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Postado por Autismo em Dia em 16/ago/2024 - 4 Comentários
Hoje vamos contar a história de Samara, 29 anos, casada. Tem dois filhos. Ela trabalha na clínica Espaço Singular, aplicando terapia ABA em crianças. Miguel de 6 anos e Judá de 1 ano e 5 meses. Ela é recém formada em psicopedagogia e está fazendo uma Pós em Transtorno do Espectro Autista. Reside em Extrema, mas nasceu em Bragança Paulista. Nesse texto, vamos ver o relato de Samara sobre a atenção que ela teve aos marcos do desenvolvimento de seu filho.
A história dela com o autismo surgiu devido ao diagnóstico do filho Miguel, de 6 anos.
Índice
Samara contou que a gestação foi tranquila até os 7 meses, foi quando Samara começou a ter problema de pressão alta. Talvez por esse motivo, ele nasceu de 36 semanas e meia.
Ela conta: ” O Miguel desde muito pequeno, sempre foi aquele bebê considerado tranquilo, hoje eu sei que não é que ele era tranquilo, ele não tinha tanto interesse em aprender coisas novas. Comecei a perceber com 1 ano mais ou menos que o desenvolvimento dele não estava de acordo, sempre fui muito curiosa, eu pesquisava tudo na internet. Eu falava isso pro pediatra. Por exemplo, na época de sustentar a cabecinha ficando de bruços, ele não sustentava ainda. Na época de sentar, ele não estava sentando. Então o desenvolvimento dele sempre foi um pouco depois do que devia ser. Ele andou tarde, com 1 ano e 6 meses. Foi quando ele fez 2 anos que eu bati na tecla que tinha alguma coisa errada.”
Samara relatou que percebia que o desenvolvimento motor dele estava muito atrasado. Ela comentava com o pediatra, mas sempre tinha a mesma resposta que teria que esperar o tempo dele.
Foi então que surgiu na vida de Samara a oportunidade de cursar psicopedagogia. Ela sentia que tinha que estudar para poder ajudar o filho.
Percebendo os marcos do desenvolvimento, ao estudar, viu que realmente estava em atraso o desenvolvimento dele, principalmente o desenvolvimento motor. Ela relatou ao pediatra o que percebia: ” Olha ele já tem dois anos, ele não dá cambalhota, ele não pula, ele não corre. O desenvolvimento motor dele é diferente.”
Quando Miguel fez 4 anos ele foi para a escola. Foi aí que a escola percebeu que o desenvolvimento de Miguel não estava indo bem e deu um encaminhamento para Samara passar com ele por um neuropediatra. Ele fez vários exames, um deles foi tomografia e ressonância.
Enquanto aguardava pelo diagnóstico, ele começou a fazer terapia ABA em uma clínica. Foi quando chamaram ela e falaram que provavelmente Miguel seria autista, nível 1 de suporte.
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A maior dificuldade de Miguel era motora e interação social, por este motivo, o primeiro diagnóstico foi de Transtorno da comunicação e interação social. Uns 6 meses depois voltaram e o médico manteve esse diagnóstico.
Depois de 1 ano, indo e voltando do neuropediatra e fazendo terapia ABA, o Miguel teve o diagnóstico de autismo nível 1 de suporte. Ela complementou: ” O nível 1, geralmente, é o mais difícil de diagnosticar. Pelo fato de muitas vezes não ter estereotipia, as crises são menores e tantas outras coisas.”
Portanto, foi com 5 anos que Miguel recebeu o diagnóstico de TEA. Samara relatou que pra eles foi um alívio, pois explicou várias coisas.
Assim que Miguel recebeu o laudo ele foi encaminhado para um tratamento multidisciplinar. Fonoaudiologia, 10 horas semanais de terapia ABA, terapia ocupacional, psicomotricista e psicóloga. Fazendo consultas semanais. Passou um período fazendo essas terapias, mas atualmente, devido a saída de Samara da empresa que tinha convênio, não foi possível continuar com essas terapias, pois no SUS ainda não oferecem essas intervenções para autismo.
Hoje estão dando o suporte pra ele em casa, enquanto estão atrás de convênio por conta própria para retomarem as terapias.
“Já tiveram muitos dias onde eu achei que não ia dar conta, eu acredito que o meu maior aprendizado foi ver que eu não precisava ser a super mãe, e que eu não dar conta, estava tudo bem. Que não há nada de errado com meu filho, ele é diferente como todos nós somos uns dos outros, e que eu nunca conseguiria fazer nada por ele na força do meu braço, pois Deus é quem faz, e cuida dele. Também aprendi que posso ser uma pessoa melhor olhando e observando o coraçãozinho dele.“
Foi o olhar de Samara para os marcos do desenvolvimento que contribuiu para o diagnóstico de seu filho. E, ainda, a insistência dela nos estudos sobre o atraso motor dele, impactou diretamente no quadro de Miguel. Esse olhar atento é fundamental para auxiliar profissionais da saúde com dados para fechar diagnóstico de TEA.
Esse texto foi um relato real sobre a importância da atenção ao desenvolvimento infantil.
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foi muito difícil para minha filha ,mas ela é meu neto Miguel são vitoriosos, parabéns pela força minha filha .
sei que a força que tem não vem de vc ,mas sim de Deus que sempre esteve contigo desde de o ventre .Te amo minha guerreira
💙
Para mim foi uma honra contar um pouquinho do quanto Deus é bom em nossas vidas ❤️
Oi, Samara. Que bom, ficamos felizes. 💙