Acompanhante terapêutico: 7 benefícios para o autismo


Postado por Autismo em Dia em 02/jun/2023 - 12 Comentários

Um Acompanhante Terapêutico (AT) é um profissional de saúde que atua com o paciente em ambientes diversos, para ajudá-lo a superar problemas de saúde mental e emocional. O AT é um profissional capacitado para prestar apoio e ajuda prática para pessoas com dificuldades em lidar com situações da vida diária. Ainda não é uma profissão muito popular, mas certamente pode ser de grande benefício para alguém no transtorno.

No autismo, cada pessoa pode apresentar uma dificuldade específica, dependendo do grau do autismo. Por isso, é essencial que uma pessoa autista tenha o acompanhamento de um profissional em ambientes como escola, consultas em terapias e, ainda, não exclui a possibilidade de a família contar com a ajuda de um profissional para auxiliar na rotina em casa.

Ainda que não seja tão fácil o acesso a esse profissional e que muitas famílias possam esbarrar em questões financeiras e sociais, é importante que se fale da possibilidade desse acompanhamento.

Agora, vamos conhecer mais a fundo os 7 benefícios de um acompanhante terapêutico para pessoas autistas?

Índice

1 – O Acompanhante Terapêutico ajuda com a comunicação

Muitos autistas podem apresentar dificuldades com a comunicação, seja por não entender o que alguém está falando ou até por não conseguir expressar muito bem o que gostaria. O AT pode utilizar técnicas para ajudar o autista a se expressar e também a desenvolver habilidades alternativas de comunicação, que deixe o autista mais confortável. Portanto, o acompanhante terapêutico também ajuda o autista a se conhecer melhor para trabalhar aspectos particulares da sua maneira de se comunicar.

Acompanhante terapêutico

Fonte: Envato/valeriygoncharukphoto

2 – Auxilia na interação social

O acompanhante terapêutico pode, ainda, auxiliar o autista a pensar em estratégias que facilitem o contato com outras pessoas. Seu trabalho proporciona, então, situações em que o autista possa interagir e ensina as habilidades sociais básicas para iniciar uma conversa de forma menos estressante. A própria troca entre o AT e a pessoa com autismo já é um treino importante para estimular a interação social.

Isso pode impactar diversas áreas ao longo da vida, seja na escola, em ambientes públicos e até na vida profissional.

3 – Melhora a qualidade de vida

É comum que pessoas que estejam no espectro, enfrentem dificuldades na rotina. Tanto para estabelecer uma rotina adequada, quanto com mudanças repentinas que podem gerar crises. Então, o AT auxilia a criar uma rotina e também ajuda a adaptar ambientes para que o autista se sinta mais confortável e seguro. Isso reflete diretamente na qualidade de vida, pois a sensação de segurança é, sem dúvida, uma das principais necessidades da maioria dos autistas.

Cada vez mais, é preciso pensar nessa direção. Pois existe um movimento grande para que os autistas possam ocupar espaços diversos, se sentindo incluídos. Isso com certeza, reflete muito na qualidade de vida!

Acompanhante terapêutico

Fonte: Envato/seventyfourimages

4 – Melhora a inclusão escolar

Os acompanhantes terapêuticos podem, ainda, ser um apoio do autista no ambiente escolar. E isso, sem dúvida, facilita a inclusão, pois o AT vai orientar tanto o autista quanto as pessoas que convivem no mesmo ambiente sobre como tornar a interação mais respeitosa e positiva possível. Além de poder orientar a escola sobre medidas efetivas de inclusão, levando em consideração aspectos individuais do autista. Afinal, como sempre lembramos aqui: quem precisa se esforçar pra se adaptar ao espectro e suas particularidades é toda a sociedade e não o inverso.

Vale ainda ressaltar, a importância das famílias de crianças autistas, entenderem das leis que amparam os autistas para reivindicarem os direitos sobre terem esse profissional atuando nas escolas.

5 – O acompanhante terapêutico também estimula a autonomia

O AT pode ajudar em atividades que são básicas na rotina. Por exemplo: se vestir, se alimentar ou cuidar com a higiene, tornando o autista mais independente. À medida que se entende a importância desses cuidados, se desenvolvem também a iniciativa para suprir as próprias necessidades básicas.

Mas também pode ir além, ajudando em atividades mais complexas, como: ida em mercado, farmácias ou qualquer local que seja de interesse do autista.

Acompanhante terapêutico

Fonte: Envato/seventyfourimages

6 – Ter um acompanhante terapêutico reduz a ansiedade

Não é incomum que pessoas no espectro apresentem algum grau de ansiedade, pois sabemos que a previsibilidade é uma das coisas mais importantes para os autistas. Portanto, a ansiedade diante de mudanças é muito frequente no dia a dia de autistas. O AT pode auxiliar na redução da ansiedade, elaborando estratégias diárias para tornar o ambiente mais seguro e, na medida do possível, mais previsível. Além disso, esse profissional é habilitado para ensinar técnicas de regulação emocional, caso o autista esteja em uma situação de possível crise.

7 – Melhora a compreensão do mundo ao seu redor

Pessoas no espectro, podem apresentar dificuldade em entender regras sociais e o AT pode auxiliar o autistas a melhorar essa compreensão. No dia a dia, o AT explica algumas situações e cria atividades específicas que estimulam essa troca com o ambiente.

O AT pode fazer atividades de compreensão das emoções de si mesmo e dos outros, desenvolvendo habilidades sociais que irão durar por toda a vida.

Acompanhante terapêutico

Fonte: Envato/drazenphoto

Quem pode ser Acompanhante Terapêutico?

Só podem ser um acompanhante terapêutico (AT) profissionais da área da psicologia, pedagogia ou terapia ocupacional. E, para cada pessoa no espectro, a demanda vai ser diferente, pois, cada um terá uma necessidade específica.

É recomendado que um AT trabalhe em conjunto com uma equipe multidisciplinar, entendendo que cada área vai atuar em pontos específicos do desenvolvimento. A troca de informações com certeza beneficiará muito a atuação do acompanhante terapêutico, tornando suas intervenções mais adequadas e efetivas.

Esperamos que você tenha gostado do conteúdo e que, se necessário, possa ter o auxílio de um profissional. Siga o Autismo em Dia nas redes sociais para acompanhar todos os assuntos que compartilhamos por lá sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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Até a próxima!

Referência bibliográficas

1- Site CFP – acesso em 27/03/2023

2- Site Genialcare – acesso em 27/03/2023

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

12 respostas para “Acompanhante terapêutico: 7 benefícios para o autismo”

  1. Rita de Cassia Sousa dos Santo da Costa disse:

    muito interessante o assunto pois tenho um filho que está com distúrbios

  2. Rita de Cassia Sousa dos Santo da Costa disse:

    muito bom esse artigo

  3. Rita de Cássia Souza dos Santos da Costa disse:

    Sou da área de pedagogia, fico contente em saber que está aumentando o campo de trabalho em nossa área. tenho um filho de 28 anos, Vitor Maradona dos Santos Satos.laudo de disturbio é muito dificio para os pais conviver essa realidade.sou de Belém do Pará, moro atualmente em navegantes sc.

  4. Idalina Claudia Marciano disse:

    Gostei do conteúdo, hoje curso Psicologia e tenho.interesse em me aprofundar nessa área, com intuíto de ajudar e melhor compreender todos aqueles em que eu estiver prazer em trabalhar.

  5. Alessandra disse:

    Para ser AT não precisa necessariamente já ter um curso superior, hoje já existe o próprio curso superior em Acompanhamento Terapêutico, eu estou fazendo é maravilhoso!

  6. Mariluce Tofoli disse:

    Sou terapeuta ocupacional atuando ,fico feliz que esta profissao esta sendo conhecida,é uma profissao muito bonita.Esta fazendo fazendo 20 anos que atuo.

  7. José Ivair Rodrigues disse:

    O plano de saúde é obrigado a arcar com os custos de um acompanhante terapêutico?

    • Juliana Canavese disse:

      Olá, José. A obrigação do plano de saúde em cobrir os custos de um acompanhante terapêutico depende do que está previsto no contrato do plano e das regulamentações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Brasil. Em muitos casos, essa cobertura pode ser negada, mas você pode recorrer administrativamente ou judicialmente. Recomendo verificar o contrato do seu plano e consultar a ANS ou um advogado especializado em direito à saúde para orientações mais precisas. Um abraço!

  8. Luciana disse:

    estagiário de psicologia, pedagogia e TO podem ser AT, nas escolas, de acordo com a legislação ou seria uma função exclusiva do profissional dessas áreas?

    muito obrigado

    • Autismo em Dia disse:

      Oi! De acordo com a legislação, o papel de Acompanhante Terapêutico (AT) geralmente é desempenhado por profissionais formados em áreas como psicologia, pedagogia ou terapia ocupacional. No entanto, estagiários dessas áreas podem atuar como ATs, desde que supervisionados por um profissional habilitado. Isso depende das normas da instituição e das diretrizes de cada estado ou município.

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