era pra todos. Fui tratado de forma que não sou capaz de compartilhar, ainda assim pedi perdão. Ainda que se me fosse dito pra não mexer, eu não mexeria. Mas não foi dito. Mesmo assim, perdão! eu pedi. Tendo tomado um copo a garrafa ainda está cheia, mas se ainda for um problema eu compro outra garrafa. Daí então me foi dito: ” o problema não é o vinho! ”
    Nunca respondi bem a ameaças, ordens, submissão, e fico muito menos inclinado a mediações quando, a questão, motivo de romper a família, não era de fato o problema. Educadamente perguntei qual era a porra do problema então 🤷 Alguns diriam que falei com o respeito, pensem oq quiser. Meu pai de fato. Quer dizer que ele tem um filho. Não um bicho que ele pode simplesmente por uma colera, ele pode xingar, bater, abandonar por na rua sem motivo algum. Eu aceito quaisquer consequências por qualquer erro que tenha cometido. Isso aconteceu já vai fazer 2 anos mais ou menos, ele não disse oq de fato eu fiz. Se é que eu fiz. Isso deu início a pior crise depressiva que eu tive. Uso constante e diário de drogas, eu dormia apenas um dia na semana. Falem e pensem oq quiser. Muitos dizem que viciado inventa motivos pra usar. Eu vivi assim por 5 meses, cocaína todos os dias o dia inteiro. A ponto de ainda assim comer, trabalhar, fazer tudo normal até pq a droga me possibilitava levantar da cama sem pensar naquilo e sem sentir que se eu não sirvo no único lugar biologicamente programado pra me amar, que lugar teria eu no mundo? q lixo de pessoa é essa🤷 Fiz isso pra poder resolver o problema dentro de mim. Fato é que eu não conseguia viver em paz sem entender oq aconteceu.
    Talvez seja meu maior defeito, tudo que eu toco, faço, ou vivo eu compreendo. Não consigo simplesmente passar pelas coisas. Tenho que entender. O mundo já não fazia sentido. A vida na vdd. Então compreendi que fiz oq pude. Eu quis resolver o problema, então o problema já não era o problema. Perguntei então qual seria o problema 🤷 pra eu ter a chance, poder me redimir. Até Hj essa ” oportunidade ” não me foi dada. Não sei de de fato causei um problema, como eu disse tudo que eu toco compreendo. Eu entendi oq ele se tornou , pq a vida não foi nada fácil. Acho que a primeira pessoa a ver por traz da armadura. Quando falei isso, tentando foi demonstrar orgulho. Meu palpite, hj é algo que eu antigamente daria a vida se preciso mas não concordaria, não acreditaria, pois impossível ele romper por se sentir vulnerável, alguém saber que no fundo ali tem um coração. E muitos erros. Pq ele me criou sendo forte, correto, justo, digno e honesto. Teoricamente pelo menos, ele é a pessoa que nunca vi desabar em qualquer situação, sempre firme. No passado errou muito até certo ponto aonde ele mudou, certo passou ser certo, errado… errado. Claro, certo e errado em muitos aspectos na vida é algo muito subjetivo. Porém ele m ensinou ” a vida é feita de ação e reação “. Entendi que oq plantamos gera frutos que temos que colher. Resumo, oq o homem faz ele assume independente das consequências. Esse é o palpite, no certo e errado (subjetivo) dele, ele deu uns tropeços mas conseguiu ser ” exemplo “. Não sei se orgulho ou vergonha, mas hj acredito ser possível ele ter rompido pra não assumir que errou. Como se fosse deixar de ser o quem é. Logo após, eu soube se um certo cara que ia abandonar a família p ir morar com outra pessoa, só precisava achar um pretexto 🙋 eu.
    Desde criança lembro de momentos em que minha mãe chorava sem parar, eu queria ajudar ela dizia ” não adianta tem que deixar sair ” eu nunca entendi.
    Durante essa terrível fazer da depressão eu tive duas crises de choro, eu simplesmente não conseguia parar.
    Descobri, que é uma espécie de crise de ansiedade.
    Ele dizia q era frescura dela.
    enfim, aceitei a depressão, ansiedade, e fiz alguns testes personalidade, depressão, ansiedade, transtorno bipolar, tdah,autismo em torno de 130 e QI 159.
    Se fossem entrevista de emprego eu estaria em uma ótima posição, poderia escolher. Notas altas em todos os testes.
    Evidente que não desisti do texto o qual me referi no princípio. Sou muito literal o detalhista, os sintomas p autismo leve e médio, alguns tbm se. encaixam em depressão, ansiedade, e tudo mais. Pensei tbm, que apesar de nunca estudar sempre fui bem na escola. E que não tenho problemas em socializar, nem em comunicar e tbm apesar de não me importar sei ler a expressões das pessoas, entendo a indiretas e recados subliminares. E não sou nada inocente, e vejo a maldade. Pensei no teste, dizia q principalmente pontuações acima de 120 indica um alto grau de autismo. Mas os sintomas não fazem sentido, não pra autismo, foi oq pensei pois, escolhi m isolar das pessoas não é uma condição de saúde, sou aparentemente inteligente, não gosta muito de receber ordens, não sou apreciador de regras além do que a constituição já fornece mas não tenho tendências criminosas.

    Então comecei lembrar que eu tenho língua presa falo normalmente mas na infância eu tinha problemas em me comunicar, claro a língua presa em si não está relacionada, mas isso junto ao desconforto em estar com as pessoas. Sempre fui de certa forma incoveniente, sincero e nunca entendi o por que de ter que me encaixar na sociedade. Um monte de pessoas, casa uma do seu jeito, mas eu tenho que mudar? sempre preferi fazer as coisas sozinho, não pq não gosto de pessoas, mas sim pq são poucas as que realmente gosto da companhia, e tbm menos ainda entendem minha forma de pensar. Não que eu procure ser compreendido, e apesar de hj entender a necessidade das pessoas em socializar eu não simpatizo com a ideia de conhecer pessoas só por conhecer, sair por sair, jogar conversa fora. Assuntos rasos, sem conteúdo só pra não me sentir sozinho. Não tive amigos na infância, saí de casa cm 15. A parte da maldade e da inocência, eu era muito inocente e não tinha maldade com as pessoas. Não sei como seria possível o autismo sendo que é uma condição do próprio espectro. Mas depois de alguns anos e muitas decepções das pessoas mais próximas, eu deixei de ser inocente. E a maldade que conheci virou um escudo, passei a fazer oq me fizeram. Achava q era normal, já q eu sempre fui o estranho aquilo devia estar certo.
    Até uns anos atrás, aonde comecei a pensar, discordar de mim mesmo, comecei a me entender. Que no fundo eu só buscava a companhia das pessoas por que sempre me foi dito que eu não era nada, não seria nada, não conseguiria ser alguém. Mas busquei nas pessoas o ” valor ” que m foi tirado, no trabalho a sou de certa forma reconhecido, sou alguém.
    Um valor que não passa de momento e conquistado cm maldade e sofrimento, um reconhecimento que não aproveitei pois tava preocupado em ser alguém e ao mesmo tempo buscando ser eu mesmo, eu sou músico não tem como a minha personalidade sobreviver falando oq ninguém quer ouvir por mais correto q seja. Me adaptei. Nas relações, resumindo sou isolado. saio de casa pra comer, e trabalhar. No trabalho evito opiniões contrárias, as pessoas não precisam e não querem de fato saber oq penso e pior, estão acostumadas com círculos sociais politicamente corretos. Ou seja, falsidade. A partir do momento q acordo minha mente não passa um segundo sem pensar alguma coisa, e não para de pensar até chegar na origem, nós mínimos detalhes. A droga me faz n m sentir mal, e pensar mais rápido desprendidamente. Não fico preso horas pensando, lamentando, dialogando cmg mesmo sobre como fazer dessa merda toda algo de bom, positivo?
    Não quero ser igual as outras pessoas, casa um nasceu com suas características, e tudo q acontece na vida, experiências boas e ruins moldam quem somos e seremos. Mas como qualquer outro, não quero viver sozinho. Mas não posso perder tempo e o resto de sanidade que m resta com pessoas q ao menos querem de verdade fazer algo bom, certo, sincero.
    Escrevi tanto que nem lembro pq vim parar aqui.
    Não esquecendo, tenho problemas não em conhecer pessoas, só não consigo conversar ou consigo mas não quero. Difícil eu assistir filmes ou séries que eu já não tenha visto. Chato pra comer, e algumas das comidas que ” não gosto ” sequer provei. Adoro o cheiro de arroz de leite, mas nunca comi por causa da textura por exemplo.
    Não posso passar as unhas em qualquer tipo papel.
    Não gosto de proximidade, gente perto a não pessoas que eu realmente goste, acreditem… são muito poucas.
    Talvez desnecessário comentar, mas hj opto por estar permanentemente sozinho pq quando tinha encontros casuais só pra, né… quando terminava eu não suportava ficar perto da pessoa. Tbm passei a me sentir mal quando a pessoa de fato queria carinho, atenção e eu não conseguia.
    enfim….
    Não sei se é autismo ou a família toda dos transtornos e doenças mentais. obrigado pela atenção!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Sentimos muito que tenha passado por tantos momentos difíceis. Para ter certeza se é ou não autista, é importante buscar atendimento com um neurologista especializado no TEA. Se esses testes que você mencionou foram aplicados por um profissional, você pode levar os resultados para que sejam analisados pelo médico.
      Torcemos para que encontre as respostas que procura. 💙

  164. Erick disse:

    Como a habilidade de entender mensagens sublimiares poderia ser aprimorada?

    Me autodiagnostiquei com autismo após transcorrer o caminho do tratamento de um filho com autismo entre leve e moderado.

    Contudo nenhum profissional incluindo psicólogos, neuropediatras, renomados confirmaram o diagnóstico. Mas percebo que eles na verdade não se aprofundaram sobre essa tema em adulto. Até mesmo porque talvez fosse muito esforço para pouco benfício ao profissional.

    Mas como tenho acesso ‘a memória da minha vida’ fica fácil o diagnóstico e não vou entrar nos detalhes para não deixar mais longo do que já está o meu texto, essa é uma dificuldade sútil, resumir.

    Melhorei muito minha habilidade social lendo livros de auto ajuda como ‘fazer amigos e influenciar as pessoas’ e outros os quais não lembro o nome mas, no geral, são voltados para neurotípicos que desejam fazer amigos, vender livros, tudo muito conectado com a ‘tal’ ‘inteligência emocional’.

    Mas mesmo assim me esforço para ‘ter’ expressões faciais, já tive até o apelido de ‘sem expressão’ por colegas da minha tribo na faculdade. Mas veja que eu tinha uma tribo e eles gostavam muito de mim, pena que como o ‘divertido’. Além das expressões faciais tem a questão da comunicação ‘ironica’ ou sentimentos mais sutís das outras pessoas.

    Por fim, uma vez que os profissionais na área não são preparados para os ultra-leves, ficaria muito feliz com qualquer dica de ajuda como a que eu mesmo, implicitamente dei, qual seja, ler livros de auto-ajuda sobre expressões corporais e comunicação. Isso é importante porque ninguém quer ser visto como bobo, estranho, indelicado e etc.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Uma forma recomendada para melhorar habilidades sociais como a compreensão de linguagem não verbal é procurar um terapeuta especializado em autismo, sendo as abordagens mais recomendadas a terapia cognitivo comportamental e a análise do comportamento.

  165. Barbara araujo disse:

    Olá, fui diagnosticada como autista moderado que entrar no nível 2. Tenho muita dificuldade em interação social, tenho hiperfoco em assuntos e em animais e no meu curso de técnico de enfermagem. Já no trabalho tenho muita dificuldade em fazer contato visual, fico super mal com vários estímulos no trabalho em hospital com crianças autistas e barulho constate me tira fora de si, não consigo ficar sozinha no trabalho se não conheço ninguém fico totalmente apavorada e passo mal. Sou agressiva, não reconheço sentimento nos outros, não entendo metáforas e nem piadas, não tenho apego emocional a nada e ninguém, pra mim se morrer amanhã alguém que próximo, pra mim nada de mais, tenho obsessão em arrumar guarda roupa quando não tô bem. Se for descrever tudo que passo e tenho ficaria dia todo. Meu diagnóstico é recente, então não compreendo muita coisa e tenho 24 anos. Se vc for diagnosticado só falo uma coisa é melhor coisa em saber disso pk daí vc sabe realmente o que é, não fica se achando estranha é louca.

  166. Micheli MJ disse:

    Tenho 41 anos, ainda não tive diagnóstico de TEA mas me começou chamar minha atençao quando percebi o quanto sofro, desde pequena com sons que aos outros são comuns, a mim incomoda muito. Trabalho na saúde e auscultar os BCFs pra mim é uma tortura, mas não comento nada por vergonha e por que me acham exagerada. Eu resido em uma cidade e trabalho em outra, tenho uma rotina diária que sigo rigorosamente, me preocupei quando uma pessoa sentou no lado do carro que eu sempre sento e eu fui sofrendo muuuuuito da minha cidade até a outra por não estar sentada no meu lugar habitual.Nao gosto de surpresas e sair da minha rotina me causa um transtorno mental terrível, a ponto de pq uma colega que vai e volta comigo de carona, disse que não ia, eu fiquei tão transtornada que saí e deixei tudo aberto, literalmente as portas escancaradas. Não sei o que tenho mas sofro com isso e sei que normal não é. Tenho tripofobia, gosto das coisas alinhadas e sempre acho que eu fazendo fica mais reto. Enfim… se puder me ajudar, me dar uma luz, agradeço.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Micheli! Indicamos procurar por um neurologista especializado em autismo em adultos para investigar. De fato, os sinais que você relatou são comuns no TEA, mas só um especialista pode dizer isso com certeza. Torcemos para que encontre as respostas que procura. 💙

  167. Rebeca disse:

    olá meu nome é rebeca tenho 26 anos eu quero saber se tenho autismo porque eu nunca interagi na escola nunca entendia nada dos os professores falava não interagia com as outra crianças sempre tive dificuldade na escola eu sou uma pessoa muita ansiosa tem certas frases ou palavras que tenho dificuldades de entender eu fiz o teste online sobre o autismo e quase tudo que estava lá eu tenho eu ainda vou passar por um psicólogo mais quero saber se há possibilidade de ser autismo?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rebeca! Indicamos procurar por um neurologista especializado em autismo para uma avaliação. Torcemos para que encontre as respostas que procura. 💙

  168. Valdyney Mota Carvalho disse:

    Oi boa tarde me chamo Valdyney tenho 23 anos , eu quero saber se essa minha dificuldade em me comunicar com outras pessoas pode estar relacionado com o autismo?? Eu também não consigo olhar nos olhos de outra pessoa, sou bastante nervoso quando vem uma pessoa ficar perto de mim, geralmente eu não saio para nenhum evento porque eu nao consigo aguentar o barulho e as pessoas aglomeradas , então eu queria saber, como que eu posso fazer , e eu posso procurar algum órgão de saúde pra ver se eu tenho alguma coisa relacionado ao autismo????

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Indicamos procurar por um neurologista especializado em autismo para investigar. Torcemos para que encontre as respostas que procura. 💙

  169. Márcia Carvalho disse:

    Meu marido recebeu o diagnóstico de autismo aos 58 anos e ficou muito abalado, pois já está com dificuldades para achar um emprego nessa idade e se senti pior porque acha que é por causa do autismo. Ele está muito abalado, não sei como ajudá-lo porque tudo para ele não tem jeito já chegou a dizer que é retardo e isso não tem nada a ver . Ele está muito desanimado e revoltada. Não sei como posso ajudar já que todos as coisas para ele não tem sentindo, como ter estudado tanto, mestrado, idiomas e não consegue um emprego, me sinto de mãos atadas, porque ele não acha o mundo justo e não aceita nenhum incentivo. O que devo fazer. Obrigada pela atenção

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Márcia. É muito importante que ele procure ajuda psicológica para lidar com essas dificuldades. Isso pode ajudar muito! Indicamos a Análise do Comportamento.

  170. Sulamara disse:

    Eu sempre me senti estranha desde criança, minha mãe engravidou de mim na adolescência já tendo uma filha de 1 ano, foi um parto muito difícil, ela sofreu muito fui tirada a ferro, minha mãe não me quis e me deu pro irmão dela e a cunhada me criar quando eu tinha 5 meses, eu cresci com um pouco de mágoa dela por ter me dado, fui criada com muito amor e carinho pelos meus tios mas sentia um vazio dentro de mim por ter sido dada, minha (tia) mãe de criação disse q eu tinha algumas manias só dormia se fosse com ela, e tinha q colocar o dedo na boca dela pra dormir, q eu não gostava de brincar com outras crianças q tinha medo de ficar sozinha, q eu tinha alguns amigos q eu selecionava, e eu sou assim até hoje tenho 33 anos e tenho dificuldade de fazer amizade, tenho amigas mas é somente aquelas mesmas, não consigo me socializar com as pessoas, não me sinto bem no meio de multidão, hoje sou casada sou mãe, meu marido diz pra mim me entrozar com as mulheres e eu não consigo, fico só do lado dele segurando a mão dele, já me chamaram de ciumenta por ser assim mas não é verdade só não gosto de sair de perto dele, não gosto q meu filho traga os colegas pra dentro de casa porque o barulho de crianças me incomoda muito, sou obcecada por casa limpa, não gosto de nada fora do lugar, não gosto que ninguém me toque, não gosto de aparecer em filmagens fico muito incomodada, não atendo chamadas de vídeo só do meu marido e da minha mãe, não como carne de boi assada porque a textura dela me incomoda, não consigo prestar atenção nas coisas que as pessoas estão falando comigo, parece q estou no mundo da lua, muitos me chamam de estranha de metida que não gosta de se misturar com ninguém cresci ouvindo isso e sofri muito já tentei mudar mas não consigo, as vezes sinto que não sou desse mundo, mas lendo essas histórias me senti tão aliviada q pode ter uma resposta pra tudo isso q sinto, será que tenho autismo ?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Algumas dessas caracteríscas podem ser sinais de autismo, mas é necessário procurar um neurologista para investigar.

  171. Ana disse:

    Olá! Artigo muito esclarecedor. Tenho 43 anos e sinto que tenho alguns sinais… Tenho poucas amizades (apenas antigas)… queria fazer outras mas não consigo e me sinto muito sozinha… não sei iniciar conversas e nem manter…. não gosto que encostem em mim, e não me sinto confortável em encostar nas outras pessoas. Tenho problemas com textura para me alimentar… gosto de coisas que tem textura homogenia… Não consigo conversar olhando no rosto das pessoas pq me dá uma gastura…

  172. Maurício disse:

    Olá, me chamo Maurício, tenho 21 anos e me indentifiquei muito com os sintomas do autismo

    O que me fez questionar se tenho ou não foi entender que o autismo não é como a SOCIEDADE IMPÔS, pois existem muitos mitos que ela inventou sobre o autismo, e assim que eu obtive um melhor conhecimento eu pude entender que eu poderia estar no aspecto

    Tenho uma irmã autista, sofro constantemente com dores de ouvido ( já fui no médico ver se tinha algo errado e ele disse que não havia nada de errado com meu ouvido), sempre me achei esquisito por ter que imitar as pessoas para ser normal, eu andava esquisito então eu tinha que ver alguém andando para tentar imitar.

    tenho dificuldade de entender as emoções dos outros só entendo quando eles demonstran o mais óbvio possível ( estão chorando ou quebrando alguma coisa)

    Não consigo conversar muito tempo com as pessoas por algum motivo, sempre que alguém tentava puxar assunto como ( como foi o seu dia , eu respondia, normal , aí acabava o assunto).

    Tenho dificuldade de entender frases como ( é muita areia para o seu caminhãozinho ) , as piadas que a maioria das pessoas riam , para mim não fazia muito sentido então eu sempre tinha que fingir rir para parecer que eu entendi como todos.

    Não consigo conversar com mais de uma pessoa, eu consigo ouvir epenas uma e não todos, quando estou tentando escutar algo no celular e tem alguém ouvindo a tv eu escuto apenas o primeiro que eu estava prestando atenção e o outro se torna apenas barulho .

    tem outras coisas também mais ficaria muito longo então me desculpe 🙂

    então acho que posso estar no aspecto?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! É possível, mas para saber com certeza, é necessário passar por uma avaliação. Indicamos buscar atendimento com um profissional especilizado em autismo em adultos.

  173. Flávia disse:

    Olá, gostei do artigo, ele está claro e fornece diversas informações relevantes, mas gostaria de pontuar e solicitar que se puderem falem um pouco sobre o autismo adulto diagnosticado de forma tardia com foco na pessoa que está com burnout e quais são os tratamentos e saídas que o individuo tem para melhorar sua qualidade de vida. Obrigada 🙂

  174. Socorro disse:

    Bom dia. Identifico quase todas essas caraterísticas em uma pessoa com quem convivo. Como deveo abordar o tema com ela? Isso é recomendável?

  175. Larissa Olegário disse:

    Olá!
    Tenho alguns comportamentos que me levam a suspeitar que tenho TEA.
    Desde pequena sempre fui introvertida, não gostava de interagir com outras pessoas, de contato visual e tampouco de toque físico. Tenho algumas manias, principalmente com as mãos, sou extremamente organizada e gosto de organizar todas as minhas coisas de forma simétrica, gosto de planejamento e quando as coisas fogem do meu controle me frustro, tenho alguns rituais diários, é como se fosse um passo a passo que tenho que seguir todo dia, senão fico irritada, tenho costume de repetir as mesmas falas para os outros, como uma forma de esclarecer ainda mais o que sinto porque eu não me expresso muito bem.
    No momento, estou concluindo a minha graduação, estagiando em uma empresa na minha cidade, namorando, com poucos amigos, estou tendo acompanhamento psicológico, ainda não contei para a minha psicóloga sobre tudo isso.
    Faço faculdade pela modalidade EAD e a minha psicoterapia também é virtual, fico mais confortável assim, visto que não preciso manter um contato visual tão direto.
    No meu relacionamento, minha parceira muitas vezes fica estressada e perde a paciência comigo pois ela diz que eu não a entendo, até nas coisas mais simples.
    Para amigos, namorada e família, sou apática, insensível, fora da curva, pareço viver no meu próprio mundo.
    E se eu realmente for diagnosticada, muita coisa fará sentido em minha vida, não ficarei mais me martirizando por ser assim, diferente.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Larissa. Sua visão está correta, uma confirmação ou não do diagnóstico pode ajudar muito em seu desenvolvimento. 💙

  176. david knupp disse:

    tenho dificuldades de conseguir emprego por isso muita dificuldades me sinto um peixe fora da água

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, David. Existem treino de habilidades sociais para apoiar nessa parte, procure uma ajuda psicológica para tentar encontrar um caminho melhor para essa questão, não desista. Um abraço 💙

  177. Júlia disse:

    Olá, tenho um namorado de 34 anos, e desde o início sempre o achei estranho, tinha algumas atitudes em que eu não conseguia entender. Ele tem dificuldade ao identificar ironias e sempre me chama a atenção dizendo que eu tinha mentido, mas na realidade era uma brincadeira que eu fiz achando que ele entenderia. Não possui muita empatia, as vezes faz coisas que me machucam e é extremamente sincero. Tem a capacidade de falar por horas sobre temas relacionados a religião, mesmo não havendo muitas trocas de ideias sobre o assunto ele continua. Gosta de falar com pessoas e de se expor até de forma excessiva, quer que todos saibam quem ele é e também sente a necessidade de dizer que conhece a todos e sobre todos os assuntos.
    É super ligado em tecnologia, adora ficar no computador jogando, e quando não está fazendo isso está assistindo filmes, e um hiperfoco quando está estudando ou vendo algo no celular/computador.
    Uma psicóloga de onde ele trabalhava, já havia comentado com ele a possibilidade de ele ser autista, mas ele disse que entendia ironias e ela disse então que poderia não ser, porém eu que convivo mais com ele consigo perceber que algumas ironias ele tem dificuldade de entender sim, outras compreende, já que ele pode ser que tenha se acostumado ao longo da vida.

    Existe a possibilidade de ele ser autista observando essas características? Se sim, gostaria de receber algumas dicas de como lidar com ele, sem falar que ele pode ser autista, já que imagino que essa informação poderá afetá-lo psicologicamente.

    • Juliana Canavese disse:

      Olá, Júlia. Obrigada pelo seu comentário. Porém não é possível confirmar o autismo em seu namorado sem ele passar por uma avaliação. As características que você citou, embora se enquadrem em algumas avaliadas no autismo, não são suficientes para dar um diagnóstico, pois somente um profissional da área pode fazer isso. Você pode ver nosso texto sobre diagnóstico de autismo em adultos: https://www.autismoemdia.com.br/blog/diagnostico-de-autismo-em-adulto/ e tentar uma conversa com o seu namorado para ele buscar a avaliação, só assim será realmente possível você ajudá-lo e também entender os caminhos possíveis para lidar, caso o autismo se confirme! Um forte abraço

  178. VIVIANE CARVALHO disse:

    OLA, MEU NOME É VIVIANE, TENHO 43 ANOS, SOU CASA E TENHO 3 FILHAS. FIZ FACULDADE DE MATEMATICA E AGORA CURSO ENG CIVIL E TAMBEM TRABALHO. ESTOU EM INVESTIGAÇÃO DE TEA, POIS NUNCA FUI MUITO SOCIAL, MAS TODOS ME CHAMAVAM DE ANTIPATICA… ALGUMAS ATIVIDADES NUNCA CONSEGUI DESENVOLVER COMO APRENDER INSTRUMENTOS MUSICAIS E DIRIGIR. TAMBEM TENHO PROBLEMAS COM SONO, SONS E ALIMENTAÇÃO. ANDAR DE ONIBUS, SAIR SOZINHA, TER QUE FALA COM DESCONHECIDOS, ATENDER CELULAR E VARIAS OUTRAS COISAS SÃO UMA TORTURA. ENTÃO EU PASSEI POR ISSO A VIDA INTEIRA TENTANDO ME ENCAIXAR SEM ENTENDER PORQUE ERA TÃO DIFICIL PRA MIM

    • Juliana Canavese disse:

      Olá, Viviane. Obrigada por comentar por aqui. Que bom que decidiu investigar, o diagnóstico é muito importante para orientar as ações e ajudá-la nas questões que você descreveu. Tenha força e continue acompanhando a gente por aqui, um forte abraço!

  179. Márcio Silva Lima disse:

    Olá! Tenho um filho autista de 14 anos que crio só desde seus 6 aninhos. Porém o que me trouxe aqui fora por mim que, depois da convivência e cuidados, venho percebendo que as coisas não são tão normais para mim, eu as tinha, mas nunca dei importância e, só agora, nos meus 50 anos venho a analisar. Lembro-me que na escola, sempre fui muito calado, pouco falava, mas atraia colegas por conta da praticidade nas matérias e, também na igreja era assim. Hoje me sinto intolerável comigo mesmo, loop de latidos de cachorro, fogos; brigas, falatórios altos.. tudo isso me deixam tensos, ansiosos e inquietos. Só desabafo quando, por vezes grito. Tenho certas dificuldades em algumas tarefas e as evito, programando algo mais de rotina para não me sentir estressado.
    Queria saber se isso pode ou não ser sintomas de autismo adulto.
    Desde já, muito obrigado! Sucesso a todos e parabéns pela matéria. precisamos!

    • Autismo em dia disse:

      Olá, Márcio. Primeiramente, obrigada pelo seu comentário. Algumas características que você descreveu parecem ter ligação com autismo, porém somente uma avaliação profissional pode confirmar o seu diagnóstico, pois precisa passar por testes específicos e aí sim confirmar se você encontra-se no espectro. Você pode começar procurando um psicólogo comportamental para orientá-lo nessa caminhada de um possível diagnóstico, caso seja de seu interesse. Boa sorte e estamos por aqui!

  180. Daniella disse:

    O que é autismo limítrofe?

  181. Ivete_dalva disse:

    Agora compreendo e ficou esclarecido tantas situações e vivências. Finalmente li sobre o assunto “autismo” e ficou tão lúcido e claro.

  182. Ivete_dalva disse:

    Agora compreendo e entendo situações vivenciadas. Extremamente esclarecida com a leitura do assunto “autismo”.

  183. Sara disse:

    Tenho  uma incrível sensibilidade à alguns sons e a luzes. Não sei explicar, já fiz exames auditivos e nao deu nada. ninguém descobre o que tenho.
    Não vou comentar das esquisitices e limitações sociais, pois nunca achei que fosse um problema, sempre entendi que fosse apenas minha personalidade. Mas agora que li sobre os primeiros sinais fiquei chocada. Lembrei do que me minha mãe sempre conta como eu era quando bebê.
    Não gostava de colo, não chorava mesmo se estivesse com muita fome. Brincava o dia inteiro sozinha no berço sem nunca reclamar de nada. Apenas ficava balançando o corpo de um lado para outro. Até os 2 anos só tomava neston e nada mais. Ela tentou todo tipo de papinhas, frutas, sucos, mas mesmo com fome, eu não comia mais nada.
    É possível que eu tenha TEA?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Sara, Obrigada por dividir um pouco aqui o seu momento. Que bom que chegou até o Autismo em Dia. É importante que você busque uma avaliação profissional, pelo seu relato existem alguns sinais sim do TEA, mas somente com uma avaliação profissional é possível confirmar. Siga em frente e força. Estamos por aqui!💙

  184. ana clara disse:

    ola eu gosto de u rapaz autista
    e sou autista e me apaixonei por ele só que ele não e de amar muito ele fala uns assunto estranho gosta de video game fala que tem um outro lado que usa mascara que vive na escuridão estou com medo dele

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Ana. Um relacionamento afetivo é para fazer bem, concorda? Se tem sentido medo e está receosa em se relacionar é melhor rever. Um forte abraço!

  185. Sueli dOliveira de Luca disse:

    Gostaria de saber se uma pessoa que.tem esse transtorno pode se curar. Porque quando criança e adolescente, eu tinha muitos desses sintomas.
    Mas depois de adulta e de tanto me esforçar consegui vencer alguns desses sintomas. Mas de vez.em quando ainda.me pego c dúvidas a respeito, pois muitos.ainda se manifestam.
    Agradeço a atenção que dispensam não só a mim, mas a todos que procuram sua ajuda. Que Deus Jeová abençoe vcs.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Sueli, obrigada pelo seu relato. O autismo não tem cura, mas é possível sim que os sintomas mudem, que você tenha aprendido a se adaptar e existem os Níveis de autismo, se você tiver o transtorno, provavelmente seu nível de suporte seja o 1, mas isso só quem pode confirmar é um especialista através de uma avaliação. Um forte abraço!

  186. Erica disse:

    Depois de 20 anos junto com meu marido, ele foi diagnosticado com Asperger e passou a fazer muito sentido. Porém, os 20 anos sem conhecimento gerou um desgaste surreal nas minhas emoções. Sempre achei que era o temperamento. Agora diante do novo diagnóstico estou totalmente insegura de seguir o relacionamento, pq sei que será um processo longo de autoconhecimento e tratamento e nesse meio tempo, as explosões, os hiperfocos, vão continuar acontecendo e eu já não tenho mais estrutura emocional para lidar. Adoeci junto.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Érica. Sinto muito pelo seu momento, se sentir adoecida. É importante buscar um apoio psicológico para ajudá-la a atravessar esse momento, não deve estar fácil, mas com ajuda tudo vai ficar bem! Um abraço e muita força por aí.

  187. Gisléia Rodrigues Dias disse:

    Olá! Meu esposo tem autismo, não tem laudo, mas tenho certeza desse diagnóstico. Ele não aceita essa condição. É muito difícil conviver com um autista, principalmente quando não se aceita, isso porque eu já conheço as características, e tento compreender, porém é um desafio muito grande, principalmente por conta dos filhos, pois eles querem carinho, afeto, abraço, compreensão, presença paterna, mas o pai não consegue dar.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Gisléia, o diagnóstico só é possível com avaliação profissional. Nem sempre os sinais confirmam o autismo. Encoraje ele a buscar uma avaliação. Um abraço!

  188. Eliana Dornello Calazans disse:

    Olá!
    Sou recém diagnosticada autista nível 1 de suporte. Tenho 50 anos. Faço tratamento para depressão há vários anos. Sou professora e ultimamente, venho tendo maior dificuldade para exercer a profissão. Moro sozinha com meu filho, também nível 1 de suporte, de 12 anos, pois me separei do pai dele há 5 anos.
    Tenho uma questão: é que tenho muita dificuldade para dar conta das tarefas de casa, como limpar a casa, cozinhar todos os dias, não deixar estragar comida na geladeira. Tenho dificuldade de me arrumar, também, por exemplo, cuidar do cabelo, fazer as unhas, comprar roupas bonitas, me maquiar nem que seja levemente. Foco muito em minhas aulas particulares de inglês. Trabalho em uma escola de idiomas, à tarde. Tenho, também, bastante dificuldade de manhã, levantar, tomar banho, me preparar para o dia. Essas coisas, além da socialização e do que é comum ao autista, nível 1.
    Minha dúvida é se essas dificuldades em cuidar da casa podem estar conectadas com o autismo. Às vezes, me preocupo bastante com isso, pois parece que eu sempre preciso de alguém para me ajudar. Sempre tive quem me ajudasse, mas agora, depois da separação do pai do meu filho, sou eu mesma pra dar conta de tudo. Então, às vezes, tenho que pagar diarista. Tenho força pra limpar a casa e cuidar de tudo, não tanta, devido a um problema de coluna, mas minha casa não é difícil pra cuidar. O problema é que, de manhã, não consigo levantar muito cedo, e depois que levanto, tenho uma rotina demorada pra ficar pronta: banho, café, remédio, oração. Depois, percebo que tenho algo pra fazer, como ir ao mercado… ou me distraio com outra coisa que me chama a atenção, e o tempo passa que não percebo. Quando vejo, preciso organizar rápido a cozinha e preparar o almoço para que meu filho e eu não nos atrasemos, ele pra escola e eu para o meu trabalho. Chego à noitinha, cansada, e me planejo colocar a casa em ordem no outro dia, e às vezes, acabo me enrolando de novo. Sou muito lenta para realizar as atividades, qualquer que seja, pois sou muito detalhista e não consigo parar de ser.
    Ficarei imensamente grata se puder me responder e me ajudar a entender melhor essa questão!
    Desde já, agradeço por sua atenção e por esse conteúdo do seu site!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Eliana. Essa questão de não “conseguir dar conta de tudo” nem sempre tem a ver com o autismo, pode ser que por ser muito detalhista você demore mais para fazer as tarefas, mas também pode ser que sua rotina seja puxada mesmo, não é fácil manter tudo em ordem, algumas coisas ficaram para trás, o importante é não se cobrar tanto e aceitar que ter ajuda é algo bom, como por exemplo, ter a diarista te ajudando. No mais, tenha paciência com você mesma… um forte abraço 💙

  189. Ariane Fernanda frutuoso disse:

    Boa tarde, No meu caso, Não consigo ficar em lugares com muitas pessoas, odeio barulhos, roupas tem que ser a cor que ajusta aos meus olhos, comida somente 3 itens, já tentei modificar não consegui me da enjoos, Não consigo sair sozinha na rua, me distraio bem fácil, já fui atropelada várias vezes, e sou bem esquecida, panelas no fogo essas coisas não mexo mais, no último semestre minha mãe teve que vim morar comigo.

  190. SHARISY GIANNELY TEIXEIRA DE LIMA BARBOSA disse:

    Olá!

    Fui diagnosticada ano em fevereiro de 2023, tenho 32 anos, e tem sido difícil conviver com meus pais, ambos dizem que eu não limpo ou ajudo em casa porque quero, dizem que eu os vejo fazer todo dia e que eu deveria ir simplesmente por conta própria fazer as coisas! Isso me tira do sério, porque minha mãe sabia e suspeitava do meu autismo desde que eu era bebê, e nunca pediu pro meu pai me impor rotinas.

    Cresci acostumada a não fazer serviços domésticos porque eles nunca me colocaram isso como rotina e costume desde a primeira infância! E eles quererem que simplesmente eu agora adulta nunca acostumada a tal coisa, faça algo que eles nunca nem me estimularam na infância? R: Não, não vai acontecer! E eles tem que entender isso, e se querem que eu me acostume a isso como rotina, terão que se esforçar e planejar de forma criativa a maneira de me instigar a ver isso como rotina e costume.

    Quando falam que vejo eles fazer todos os dias e não faço porque não quero, eu os lembro que eles foram acostumados e colocados para fazer serviços domésticos desde seus 7 anos de idade por meus avós.

    Então é de uma tosquice muito grande fazerem e falarem as coisas que eles falam comigo!

    Isso não só me irrita como me desregula!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Sharisy. Deve ser difícil mesmo lidar com essa cobrança. Embora, algumas coisas relacionadas a organização façam parte da vida adulta, não é mesmo! Fique bem e com calma, tudo se ajeita. Um forte abraço

  191. SHARISY GIANNELY TEIXEIRA DE LIMA BARBOSA disse:

    Corrigindo: Fui diagnosticada em fevereiro de 2023;

  192. Flávia disse:

    Olá, eu li e reli o artigo e todos os comentários. Tenho uma situação muito peculiar em casa. Minha filha tem 21 anos hj, e faz uns dois anos ela tem lido, estudado a fundo sobre TEA e outros Transtornos de personalidade e comportamento, achei legal pois a namorada dela diz ser autista grau 1. Qto a isso tudo ok, digo sobre a orientação sexual, identidade de gênero e as coisas íntimas da pessoa. Eu tenho as minhas e não aceita o julgamento de ngm. Enfim. Durante a pandemia minha filha regrediu nos comportamentos, ficou mais dependente de mim, se isolando qse totalmente e não cuidando da higiene pessoal. Eu observei e pensei que era uma depressão ou uma melancolia, poxa quem não se desespera qdo 10 mil pessoas morrem por dia e não temos uma vacina. Compreensível. Mas ela não melhorou mais e um dia me falou que se identifica com oos sintomas de TEA. Não me abalou a ponto de me desesperar, mas juro, ela foi uma criança normal, nunca teve nenhum dos sintomas que li em nenhum artigo, ou ouvi de ngm(tenho uma amiga próxima com um filho autista), ela nunca demonstrou nada. Era um pouco tímida no início da infância, e nem sei se era timidez, a gente teve uns momentos difíceis e talvez fosse insegurança. Eu sempre abracei, beijei, ela falou na idade média e ainda foi uma palavra grande e bem falada, ela brincava de inventar mundos, coisas lúdicas, fantasias, ela ria alto, fez muitas amizades, teve dificuldade na escola em matemática, ficou de recuperação, brigou comigo na pré adolescência, mas nunca se afastou de mim. Sempre teve acolhimento e aceitação. Nunca impus nada, sempre expliquei e deixei ela livre pra errar e aprender. Errei muito como mãe, acredito que ela tem algum trauma. E sei que tudo o que relatei faz parte da vida. A namorada tem tem muita influência na vida dela e nunca teve um diagnóstico, agora de tanto eu falar elas foram pra terapia e pra neuropsicóloga. Por favor, o que devo esperar daqui pra frente. Pq elas parecem obstinadas a ter um diagnóstico de TEA. Só falam disso. Não trabalham, não estudam, não saem de casa pra nada, ficam o dia todo no quarto, na cama, usando celular, isso não é vida. O que vcs sugerem que eu faça. Eu leio muito sobre isso pois tbm pois tive adulta tbm um diagnóstico de bipolaridade. Eu vivo bem hj, foi muita luta pra entender e lidar. Só quem vive sabe. Desculpa esse textão mas eu precisava falar com quem pode de alguma forma se identificar. Obrigada

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Flávia. Sinto muito por toda essa questão com a sua filha. É preciso mesmo uma orientação de um profissional da psicologia. Talvez buscando uma ajuda pra você, seja o melhor caminho para tentar ajudar a sua filha nesse momento delicado. Algo está acontecendo, é importante investigar. Um forte abraço, vai dar tudo certo, você não está sozinha!

  193. Denise Souza disse:

    Olá! Li a matéria e foi um achado importante, percebi que me identifico bastante! Nasci com insônia severa, tive terror noturno dos 5 aos 8 anos. Sempre me senti diferente, e sabia que me viam diferente. tinha aversão a comida, cheiros, tecidos, sons, melhorei muito com a idade, mas alguns sons me deixam mal, como por exemplo o som se copos se quebrando, o toque na minha pele me incomoda ao extremo, detesto lugares cheios, mesmo que eu conheça todas as pessoas no local, a sensação é de que todos são desconhecidos, minha zona de conforto é somente a minha casa, sou sensível a mudança do tempo, se o tempo ficar chuvoso, sinto cansaço, estufamento, suores gelados e um mal estar na cabeça, tudo ao meu redor tem que estar exatamente da mesma maneira, posição e por aí vai, sou compulsiva com tudo oq gosto. Por exemplo, se eu aprender a fazer um artesanato, vou fazer com perfeição, e vou ficar focada somente nisso, perco o interesse com todo o resto ao meu redor. Lidar com quem eu não conheço é um tormento, tenho dificuldade em interagir com várias pessoas ao mesmo tempo, mas sou engraçada e falante com alguém que eu conheça se eu estiver com no máximo mais uma pessoa junto. Encontro um padrão e relação em quase tudo, por exemplo moro ao lado da via Dutra, exatamente no mesmo horário eu percebo que o som dos carros mudam em determinada hora, e nunca erro. Tenho muita habilidade com plantas de casa e cálculos de materiais e nunca estudei para isso, amo fazer movimentos com os dedos, administro minha casa e o ganhos do meu marido muito bem. Eu sozinha mudei para melhor após os 35 anos. Percebo coisas que outros não percebem. Mas infelizmente tenho um mundo só meu, e nesse universo só existe eu, amo a vida mas, as vezes ela é um fardo, pq apenas uma ou duas pessoas percebem que há algo diferente comigo, apesar se estar sempre pronta a ajudar o próximo, faço a distância sem me envolver. Enfim, resolvi procurar uma psicóloga pq se não sou autista, sou algo que ainda não descobri. Parabéns pela matéria!!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Obrigado por compartilhar sua experiência de forma tão aberta e detalhada. É incrível como você conseguiu descrever suas vivências e sentimentos com tanta clareza. Procurar uma psicóloga é um passo muito importante para entender melhor suas particularidades e encontrar estratégias que possam melhorar ainda mais sua qualidade de vida. Parabéns pela coragem e determinação. E fico feliz que tenha se identificado com a matéria!

  194. Fabio disse:

    Excelente matéria, já venho há algum tempo tentando fazer o diagnóstico, tenho juntado o quebra cabeças da minha vida inteira de coisas “anormais” que passaram simplesmente como estranheza para outros e algumas vezes frustração para mim, estou com 43 anos, na minha infância/adolescência eu caminhava na ponta dos pés (aprendi a andar “correto” para me ajustar, nunca entendo entre linhas e sarcasmo, minha demonstração de sentimentos é quase nula, por inúmeras vezes acabo magoando as pessoas por falar de forma direta e sem filtro, hoje vivo o desfio de encontrar um profissional que faça o diagnóstico para que eu possa melhorar minha qualidade de vida.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Fábio. Fico contente que gostou da matéria. A tua experiência reflete os desafios de muitas pessoas na busca por um diagnóstico tardio. Encontrar um profissional especializado pode realmente fazer a diferença na qualidade de vida. Boa sorte na tua jornada para obter o apoio e as respostas que procuras. Um abraço!

  195. Maria E. disse:

    Eu tenho muitos problemas para socializar no sentido de não saber quais atitudes devo tomar e o que dizer. Sempre tive essa sensação de ser estranha no meio das pessoas, de não entender alguma coisa, como se eu estivesse tentando ler um livro com um idioma diferente misturado no meio sabe?
    Eu tive desconfiança de autismo aos 13, justo por essa minha dificuldade que me doía muito por si só. Mas descartei por características famosas do autismo como: seletividade alimentar, rotina, contato visual ou movimentos repetitivos.
    Só que então eu vi recentemente na internet, uma menina falando sobre autismo de nível 1 de suporte em mulheres. Fiquei novamente na dúvida.
    Descobri que tenho momentos em que fico repetindo musicas e frases na minha cabeça, mesmo sem verbalizar. Tenho um problema muito específico com textura de carnes, pois a textura dos nervos ou pedacinhos de ossos me dão ânsia.
    Tenho agonia de me abraçarem de repente, prefiro que eu mesma tome a iniciativa ou que pelo menos veja a ação chegando. Além disso, nunca me senti confortável para namorar, pois não gosto de beijar, acho sem sentido e desconfortável DEMAIS.
    Sobre olhar nos olhos, eu realmente olho. Não tenho TANTO problema sendo com a minha mãe, por exemplo. Mas com qualquer outra pessoa, me pego lendo os lábios na maior parte do tempo, coisa que já me chamaram a atenção.
    Também tenho stims e skin picking.
    Além disso, meus hiperfocos mudam bastante, mas sempre tive um interesse infinito por animais. Eu posso ficar dias vendo vídeos de formiga, cobra ou até mesmo cachorrinhos. Tudo sobre cuidados, necessidades, curiosidades e até valor. Já incomodei muito meus pais por ficar pedindo para adotar ou comprar animais pra mim. Especialmente quando eram animais que precisavam.
    Também tenho algumas questões que fazem eu me desentender muito com as pessoas. Tenho uma dificuldade tremenda de ouvir críticas e choro toda vez que isso acontece.
    Também tenho uma empatia cansativa, como se a dor das pessoas se tornasse minha. Às vezes penso que gostaria de ser egoísta, pois me causaria menos angústia.
    Tenho outras dificuldades mais aleatórias, como dificuldade de lembrar rostos ou perfeccionismo (como aquele exemplo de errar uma palavra e recomeçar o texto do zero, coisa que já fiz muito mesmo).
    Também costumo contar da minha vida pra qualquer um que converse comigo por tempo o suficiente pra chegar no assunto.
    Enfim, tenho muito medo de buscar diagnóstico e estar errada. Me sinto desamparada e sozinha.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Maria.
      Entendo como tudo isso pode ser confuso e desgastante para você. Suas experiências são válidas e fazem parte de quem você é. Não tem nada de errado em buscar respostas para entender melhor a si mesma. Pode ser útil conversar com um profissional que possa ajudar nesse processo, mas lembre-se que você não está sozinha. Seja gentil consigo mesma, e dê pequenos passos no seu tempo. É importante que você se sinta acolhida e compreendida. Um forte abraço e força!

  196. Vanessa disse:

    Eu antes de descobrir meu diagnóstico, as vezes fazia coisas que nunca eram do meu feitio, que nunca soube dizer se era do autismo ou realmente teve sempre mais alguma coisa errada em mim.
    Eu tenho 32 anos e recebi meu diagnóstico ano passado, porém sempre me senti diferente do resto do mundo, sempre tive dificuldade de me socializar, de me sentir bem em certos lugares, quando fazia amizades, tinha momentos que tava sempre conversando com essas amizade mas do nada eu me afastava, e as mesmas me xingavam pois relatavam que eu tinha esquecido delas, daí acabava falando coisas desnecessárias, que já até quase me prejudicou e pessoas se afastaram de mim por conta disso. Mas ao procurar a entender o porque sempre me diziam que eu não tinha cara que poderia fazer tais atitudes que devia ter algum problema comigo, mas até hoje não sei dizer se essas coisas foram algum dos sintomas do TEA. E isso me perturba sempre

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Vanessa.
      Entendo a sua preocupação. Receber o diagnóstico tardio pode ser confuso, mas é um passo importante para entender melhor suas experiências. Muitos dos comportamentos que descreveu podem estar relacionados ao autismo. É importante procurar apoio e informações para ajudar a lidar com esses desafios. Não está sozinho e existem recursos e comunidades que podem oferecer suporte. Força!

  197. Bruno Luciano disse:

    oi, eu não sei se sou, porem apresento vários desses sintomas, e sofro hoje dos resultados deles, hoje tenho 24 anos e desde sempre tive muita ansiedade e até fobia social, resultando em minha exclusão do conviveu social ainda na escola, hoje eu não sei oque fazer, não consigo nem ao menos sair de casa, e estou sempre só, quando mais novo eu não tinha entendimento sobre mim mesmo, e eu mal tenho hoje, sempre tive muita dificuldade de me expressar, eu sempre quis ser alguém normal mas, eu não sei o que fazer e não consigo enxergar um futuro, ultimamente em desespero tentei entender o que eu sou, eu só queria um lugar nesse mundo, ser um ser humano, é tão vergonhoso estar na mina situação

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Bruno. Primeiramente quero agradecer por dividir um pouco seu momento aqui. Agora quero dizer que não tem nada de vergonhoso em ser quem você é… mesmo sendo muito desafiante o seu dia a dia, para muitas dificuldade que você relatou, existem saídas saudáveis para o seu caso. Acredite, busque uma orientação com um profissional da psicologia focado em análise do comportamento, com certeza ele ou ela te dará o caminho para ir construindo uma vida mais significativa, por favor, não desista. Um forte abraço, a sua vida importa muito pra gente. 💙

  198. . disse:

    Tenho 15 anos, não gosto de barulho e de multidão, quando ,eu fico muito tempo em um lugar barulhento tenho crises de ansiedade e começo a chorar,eugosto de astronomia,matemática, marca de carros e astrofísica e música clássica eu tenho uma facilidade em calcular desde criança e já criei um foguete para ir para Marte, sem ajuda de ninguém,não gosto de afeto de pesoas que eu não tenho intimidade, gosto de rotinas, quando quebra a rotina fico um pouco chateada, tem vezes que eu não entendo porque pessoas choram mesmo estando felizes, eu gosto de conversas sempre dos mesmos assuntos que eu gosto,como eu citei,não gosto de fazer novos amigos, ando de ponta de pé, e desde criança eu balanço o lápis e o pincel, eu decoro muito rápido, eu já decorei 100 dígitos de pi em 10 segundos.

    • Juliana Canavese disse:

      Oi! Você parece ser uma pessoa muito inteligente e com interesses incríveis! Entendo que barulhos e mudanças de rotina possam te deixar desconfortável. Não tem problema nenhum em gostar de ficar na sua zona de conforto e de falar sobre os assuntos que você curte. Todo mundo tem seu jeito de lidar com o mundo, e o mais importante é que você se sinta bem. Continue explorando seus interesses e se permitindo ser você mesma, sempre no seu tempo! Caso vocês esteja desconfiada sobre autismo, é importante dividir isso com um adulto de sua confiança… um forte abraço!

  199. Walkiria Camelo disse:

    Olá, quero saber se existem caso de autista adultos se afastarem propositalmente da mãe ou pai, pois conheço de perto 2 casos assim. Existe algo na literatura ou algum estudo em que seja observado este comportamento? Conhece algum outro caso parecido?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi! Sim, existem relatos de autistas adultos que se afastam de familiares, e isso pode acontecer por vários motivos, como sobrecarga emocional, necessidade de independência ou dificuldade em lidar com dinâmicas familiares. Não há um padrão único, mas é um comportamento observado. Estudar cada caso individualmente é importante para entender o contexto.💙

  200. Nathali disse:

    Boa tarde!
    Tenho 30 anos e fui diagnosticada com TDAH, BIPOLARIDADE e TOC, mas ainda tenho sintomas que me incomodam muito e não consigo criar conexão com o meu diagnóstico, faço tratamento a 20 anos e meu psiquiatra começou a investigar Autismo.
    O sintoma que mais incomodam meu noivo e meus pais é o fator de eu não ser apegada a NADA nem pessoas nem bens materiais, sou muito apegada aos meus gatos eles me trazem uma calmaria muitas vezes quando entro em crise meus gatos que conseguem aliviar, outro sintoma que é muito forte é ficar suja e estar suja, sempre estou lavando as mão principalmente quando faço comida, meus banhos são longos, e na minha infância esse sintoma era minha principal tortura eu não me sujava na areia nem deixava pintar a minha mão com tinta guache eu entrava em desespero e pedia pra me limpar. Também na infância e até hoje eu assisto os mesmos filmes repetidas vezes só que tem um pequeno detalhe nunca eram desenhos, eu assistia titanic, a lenda do cavaleiro sem cabeça, Edward mãos de tesoura, e assistia MUITA tourada.
    Final de ano meus pais tinham que colocar algodão nos meus ouvidos pq eu entrava em crise e tremia muito e até hoje eu tenho sensibilidade de audição. Sempre tive foco em banheiros, antes de dar oi pra pessoa ou falar com médico qualquer coisa, onde eu chegava eu tinha que ir no banheiro e ficar um tempo lá. ODEIO chocolate coisas doces. Tenho dificuldade de socializar e as pessoas meio que me evitam por eu ser muito sincera pelo menos é o que me dizem. Não suporto sair de rotinas ou que mexam nas minhas coisas isso me incomoda muito. Eu tenho dificuldade de me expressar então eu escrevo muito, escuto musica, canto, danço, desenho, faço, pintura, tudo com a ideia de colocar para fora. Desde a infância não tenho muitos amigos na verdade tenho só 3. Se eu saio de casa fico perdidinha eu sinto que é muita informação e eu me canso muito rápido então meu noivo ou alguém sempre esta comigo porque acabou a bateria social eu durmo em qualquer canto ou eu começo a ser estupida porque não quero mais falar. As pessoas do trabalho falam que eu faço careta pra tudo que falam principalmente sorriso de sarcástica principalmente quando estão falando sério só que eu não reparo nisso, elas chegam a tirar fotos pra me mostrar.
    Bom tem mais sintomas mais se eu contar tudo vou escrever um livro. Gostaria de saber qual profissional você me indicaria para fazer o diagnóstico, porque eu não aguento mais os outros me chamando de esquisita.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi! Obrigado por compartilhar sua história. Parece que você passou por muitas experiências que podem estar conectadas ao autismo, e é totalmente compreensível essa sensação de não se identificar com os diagnósticos anteriores. Procurar um profissional especializado em TEA, como um psiquiatra ou psicólogo que tenha experiência com autismo em adultos, pode te ajudar bastante. É importante lembrar que você não está sozinha nessa jornada, e buscar respostas é um passo importante para entender melhor a si mesma. Fique firme! 💙

  201. Giovana disse:

    Olá, tudo bem?
    Me chamo Giovana e tenho 20 anos, recentemente uma amiga minha vem mencionando o fato de que tenho um cérebro neuroatípico, e possivelmente com TEA.
    Eu sempre fui uma pessoa que tem dificuldade de se relacionar com os outros, não lido bem com situações estressantes, alta sensibilidade com os sentimentos, nem tenho uma boa memória da minha infância, tinha dificuldades no aprendizado quando estava na escola, e sempre fico muito desconfiada das pessoas que se aproximam, como também, falo de forma formal as vezes sem necessidade. Atualmente, estou no 6° semestre da faculdade de direito e trabalho em escritório de advocacia, e sempre falam que penso muito rápido e tenho um ótimo desempenho tanto na faculdade quanto no trabalho, entretanto, estou em dúvida quanto a ser uma pessoa com espectro, e também já fui em uma psicóloga e ela nunca falou nada sobre isso. Sendo assim, poderiam me ajudar quanto a isso?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Giovana! Primeiramente, é muito positivo que você esteja buscando entender mais sobre si mesma. As características que descreve — como a alta sensibilidade emocional, dificuldades com socialização, e um estilo de comunicação formal — podem estar relacionadas ao espectro autista, mas também podem ser características de outras condições neurodivergentes ou apenas traços individuais de personalidade.

      Apenas um profissional especializado em TEA, como um psicólogo ou psiquiatra familiarizado com o diagnóstico de adultos, poderá oferecer uma avaliação detalhada. Já que mencionou que sua psicóloga não abordou o assunto, você poderia conversar diretamente com ela sobre essa possibilidade, ou, se preferir, buscar uma avaliação com outro profissional especializado em neurodivergência. 💙

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