Carreiras para autistas: 6 opções para entrar no mercado de trabalho


Postado por Autismo em Dia em 09/mar/2020 - 70 Comentários

Após a regulamentação pela lei Berenice Piana, de 2012, o autismo, pelo menos no Brasil, passou a chamar, de fato, muito mais atenção de pais, professores, médicos e da sociedade em geral. Porém, o que é comum vermos é um foco muito maior em crianças do que em adultos. Mas é preciso considerar que um autista adulto pode acabar tendo uma dificuldade muito maior em sociedade, já que se finda a responsabilidade social dos pais e já não é mais possível se proteger pela pouca idade. Por isso, dando continuidade à primeira matéria sobre o tema, onde abordamos a situação do autista no mercado de trabalho, aqui você vai conhecer 6 opções que podem ser ideais para promover carreiras para autistas.

São profissões que se adequam ao estilo de vida e às peculiaridades das pessoas que nasceram – e a vida toda terão de conviver – com esta condição.

É importante observar, também, que o grau do autismo e a presença de deficiência intelectual torna parte das pessoas com TEA dependentes. Assim, várias opções que serão mencionadas a seguir vão depender do grau de limitação impostos pelo transtorno.

Fonte: Envato – Foto de Seventy Four Images

Índice

Profissões que envolvam animais

Profissionais da saúde recomendam, desde cedo, a convivência de autistas com animais de estimação. Principalmente os de pequeno e médio porte, como cães e gatos. Os benefícios já foram comprovados por diversos estudos. ¹

Os pets podem ajudar na socialização de uma criança autista, desde o grau leve até o grau severo, promovendo mais autoconfiança e um dia a dia menos ansioso. Os animais domésticos também podem criar vínculos com a criança autista a ponto de essa criança se interessar e buscar todo tipo de informação sobre o bicho. ²

Para crianças com alta sensibilidade a barulhos, o latido de um cachorro pode mais atrapalhar do que ajudar. Por isso, animais como passarinhos ou coelhos podem virar uma opção interessante. ²

E não são apenas os animais pequenos e possíveis de ter em casa que trazem benefícios. Os cavalos, por exemplo, tem sido grande aliados de terapeutas, que recomendam muitas vezes a equoterapia. Esse tipo de terapia auxilia na aquisição e desenvolvimento da linguagem, nas percepções físicas e psíquicas do próprio corpo e na melhora do equilíbrio. ²

Já pensou transformar isso numa profissão? As carreiras que os autistas podem desenvolver são as mesmas que qualquer outra pessoa. Abaixo, uma lista de cursos universitários – principalmente para autistas de grau leve, sem deficiência intelectual – para quem deseja trabalhar com animais:

  • Medicina veterinária
  • Zootecnia
  • Biologia
  • Oceanografia

E, se não for possível estudar ou trabalhar numa dessas áreas, ainda há opções mais acessíveis como banho e tosa e passeador de cães.

Fonte: Envato – Foto de Sofiia Shunkina

Ciências da computação e outras tecnologias

No artigo anterior sobre o mercado de trabalho para autistas, destacamos o crescente número de contratações de autistas no setor de tecnologia da informação, ou seja, aquelas profissões que envolvem programação, análises de informações, criação de aplicativos e softwares, infraestrutura de redes, entre outros.

Isso tem sido possível, de fato, graças à visão de grandes indústrias de que as habilidades lógicas e matemáticas, comuns e bem desenvolvidas em muitos autistas, podem acrescentar inovações aos negócios.

Outro fator que vem ajudando o ingresso de autistas nessas carreiras é a capacidade de concentração, ou seja, de ter atenção aos detalhes e de executar tarefas repetitivas. ³

O movimento do mercado nesse sentido está tão destacado que há mais de 14 anos a ONG Specialisterne – que nasceu na Dinamarca e há 3 anos também está no Brasil – recruta e prepara profissionais autistas para atuar em empresas do ramo da tecnologia. E eles garantem: mais de 94% dos jovens que procuram a ONG conseguiram uma vaga.

Fonte: Envato – Foto de Diego Cervo

Artes visuais

Ao ler esse título, algumas pessoas talvez façam ligações um tanto óbvias e previsíveis ao associar os termos “autista”, “arte” e “gênio”. No entanto, esqueça esses pressupostos, afinal, há um motivo clínico para que profissões que abrangem as artes visuais estejam de forma íntima ligadas ao autismo.

Por causa dos prejuízos com questões sociais como a dificuldade de reconhecer as emoções da face humana, muitos autistas preferem formas e objetos em vez de pessoas. 4

Por isso, a criança cresce habituada a uma existência em grande parte visual. A partir daí, é comum que essa pessoa desenvolva um talento para o desenho – já que lápis, canetas, tintas e giz de cera já fazem parte do universo infantil. E conforme vai conhecendo outros objetos como a câmera fotográfica ou o celular, as emoções desse autista ganham um leque maior de possibilidades de expressão.

Além disso, é importante observar que as artes visuais permitem uma subjetividade inerente à condição da comunicação autista. Elas permitem um universo de experimentação que atende as necessidades de pessoas que têm muita dificuldade de se adequar aos modos padronizados da sociedade neurotípica. 5

No mercado de trabalho, há diversas opções de carreira para autistas que demonstram interesse e talento pelos meios visuais. Se o dom está nos desenhos e no uso de materiais, por exemplo, é possível ser ilustrador, designer, pintor, escultor estilista ou até grafiteiro – e que não se confunda com pichador. Se há preferência em retratar as coisas como são, de forma mais palpável, o cinema, a fotografia, o teatro  e a arquitetura podem ser caminhos de grandes experiências profissionais.

Um exemplo inspirador

Em 2019, o jornal O Bonde contou a história de Nicolas Brito, jovem autista que vem vencendo o preconceito com o TEA realizando palestras pelo Brasil sobre sua experiência: Nicolas é escritor, com dois livros publicados, e seu trabalho fotográfico chegou a vencer um prêmio nos Estados Unidos. 6

Fonte: Envato – Foto de Ck Stock Photo

Estoque e logística

Outras funções que demandam alto senso de organização e padronização são os trabalhos ligados ao dia a dia da indústria. Grandes redes varejistas precisam, por exemplo, de profissionais focados nos estoque, almoxarifado, expedição, entre outros. Em todos esses casos, estamos falando de serviços de rotinas muito bem delimitadas.

Muitas empresas já estão contratando pessoas com TEA para ocuparem cargos como estes. Funções mecânicas, que poderiam, de fato, causar estresse em uma pessoa neurotípica, podem ser de alta satisfação para um profissional autista.

Trabalhos investigativos e que exigem boa memória

Saindo das profissões mais comuns, entramos naquelas que mais parecem coisa da ficção. Se você pensou em Sherlock Holmes, está no caminho certo.

Enquanto muitas pessoas podem interpretar que o silêncio de um autista é relacionado com um “mundinho particular”, o autista pode estar exercitando uma série de observações.  Aliadas com uma frequente memória acima da média, podem ser trunfos em profissões nada usuais.

É o caso, por exemplo, das profissões de pesquisador, jornalista investigativo e até – quem sabe? – detetive. A maior qualidade de um autista no desempenho dessas funções está na capacidade de separar a pessoalidade da apuração dos fatos. Tradutores, redatores, revisores estatísticos também podem se sair muito bem, caso sejam autistas. 7

Importante lembrar que, embora os autistas sejam detalhistas e tenham boa memória, a investigação pede fazer associações com fatos e fazer inferências. Em muitas situações, inferir o estado mental de pessoas, habilidades de cognição social que estão prejudicadas nos TEA.

Fonte: Envato – Foto de Nuala Images

Trabalhos industriais

A lógica que explica como autistas se dão bem com números e podem desvendar códigos com alta funcionalidade, também explica, assim, como trabalhos industriais fazem uma carreira estável para autistas.

Há indivíduos autistas que se saem muito bem lidando com objetos – fixação que vem da infância, com o apego a um artefato específico. Por isso, essa questão pode se tornar uma desenvoltura para montagens de peças, criação de formas mecânicas, entre outros.

Por isso, muitas pessoas com TEA conseguem se estabilizar, por exemplo, em indústrias de automóveis, robótica, construção de maquetes, artesanato e outros serviços de manufatura.

Carreiras para autistas: profissões não recomendadas

O Instituto de Deficiência e Comunidade da Indiana University Bloomington publicou, recentemente, um artigo que lista uma série de trabalhos não recomendados para pessoas autistas. E a principal motivação para isso é que as seguintes profissões exigem, de fato, o uso da memória de curto prazo. Além disso, algumas delas provocarem estresse.8

  • Caixa de loja
  • Cozinheiro de restaurantes de alta produtividade
  • Garçom/garçonete
  • Vendedor
  • Trabalho em companhias aéreas
  • Controlador de tráfego
  • Recepcionista ou operador de telemarketing

Posteriormente, o mesmo artigo ajuda a expandir as possibilidades de emprego e trabalho para autistas. Eles separam, assim, as profissões por categorias que atendem os autistas por suas características mais marcantes:

  • Autistas que pensam melhor de forma visual (fotógrafos, mecânicos, treinador de animais, entre outros)
  • Os que pensam melhor através de dados (jornalistas, estatísticos, taxistas, entre outros)
  • Os não-verbais ou com habilidades verbais precárias (restauradores de livros, copiadores, jardineiros, entre outros)

Carreiras para autistas: 4 coisas a considerar na hora de buscar um emprego.8,9

Certamente, a primeira delas é ser honesto quanto às suas habilidades e áreas de interesse. Mesmo que a pessoa autista queira muito entrar – ou seja levado a acreditar – numa carreira de alta complexidade, é importante entender algumas coisas. Por exemplo, se aquilo está de acordo com o que foi ditado pelos movimentos neurológicos e entender que todos os trabalhos vão apresentar algum tipo de desafio.

Também é preciso verificar se aquela função tem uma meta bem definida, para que a pessoa possa se concentrar e cumprir a atividade sem confusão ou estresse.

Contudo, apesar de um autista ser um candidato um tanto diferente dos demais, quando for se candidatar a uma vaga, deve mostrar as habilidades acima da personalidade derivada do autismo. Para isso, é necessário ter um portfólio atualizado.

Enfim, ao conseguir a vaga, verifique se a empresa, as lideranças e as equipes conhecem a sua situação. Só assim, o ambiente fornecerá as adaptações necessárias e, principalmente, o respeito dos demais.


Colaborou neste artigo:

Dra. Fabrícia Signorelli Galeti
Psiquiatra especialista em TEA – CRM 113405-SP


Referências bibliográficas e a data de acesso

1. G1 – 02/03/2020

2. Medium – Tismoo – 02/03/2020

3. UOL – 02/03/2020

4. Faculdade IDE – 03/03/2020

5. Artigo científico: Transtorno do Espectro Autista (TEA) e as artes: o ensino da arte no universo autista – 03/03/2020

6. Bonde – 03/03/2020

7. Applied Behavior Analysis – 03/02/2020

8. Indiana University Bloomington – 03/02/2020

9. Psycology Today – 03/02/2020

 

 

 

 

 

 

 

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70 respostas para “Carreiras para autistas: 6 opções para entrar no mercado de trabalho”

  1. Levi J. Hessel disse:

    Certamente são excelentes dicas para os autistas na hora de buscar um emprego; eu pessoalmente trabalhei 29 anos na área contábil e se ainda houvesse oportunidade apreciaria me aprofundar na área de direito tributário pois aprecio números e legalidade neste sentido. Obs.: considero-me asperger.

    • Autismo em Dia disse:

      Ficamos contentes que gostou do conteúdo Levi! Vamos adorar contar sua história aqui no blog, o que acha?

  2. Vagmar Carlos Soares disse:

    Boa tarde, meu filho Álvaro de 6 anos, tem hiperfoco em línguas.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Vagmar! Que hiperfoco interessante, quem sabe no futuro isso vá ser uma boa vantagem competitiva no mercado de trabalho, não é? Receba o abraço de toda equipe do Autismo em Dia!

  3. Fau disse:

    Autistas podem trabalhar na area de turismo?
    Autista moderado porém não gosta e ñ tem habilidade com números, cálculos, matemática e etc… Mas tem um hiperfoco e facilidade em idiomas. O que fazer?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Fau! Tudo bem? Um autista funcional pode trabalhar quase que em qualquer área, desde que se sinta à vontade e tenha oportunidades =) Até autistas com mais limitações conseguem exercer uma profissão, dentro das suas possibilidades. Aqui no blog estamos sempre buscando dar visibilidade para essa questão da inclusão e defendendo o direito dos autistas de exercer suas habilidades dentro das mais diferentes áreas do mercado de trabalho. Estamos torcendo por você. Volte sempre aqui no blog!

  4. Anna Claudia de Melo Campanha e Fernandes disse:

    Sou autista grau leve, formada em Letras e meu foco é literatura. Estou fazendo mestrado e querodar ser professora de literatura.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Anna Claudia, que linda jornada! Desejamos que sua vida acadêmica e profissional seja leve, prazerosa e ajude muitas outras pessoas. Volte mais vezes aqui no blog. Um abraço!

  5. Breno disse:

    Eu tenho autismo leve e tou querendo trabalhar como biólogo mais eu queria saber autista pode trabalhar como biologo?bre o

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Breno, como vai? Que bom ler seu comentário. Não há nada que impeça o autista leve de exercer a profissão que quiser, muito pelo contrário, existem até mesmo leis de incentivo à contratação de pessoas com necessidades especiais. O mais importante é que você se sinta feliz e confortável nessa jornada! E de todo modo, se ao ingressar na faculdade você descobrir que não gosta ou não se adapta, sempre poderá mudar de ideia e recomeçar. Desejamos boa sorte para você nesse momento de decisão. Um abraço, volte sempre 🙂

  6. Lourdes disse:

    Bom dia sou mae de um altista leve descobri a pouco tempo o porque meu filho sö comeca e nao termina a faculdade. Tem dificuldade de fazer amizade ainda estou comecando o tratamento dele mas agora me sinto mais encorajada. Por entender. O que antes era muito dificil a auto suficiencia e o inacabado dele

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Lourdes, tudo bem? Puxa, ficamos tão contentes com seu comentário! É muito bom saber que nossos conteúdos inspiram as famílias que vivem com TEA. Encorajamos vocês a buscar apoio de um psicólogo comportamental especialista em TEA para ajudá-los nessa parte da socialização, uma vez que é muito comum que essas dificuldades acabem interferindo na escolha e exercício da carreira profissional. Um abraço forte de toda nossa equipe!

  7. Mônica disse:

    Boa tarde, tenho um filho autista de 16 anos atualmente, gostaria de saber se existem testes que ao menos nos dê um norte sobre possíveis profissões que ele pode tentar, pensamos muito se ele deve fazer uma faculdade ou seria melhor um curso profissionalizante, ele é de alto funcionamento, tem QI elevado, porém, tem dificuldade na fala e apresenta comportamento imaturo para a idade.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Mônica, como vai? Infelizmente não conhecemos um método ou teste específico para essa demanda, mas no nosso site, você pode encontrar algumas ONGs que trabalham com diversas frentes de apoio, de repente em uma delas você consiga as respostas que procura ?

      https://www.autismoemdia.com.br/pais-maes-e-cuidadores/#mapa

      Nós seguiremos buscando essa resposta para poder apoiar vocês e outras famílias com necessidades parecidas, caso tenhamos novidades, voltaremos aqui para compartilhar contigo.

      E se acaso você encontrar algo, pedimos que compartilhe com a gente que ajudamos a divulgar. Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia

  8. Carlos Eduardo Bom Senhor Ribeiro disse:

    Boa tarde.

    Sempre me senti diferente pois vejo que a maioria das pessoas possuem mais características comuns entre si , do que incomuns.

    Minha maneira de falar, meus interesses, manias , reações , preocupações e prazeres são diferentes da maioria das pessoas.

    Tenho amigos , mas que facilitaram o meu acesso, muitos também com personalidades atípicas e por ter idéias comuns , embora geralmente tratem as de maneira semelhante entre eles mas diferente da minha maneira ; as vezes julgo até como simples demais , inacabadas e pouco atenta a dados que considero óbvios , deficiente em relação a minha forma de tratar um assunto ou resolver algo .

    Mas de um modo mais geral , sou negligente nas relações pessoais, não me interesso ou não sou interessante por/ pela maioria das pessoas, por assuntos comuns e as vezes acabo arrumando problemas por não estar atento a alguma regra , expectativa ou sinais.

    Quando criança tinha manias como colecionar pedras , moedas , desmontar brinquedos . Gostava de enciclopédias e tinha fases que pesquisava por aves, ora por dinossauros… Nunca fui bom em esportes em equipe e quando obrigado a praticar passava vpor todo tipo de insulto ” bullying”.

    Até hoje tenho tendência a me isolar e ficar aprazível assim … Enfim , gosto da companhia das pessoas , gosto de me relacionar com mulheres mas geralmente limito meu convívio com as pessoas. Sempre dando um jeito de passar algum momento no dia sozinho e com minha casa arrumada, como se isso me organizasse minha cabeça .
    Moro só desde os 22 , tenho 42 .

    Trabalhei com exito numa empresa de telefonia fazendo programação e fechamento de obras durante três anos , e por quase 8 como terceirizado numa empresa pública no RJ fazendo especificações de materias para compras , conferindo, e atualizando dados desses materiais e sua localização quando eram bens duráveis ( mobiliário , equipamentos..)
    Mas desde que sai de um para outro eu não parava em emprego nenhum. E depois que sai desta empresa pública , estava convicto que ia ser um bom chefe de cozinha; me decepcionei.
    Cozinho muito bem , muitos dizem… Mas nos restaurantes que trabalhei o máximo que durei foi pouco mais de um ano… Desempenhava bem as tarefas , mas as vezes me atrapalhava e não conseguia lidar com as duras críticas que recebia.

    Estou desde 2017 sem trabalhar direito , fazendo bicos em eventos , figuração , vendendo e trocando livros… E às vezes passo muito tempo ocioso e implicando com minha companheira.
    Tem ocasião que passo até necessidade , pois evito a humilhação de pedir ajuda a minha mãe .

    Preciso de ajuda , e de um emprego que eu possa trabalhar sem a ansiedade de ser dispensado por preconceito.
    Acontece de as pessoas me acharem anti social ou sonso. Mas ja fui taxado até de maníaco, louco ; o que me deixa bem frustrado. Eu gosto das pessoas, mas tenho pouca habilidade social e emocional.
    As vezes sou extrovertido , mas é como se eu encenasse pra ter algum exito e ser mais gentil, ou num momento que estou bebendo socialmente. Mas de um modo geral evito contatos muito intensos , por desinteresse ou por medo mesmo… Medo de errar , de magoar ou ser mal interpretado.

    O texto deve estar muito extenso , patético e com detalhes que talvez não seja necessário eu relatar; então desde já agradeço a paciência , a atenção e peço ajuda :
    Pois nunca quis expor esse problema pra um médico ou terapeuta , mas sinto que preciso me abrir e me expor pelo menos para um grupo qualificado de pessoas pra ter uma qualidade de vida e melhor saúde.

    O tempo está passando , estou envelhecendo e estou muito preocupado com o futuro.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Carlos Eduardo, como vai? Puxa vida, seu comentário emocionou a todos por aqui. Deve ser assustadoramente desconfortável estar a todo momento ansioso em relação ao que as pessoas pensam de você e tentando exaustivamente se encaixar num padrão =/ Lamentamos muito que você precise enfrentar isso no âmbito pessoal e profissional. Admiramos sua coragem e força para dividir sentimentos tão particulares.
      Talvez você nem saiba, mas temos certeza que seu depoimento vai ajudar muitas outras pessoas dentro do espectro que se identificam com suas angústias. Nossa comunidade cresce e se fortalece assim, depoimentos reais sempre aliviam o pouco o peso da solidão e a sensação de inadequação.

      Você tocou num ponto muito importante: terapia. Incentivamos você a procurar um psicólogo comportamental com quem você se sinta à vontade para compartilhar todas essas questões. Também queremos que saiba que estamos aqui sempre dispostos a ouvir e acolher.

      Deixamos nossos votos de que você encontre um trabalho onde possa ser você mesmo, com leveza e alegria. Um abraço de encorajamento de toda equipe do Autismo em Dia 🙂

  9. MARIA DA CONCEICAO DO NASCIMENTO disse:

    Bom dia! Gostaria de ter informações sobre ONGs que capacita e insere jovens no mercado de trabalho. Tenho afilhado de 21 anos com autista leve e fico agoniada com a cobrança q fazem sobre ele. As pessoas não entendem a deficiência dele.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Maria, como vai? Infelizmente não conhecemos uma ONG específica para essa demanda, mas no nosso site, você pode encontrar algumas ONGs que trabalham com diversas frentes de apoio, de repente em uma delas você consiga as respostas que procura ?

      https://www.autismoemdia.com.br/pais-maes-e-cuidadores/#mapa

      Se encontrar algo compartilha com a gente que ajudamos a divulgar. Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia!

  10. Anderson disse:

    Olá
    Muito interessante este artigo.
    Meu filho tem 11 anos e se apega muito a objetos então trabalhos industriais mais especificamente mecânicos interessam muito ele.
    Sabem indicar alguma ONG ou escola em Curitiba que propiciem algo deste tipo para adolescentes autista?

  11. NILTON MAGALHAES DA SILVA disse:

    Meu filho ALAN CAUÊ, de 15 anos, tem autismo leve. Aprendeu a ler aos 2,5 anos de idade.
    Tem uma memória especial. Lembra com precisão e instantaneamente de datas, dias da semana e quaisquer fatos que viveu, realizou, ou tomou conhecimento, de vários anos passados.
    Mesmo escrevendo com ótima correção, tem dificuldades em interpretar textos.
    Tem enorme facilidade com idiomas e instrumentos musicais. Sua visão é diferenciada, assim como o olfato que lhe permite identificar qualquer perfume conhecido que alguém esteja usando.
    Tem ouvido absoluto ativo e muito fino. Canta 100% afinado e consegue identificar até 6 notas aleatórias tocadas simultaneamente.
    Como iniciou o ensino médio, temos conversado sobre seu futuro profissional. Gostaria de ajuda nessa decisão.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Nilton, obrigada por contar um pouquinho da história de vocês. Já procuraram ajuda de um orientador profissional? Pode ser uma boa saída!

      Desejamos muito sucesso, abraço!

  12. Maria Isadora disse:

    Oiiee^^!! Tenho 15 anos faço parte do espectro. Não sei bem sobre meu hiperfoco mas ao menos sei sobre meus interesses. Gosto de aprender, estudar e conhecer muitas das coisas relacionadas a escrita, criatividade, trabalho em equipe etc, mas em si principalmente pesquisas e estudos. As vezes fico em dúvida entre cursar sociologia e psi social. Mas tmb às vezes só de pensar entrar pra uma faculdade me causa medo e receio… por conta das “boas” experiências que vivenciei durante todos esses anos de escola?

    • Autismo em Dia disse:

      oi Maria Isadora, entendo que às vezes não vai ser confortável se expor ao escolher um curso, mas você pode começar algo na modalidade online pra ver como se sente e também buscar ajuda de terapia para ir enfrentando cada etapa, vai dar certo! ?

  13. Pedro Henrique F. disse:

    Eu não sei se sou Asperger ou se tenho autismo leve, mas pelo que estive pesquisando e estudando mais a fundo sobre, me encaixo em tudo que alguns vídeos falaram (os que eu vi), e percebi que meu hiperfoco é militar, gosto muito desses assuntos. Mas eu fico me perguntando se eu realmente tenho aptidão para isso. Se puder me tirar essa dúvida, agradeço!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Pedro Henrique, como vai? Já que você se identifica com muitos sinais, seria importante buscar um psicólogo comportamental especialista em TEA para investigar. Ele também pode te orientar em relação a carreira. Veja, os autistas podem ter a carreira que desejarem, não existe limitação 🙂 Deixamos aqui nosso apoio para que siga seus sonhos! Um abraço carinhoso ?

  14. Anabela Martins disse:

    O meu filho tem 21 anos estava na faculdade no 2 ano, agora diz que não gosta do curso e quer trabalhar. Não sabe o que quer. É louco por jogos de computador. Não sai de casa só em necessidade extrema, tem poucos ou nenhuns amigos. Não sei o que fazer precisava de orientação. Se alguém me puder ajudar agradecia

  15. Camila Almeida disse:

    Acho que meu filho tem autismo, ele tem 1 ano e 8 meses é fascinado por números, conta até 10. Passa o dia com brincadeiras de encaixe, de bolas e carrinhos.. passa o dia organizando alinhando tudo em fileiras e as vezes por cores. Fica muito bravo se algo der errado e se automutila puxando o cabelo ou dando cabeçada e também notei que está atrasado na fala, fecha os olhos pra algumas pessoas ou revira o olho. Ele vive no mundo dele e não aceita colo de outros, brinca muito sozinho apesar de ter uma irmã de 2 anos e 7 meses. Ele é super independente. Também notei uma dermatite no rosto que se agrava quando ele fica estressado. Todo dia ele vira o copo de água pra ficar passando a mão, é muito sensível quando eu chamo sua atenção e ele não atende pelo nome. Estou preocupada. A pior parte é que como ele sempre esteve bem eu não fico levando ele ao pediatra ainda mais nessa época de covid. Só pude raciocinar sobre isso agora e ele ainda não foi para creche mas já está matriculado. Alguém pode me ajudar?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Camila, entendo sua angustia por respostas. Você pode começar marcando uma avaliação com um neuropediatra, assim você vai ter respostas mais claras sobre as características que você já observou e relatou aqui. Boa sorte e depois nos conte como foi, estamos por aqui!?

  16. Maria disse:

    Carlos Eduardo Bom Senhor Ribeiro, como está agora em 2021?

  17. Daniele Rosa disse:

    Oi, sou Daniele e meu filho tem grandes habilidades e hiperfocos em montagem de brinquedos como “lego”. Sabe responder se A Lego tem vagas direcionadas para autistas?

  18. Helena disse:

    Achei o artigo muito interessante. No entanto, por experiência própria, desaconselho o trabalho como veterinário. Já fui recepcionista numa clínica veterinária e as donas cobravam muito a habilidade de lidar com o público e saber socializar, mais até do que a habilidade com os animais (tanto dos veterinários quanto dos demais funcionários). Tanto que foi por causa desse trabalho que busquei terapia e descobri que estou no espectro. A menos que você abra sua própria clínica ou trabalhe de forma independente (porque aí é você que faz as regras e define como vai ser sua comunicação), realmente não recomendo, pois os donos desses lugares demandam que o funcionário tenha lábia e jogo de cintura para lidar com os clientes, coisa que eu nunca consegui ter devido à minha falta de capacidade de improvisar e lidar com as pessoas.
    No mais, gostei bastante do artigo. Depois de sair daquele trabalho, fiz cursos de edição de textos e agora estou em busca dos meus primeiros trabalhos como revisora e preparadora, e pelo visto escolhi a profissão certa.

  19. Sara Nunes de Melo disse:

    Meu filho tem autismo, ele se interessa muito por números, ele é formado em ciências contábeis, fez um curso de perito contábil, e está fazendo seu primeiro trabalho como perito contábil, e está terminando direito, se especializando em direito tributário, ele está curtindo muito essas duas áreas, e ele quer ser professor de direito tributário na ufc, tenho muito receio de uma frustração dele, mas ACREDITO muito em Deus que está segurando em suas mãos e o ajudando muito, agora gostaria de saber a opinião de vcs, qnto as escolhas profissionais de meu Filho! Agradeço diante mão!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Sara, que legal seu filho estudar e ter se encontrado nessas áreas, não existe a melhor área para quem tem autismo, mas sim aquela que ele se sinta bem desempenhando e que também considere as características únicas do seu filho. Boa Sorte para ele, obrigada por compartilhar! ?

  20. Henrique disse:

    Olá, obrigado por esta matéria. Fui diagnosticado aspie aos 42 anos, agora tenho 44. Tenho muitas habilidades mas não consigo gerar renda com elas. Me esforço agora a criar um curso online de eletricidade, já que esse foi meu principal hiperfoco na vida. Tentei trabalhar com diversas coisas, fazendo meu melhor e recebendo elogios, porém não me produziu renda. Faz 2 anos que tento receber um bpc e desde fevereiro deste ano que está na mão de advogado. Está sendo difícil, mas tento não pensar muito nisso, tomo meus remédios, faço tratamento no caps e procuro viver um dia de cada vez…

  21. MICHELE disse:

    Bom dia. Tenho 40 anos e um filho de 4 anos que está com suspeita de asperger, e analisando ele vejo que tenho muitas características também. Sou professora de matemática e meus alunos dizem não entender nada do que explico e sempre achei que eles não entendiam por não gostar, mas agora acho que talvez eu realmente tenha dificuldades em me tornar clara devido a esse problema. Estou correndo atrás do diagnóstico do meu filho primeiro, e se confirmar irei atrás do meu para poder me entender melhor e talvez repensar minha carreira.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Michele, boa sorte na confirmação do diagnóstico do seu pequeno e que junto traga respostas para você. Estamos por aqui!

  22. Cibele Marciana Duarte da silva disse:

    Eu tenho um filho com síndrome de asperger(especto autista lêve), ele formado em arquitetura, tem facilidade no aprendizado mas dificuldade em se relacionar. Hoje com 36 anos ( diagnosticomuito tarde) ele faz projetos de interiores perfeito, pois é muito metódico, tudo tem que ser perfeito, mas não c segue trabalha por não ser aprovado nas nervosas, domi a 3d, e aceita trabalhos online. Se vocês puderem me indicar um amigo Ho para ele. Poiele se sente um fracassado por não co seguir emprego.
    Eu agradeço a boa vontade de todos que puderem me mostrar um caminho pra ajudo.
    Obrigada

  23. Iris Noronha disse:

    Olá, bom dia, eu estava lendo em um edital chamado revalida, provas para pessoas formadas em Medicina no estrangeiro e lá está dizendo as condições para um autista. Na minha opinião isso seria possível um médico autista no mercado de trabalho, vc sabe me dizer ?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Iris, certamente que sim! Um autista funcional poderá exercer qualquer profissão que se sinta confortável. Por aqui compartilhamos só aquelas que fazem mais sucesso pelas pessoas da comunidade que conhecemos. Mas não existe nenhuma limitação! Boa sorte, um abraço!

  24. Sandra disse:

    Olá, autismo tipo Asierg…pode ser piloto de avião?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Sandra, você está se referindo ao Asperger? Esse termo deixou de ser usado. De todo modo, quando o autismo é de grau leve e não há comorbidades como epilepsia, por exemplo, qualquer profissão pode ser exercida! Inclusive, se a epilepsia está controlada, é possível. Um abraço.

  25. João Eduardo Santos Ribeiro disse:

    Olá, meu nome é João Eduardo, sou professor na rede pública. Estou um pouco angustiado com certas coisas que vem acontecendo comigo de 5 anos até o momento. Sou casado, tenho um filho de 3 anos e 4 meses, que ainda não fala. Eu e minha esposa começamos a estranhar a demora na fala, pois eu comecei a falar, segundo minha mãe , com 1 ano e 2 meses, e minha esposa também. Só que na família do meu pai, o seus irmãos demoram muito a falar, e todos eles são muito dispersos, ” lerdos”, demoram a perceber as coisas, são dispersos, e eu me encaixo muito no perfil de meu pai e tios. Levamos o nosso filho ao neuropediatra, e ele falou que tem que esperar um pouco, para ter um diagnóstico preciso. Recomendou fonoaudiólogo, levamos e , fuzemos todos os exames que a fonoaudióloga pediu, está normal. Fazíamos as terapias com ele, e paramos por causa financeira, está apertando nas despesas. E a fonoaudióloga conversou em particular com minha esposa, que eu tenho muito sintomas de autista. Só que ela, minha esposa, não me contou a conversa particular, ela inventou um desculpa, com o passar do tempo, ela me falou. E ela fez um teste comigo sobre o autismo sem eu ficar sabendo e ela constatou que eu tenho autismo, só não sabe o grau. Ela me falou isso tem poucas semanas, converamos bastante e irei procurar um neurologista para saber. Talvez vocês se auxilia em alguma coisa, por favor, pois não estou lidando isso como se fosse natural para mim. Vou falar um pouco sobre mim. Está muito extenso , peço paciência e gentileza para eu depôr. Me irrito muito fácil, não mantenho o foco as vezes, minha resiliência é pouca, não gisto de barulho constante, procuro coisas superfulas, não suporto pressão, por causa da pandemia, ainda não estou seguro para fazer confraternização com amigos e parentes, estou ficando anti-social, enfim, acho que sou autista, não sei o grau que me enquadro. Obrigado.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá João Eduardo, como vai? Deve ser bastante difícil passar por essa fase de angústia e incerteza em relação a um possível diagnóstico, tanto para você como para seu filho.

      Veja, é bastante importante reiniciar com urgência as terapias de apoio do seu filho, pois muito embora a confirmação do diagnóstico possa demorar, iniciar as terapias de apoio precocemente faz toda diferença no desenvolvimento cognitivo e habilidades adquiridas do seu filho, garantindo mais independência e qualidade de vida dele no futuro. Essa é a fase que ele tem mais plasticidade cerebral, por isso é tão fundamental se manter em terapia.

      Vamos deixar um texto sobre tratamentos essenciais aqui, esperamos que possa ajudar: https://www.autismoemdia.com.br/blog/tratamentos-para-autismo-5-terapias-essenciais-para-o-tea/

      Em relação a você, os sinais que você descreveu realmente chamam atenção. Se você for autista, provavelmente é de grau leve, uma vez que você é um adulto bastante funcional, tem uma profissão, constituiu família e etc. O que não é o caso dos autistas de nível 2 e 3, alguns tem comprometimento cognitivo e precisam de ajuda em atividades básicas, como comer, fazer a higiene pessoal e se vestir, por exemplo.

      No entanto, apesar de haver menos comprometimento no autismo leve não significa que seja um autismo fácil. Ou mesmo que não haja necessidade de acompanhamento terapêutico, por isso, é importante investigar se você é autista. No seu caso, um psicólogo comportamental especialista em TEA pode ajudar a chegar no diagnóstico e intervenções mais adequadas.

      Outra coisa importante é que o fato de você provavelmente ser autista leve, não significa que necessariamente que se seu filho for autista, ele será de nível leve também. Cada quadro é um quadro. Cada autista é um autista.

      Vamos deixar mais dois links aqui. Um sobre graus de autismo e outro sobre sintomas de autismo em adultos. Esperamos que eles possam ser um bom ponto de partida.

      https://www.autismoemdia.com.br/blog/sintomas-de-autismo-em-adultos-quais-os-desafios-e-como-lidar/

      https://www.autismoemdia.com.br/blog/existem-tipos-de-autismo-como-identificar-os-diferentes-niveis/

      Um abraço corajoso.

  26. Só mais um sofrido disse:

    Olá, bem interessante a publicação, contudo gostaria de fazer uma correção em um ponto. Sou formado em design e trabalho na área a alguns anos, no entanto não tem um dia que eu não passe dificuldade. Muita gente busca design pela suposta ligação com arte, e foi esse um dos motivos de eu ter seguido por essa carreira, porém isso é uma ilusão, design é em maior parte um trabalho de pesquisa, análise, deduções, associação e inferências (dois pontos que como citado no texto, temos imensa dificuldade). Vale ressaltar também que pouquíssimas empresas valorizam o conhecimento real de um designer, seu valor é definido pelo quão extrovertido você consegue ser em uma entrevista de emprego. Enfim, esse é meu desabafo e conselho, talvez nem todos tenham a mesma dificuldade que eu, mas recomendo pesquisar muito antes de optar por seguir nesta carreira.

  27. Alexandre disse:

    Depois que eu li isso estou limitado em trabalhar com mecânico de linha pesada, tenho até curso técnico e gosto muito do assunto de mecânica a diesel e tenho muito entendimento nisso só de ver isso será que minhas chances de trabalhar com mecânica de linha pesada foi cancelada ? Que é um sonho que queria que fosse real 😔😔

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Alexandre! Nosso texto tem apenas a finalidade de nortear um caminho para que, quem não sabe o que vai fazer profissionalmente, possa pesquisar e considerar essas opções.
      Não temos a intenção nem o poder de limitar as escolhas de ninguém. Só você é responsável pelos seus estudos e pode escolher a sua carreira. Continue construindo sua carreira em direção ao seu sonho, se assim desejar.
      Um abraço.

  28. ana disse:

    Sou autista, fiz 6 período de enfermagem, no começo do ano tranquei a matrícula para começar fazer direito, estou muito confiante que vou conseguir mostra para mim e para outras pessoas que somos capazes. Tenho minhas limitações! Como todo autista, acima de tudo acredito em mim.

  29. Rafael disse:

    Sou autista, tenho minhas dificuldades, mas estudo pra ser um fisioterapeuta e militar, independente da dificuldade sou capaz de fazer tudo

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rafael!
      Muito obrigada por deixar seu relato. Ficamos muito felizes de ler histórias como a sua.
      Um abraço.

  30. Daniela Gomes de Carvalho disse:

    Parabéns pela iniciativa me ajudou muito e acredita há muitas pessoas… sinto também ter autismo, porém ainda não fiz nenhum diagnóstico. Tenho 42, sempre me achei diferente, não pertencer a esse mundo, como se muita coisa não fizesse sentido.. estudando psicologia, lendo e fazendo cursos sobre TEA, sinto fazer parte desse universo agora.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Daniela! Muito obrigada por deixar seu comentário. Caso deseje procurar um diagnóstico formal, indicamos procurar um neurologista especializado em autismo em adultos. Um abraço. 💙

  31. Jussara disse:

    meu filho tem 26 anos esse ano se formou jornalista ,agora quer fazer mestrado em jornalismo esportivo o sonho dele é trabalhar na rbs sera que tera chance?.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Jussara! Se ele está se dedicando a isso, certamente terá ótimas oportunidades na carreira que escolheu. Esperamos que ele realize o sonho que tem. Um abraço. 💙

  32. Francis disse:

    Ótimo artigo, mas me desculpem se vou ser o chato daqui.

    Trabalho como desenvolvedor há 13 anos, e fui diagnosticado com autismo leve há dois meses, aos 35 anos. Se fosse possível voltar no tempo e dar um conselho para mim mesmo, baseado nesse diagnóstico, eu trataria de fugir da área de computação.

    Explico: O problema não é programação em si. O problema é o chamado “mundo corporativo”. Autista gosta de rotina e isso ele não vai encontrar na área de TI, definitivamente. Desorganização nos projetos e atualização de tecnologias são constantes. Você tem que ser responsável por “n” coisas, recebe muita pressão na área, e para autista isso é nitroglicerina pura.

    Se for para seguir carreira acadêmica, ser funcionário público ou freelancer/autônomo, aí tudo bem. Mas de resto, é bom avaliar a área bem.

  33. Kaio disse:

    Tenho 42 anos e todos os aspectos possíveis de ser autista. Me formei em duas licenciaturas, sendo uma delas de Matemática, lecionei durante sete anos na rede pública, o que foi muito desgastante para mim, devido à intolerância aos ruídos e conversas na sala de aula, reuniões e ter que aprovar aluno inapto, pois sou muito literal e sincero, daí aproveitei a pandemia e parti para outra profissão. Estou trabalhando em outra área e me sentindo bem melhor, embora realize um excelente trabalho, ainda assim percebo que é complicado lidar com as pessoas.

  34. Wagner perassolli disse:

    meu filho Erick tem um grau leve de autismo
    quando criança ganhou medalha de ouro nas olimpíadas brasileiras de matemática, depois ficou em primeiro lugar e garantiu sua faculdade de engenharia de produção e já se formou , mas ele não para e já está se formando no curso de informática na Etec e trabalhando em uma escola de secretária aí que mora o perigo, dele ter que lidar com pais de alunos tanto presencialmente quanto por telefone estressa muito e sua vida fica mais difícil, já foi dito para colocá-lo em um lugar mais tranquilo, mas as pessoas por ele ser bondoso se aproveitam, desculpa o desabafo no final

  35. nicollas disse:

    olá! tenho 16 anos e descobri que tenho autismo apenas estudando sobre, não vejo a hora de ir ao neurologista e pegar meu diagnóstico só pra ter certeza. tenho hiperfoco em humanas (especificamente em história:) e em música, tanto que, pretendo seguir com carreira musical um dia! esse blog me deu muitas noções de áreas de emprego e eu já me sinto mais aliviado. parabéns!

  36. Luis Felipe Zortea disse:

    É tão complicado…tenho 28 anos, e descobri que sou paciente TEA. Desde que me formei na escola, tudo vêm sendo muito difícil pra mim, fiz Direito por dois anos, mas não gostava do curso. Desde então, saí, e ainda não descobri o que quero fazer. Tenho uma péssima memória, não sei manter um diálogo com os outros, e parece que não retenho o aprendizado do que quer que seja. Sou inseguro e tímido, não sou criativo, e tenho muito medo do futuro…

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Luis. Sentimos muito que as coisas estejam difíceis para você. Indiamos prourar ajuda psicologica com um terapeuta analista do omportamento ou que aplique a terapia cognitivo comportamental. Dessa forma você poderá aprender a superar e lidar com essas dificuldades. 💙

  37. Maria Isabel disse:

    tenho TDAH e TEA nível 1 de suporte, o que não torna minha situação mais fácil.. quero muito seguir carreira na aviação como comissária de bordo e pretendo um dia começar o bacharel em música.
    porém, tenho medo de não estar apta no CMA, mesmo que até lá eu esteja em tratamento com terapeutas, medicamentos, rotinas etc..

    • Autismo em dia disse:

      Olá Maria Isabel, esse receio é natural. Algo muito novo e grandioso, mas você está se esforçando e vai ser recompensada! Siga firme, um abraço 💙

  38. Maria do Carmo Baia Jardina disse:

    Bom dia!
    Sou Diretora de uma ONG, que ajuda jovens e adultos carentes de 18 a 30 anos de idade, e a Instituição aceitou um jovem com autismo, para fazer o curso de torneiro mecânico e fresador. Pois bem, são máquinas industriais que precisam de bastante cuidado e atenção no monitoramento quando usam às máquinas. Temos a preocupação em saber como lidar e na prática, se ele é apto para esse tipo de trabalho, uma vez que são maquinas cortantes e de bastante atenção! Sei que são muito inteligentes e capazes, mas isso não me é suficientemente e esclarecedor, caso aconteça um acidente, por exemplo??? Gostaria de uma orientação, por favor.
    Grata,
    Maria do Carmo

    • Juliana Canavese disse:

      Oi Maria do Carmo, é uma situação bem delicada e difícil de opinar, tendo em vista que não conhecemos ele e todas as suas habilidades e dificuldades. Assim como qualquer pessoa, ele pode desenvolver bem a função, vai depender de como é a atenção concentrada dele e o foco, deve ser avaliado como um pessoal qualquer, pois o autismo não é fator limitante para trabalhar nessa área. Teria mesmo que fazer testes psicológicos de atenção concentrada, por exemplo… assim como para qualquer pessoa que vá ocupar essa função! Um abraço

  39. Sandra monteiro Ferreira disse:

    como é feito a logística para que um adulto possa ingressa em faculdades , como faculdade de direito , gestão jurídica , pergunto isso pois sou autista tenho dificuldade com barulho e além disso tenho píer foco em direito e muito senso de justiça .
    atualmente estou no curso técnico logística porem ninguém respeita nem mesmo os professores aqui não existe o tal suporte , poderiam me ajuda isso vai servi para o meu TCC

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! É inspirador ver seu interesse em seguir uma carreira em direito, especialmente com seu hiperfoco e senso de justiça! A logística para ingressar na faculdade pode envolver algumas adaptações importantes, especialmente para garantir um ambiente que respeite suas necessidades. Muitas faculdades têm núcleos de apoio ao estudante, onde é possível solicitar algumas acomodações, como uma sala de estudos mais silenciosa, uso de fones para bloquear ruídos ou acesso a materiais de estudo digitais, que você pode usar em ambientes mais confortáveis.

      Para o seu TCC em logística, talvez você possa explorar como essas adaptações são planejadas e implementadas nas faculdades, ou criar um projeto que facilite o suporte a estudantes autistas em ambientes educacionais. Isso não apenas enriquece seu trabalho, mas também pode servir para apoiar muitos outros estudantes no futuro. Boa sorte em sua trajetória!

  40. Josiane Gomes de Souza disse:

    Bem, meu nome é Josiane, Mas gosto que me chamem de Josy. Tenho Autismo de suporte 1, tenho 03 graduações (administração Hospitalar; Enfermagem e Serviço Social; 02 pós MBA Em Gestão Hospitalar e em Saúde; MBA em Auditoria em Saúde. Trabalho a 31 anos a nível técnico (Servidora em cargo publico do Estado de Pernambuco) Função: Técnico em enfermagem em processo PCCV para Enfermeira e também sou Servidora publica da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho com Assistente Social em tempo de 3 anos e 09 meses. Infelizmente os Serviços não é inclusivo, estou afastada por motivo de estresse pós trauma, até o momento não me sinto a vontade para meu retorno as atividades laborais. Estou com angústia,; ansiedade exacerbada; insônia, apreensão, em estado de alerta constante, medo e choro fácil. Infelizmente a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho tem uma política medíocre, autocrática e sem empatia com seus profissionais, nos deixando em sinal de alerta constante, principalmente que tem limitações. Não fazem adaptações, se possível colocam mais obstáculos par que você peça exoneração. Estou recorrendo uma cedência para o Estado em outro município, pois se eu não conseguir, infelizmente pedirei a exoneração que eles tanto almejam.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Josy! Que trajetória admirável você tem, com tantas conquistas e dedicação à sua profissão! 💙 É muito compreensível que, depois de tudo que passou, você esteja enfrentando essas dificuldades no ambiente de trabalho. Infelizmente, a falta de inclusão e adaptação ainda é uma realidade em muitos lugares, e é doloroso sentir que o ambiente, ao invés de apoiar, cria barreiras. A sua saúde e bem-estar são prioridade, e buscar alternativas que ofereçam um ambiente mais acolhedor é uma escolha muito sábia. Espero que você consiga a cedência e, acima de tudo, um lugar onde possa se sentir respeitada e valorizada. Se possível, busque terapia para enfrentar esse momento, isso irá te fortalecer e te ajudar a ver alternativas para lidar com esse momento. Um abraço!

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